Yankees maquiavélicos!

Afinal, a Cristina Kirchner não tinha cancro da tiróide!

A Argentina respirou de alívio e os médicos ficaram muito mal na fotografia: a presidente foi operada, tiraram-lhe a tiróide, suspeitando que ela tinha um cancro e, depois, a anatomia patológica veio revelar que era apenas um inocente bócio colóide, que não precisaria de cirurgia.

Sem tiróide, a pobre da Cristina lá terá que tomar medicação substitutiva para toda a vida!…

E lá se vai a teoria do Hugo Chávez, segundo a qual, os States teriam desenvolvido uma qualquer tecnologia capaz de induzir cancro nos dirigentes da América Latina.

A menos que…

A menos que a trama dos EUA seja ainda mais pérfida: desenvolveram uma tecnologia que induz nos dirigentes da América Latina a ideia de que têm cancro – e afinal, não têm!

Se assim é, Fidel de Castro foi operado ao cólon e afastou-se do Poder, desnecessariamente.

Do mesmo modo, o próprio Chávez ficou sem próstata e levou com quimioterapia e radioterapia sem necessidade nenhuma, só para os yankes se rirem da sua calvície induzida.

Motherfuckers!

“A Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao”, de Junot Diaz (2007)

Junot Diaz é um jovem escritor, natural da República Dominicana (nasceu em 1968) e este romance é o seu primeiro trabalho de fôlego, e logo ganhou o Prémio Pulitzer de 2008.

O romance conta a história da vida, breve, de Oscar, um dominicano obeso e virgem, que não consegue cumprir a tradição machista dos nascidos em Santo Domingo. Tímido e envergonhado pela sua obesidade, Oscar mantém-se afastado das raparigas e embrenhado nos heróis da ficção científica e da banda desenhada.

Paralelamente, Diaz aproveita para nos transmitir o medo, a repressão, o arbítrio da ditadura de Trujillo, El Jefe, que dominou a República Dominicana entre 1930 e 1961. Trujillo era assim uma espécie de Salazar das Caraíbas e a sua ditadura fez com que muitos dominicanos emigrassem para os Estados Unidos.

A propósito de Trujillo, diz o autor:

«Perguntem a qualquer um dos vosso familiares mais velhos e eles dir-vos-ão: o Trujillo pode ter sido um Ditador, mas era um Ditador dominicano, o que é um outro modo de dizer que era o Principal Bellaco do País. Acreditava que, na República Dominicana, todas as ratas eram, literalmente, suas. É um facto bem documentado que, na República Dominicana do Trujillo, se uma pessoa pertencesse a uma dada classe e deixasse uma filha jeitosa perto do El Jefe, numa semana já ela estava a mamar o coiso dele como uma qualquer profissional e não haveria nada que se pudesse fazer acerca disso!»

Esta era a grande diferença entre Trujillo e Salazar, já que o nosso ditador foi muito mais discreto com as mulheres, e se alguma lhe mamou o coiso, é coisa que desconhecemos…

Livro interessante, mas não muito…

Cancer made in USA

Hugo Chávez pensa que descobriu a pólvora!

Perante o facto de diversos líderes da América Latina estarem em luta contra o cancro, Chavez interroga-se.

Foi o camarada Fidel a começar, o que é normal, já que ele é o líder espiritual e ideológico da esquerda latino-americana. Cancro do cólon. Renunciou ao cargo de chefe de Cuba, e entretém-se, na sua convalescença eterna, a experimentar fatos de treino.

Seguiram-se: a Presidenta Dilma, com um linfoma aparentemente debelado, Fernando Lugo, do Paraguai, também com linfoma, o próprio Chavez, com cancro da próstata, Lula da Silva, com cancro da laringe e, finalmente, Cristina Kirchner, da Argentina, com cancro da tiróide.

Diz Chávez: «seria assim tão estranho que os EUA tivessem desenvolvido uma tecnologia para espalhar o cancro e isso só se descubra dentro de 50 anos?».

Ó palerma – isso já eles inventaram há décadas!

Chama-se bomba atómica e provocou milhares de cancros nos japoneses!

Coisas que eu li na imprensa

1. Em 2010 ocorreram menos 4500 AVC e menos 300 enfartos que no ano anterior (DN de 9/4)

Fica provado que a crise beneficia a prevenção primária dos eventos cardiovasculares e que o governo Sócrates fez bem à saúde dos portugueses.

2. O Expresso compara Portugal à Finlândia. Os números são muito semelhantes: enquanto nós temos 25% de carga fiscal sobre as empresas, os suomis têm 26%; o endividamento das famílias também não é muito diferente (100% para nós, 129% para eles); os gastos do Estado até é maior na Finlândia (56,2% do PIB) do que em Portugal (48,2%).

Sendo assim, como se explica a diferença do êxito destes dois países?

Pistas: número de polícias por mil habitantes – 520 em Portugal, 150 na Finlândia; número de advogados por mil habitantes – 260 por cá, 34 na terra do sol da meia-noite…

3. Perto de Praga foi descoberto um esqueleto pré-histórico datado entra 2500 e 2800 AC. Trata-se de um homem que, no entanto, foi enterrado segundo os procedimentos usados para as mulheres (inclinado para a esquerda e com a cara virada para ocidente, sem armas nem jóias).

Os arqueólogos especulam: terá sido um transsexual?

Quer dizer: se já não é politicamente correcto dizermos “homem das cavernas”, teremos que passar a dizer “homem, mulher ou maricas das cavernas”?

4. A América Latina continua e merecer o trocadilho de América Latrina.

Desta vez é na Guatemala.

O presidente Álvaro Cólon não pode ser reeleito. A Constituição proíbe, para que não aconteça como na Venezuela de Chavez, que se vai eternizando no trono.

Sendo assim, a sua mulher, Sandra Torres pensou em candidatar-se. Mas a constituição também não permite que nenhum parente do presidente se possa candidatar, para que não aconteça como na Argentina, em que a esposa (Cristina Kirchner), sucedeu ao marido, Nestor (e o marido só não irá suceder à esposa porque, entretanto, morreu de enfarto).

Mas Álvaro Colom e Sandra Torres já encontraram uma solução: divorciaram-se!

5. Quem devia passar a pertencer à América Latrina era a Madeira, enquanto fosse chefiada pelo Alberto João.

Caladinho durante uns tempos, talvez fruto de ordem médica, após o enfarto, ei-lo que volta à ribalta e diz a maior quantidade de disparates por segundo no 13º Congresso do PSD-Madeira.

Exemplos:

– para acabar com as greves nos transportes propõe “ensinar os militares a pilotar aviões comerciais ou a conduzir comboios ou até o metro”

– o “Estado-polvo, o Estado-paraíso, triunfo dos idiotas, não é mais que uma paródia de República que estamos aqui a aturar, um regime socialista tipo chinês, que destruiu a classe média”

– Teixeira dos Santos é “criminoso”, por causa da zona franca, mas também “malcriado” e deveria “ter levado umas palmadas do presidente da República”

– Se fosse primeiro-ministro, Jardim, assim que chegasse a São Bento, anularia vários decretos, nomeadamente, dois: a liberalização da droga e os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que são “novos costumes de gente aberrante”.

Claro que Alberto João já se esqueceu das boquinhas e olhinhos que fez a Sócrates, quanto este lhe deu milhões para a reconstrução da Madeira, após as enxurradas.

Isso tem pouca importância para este tipo, que não precisa de artimanhas para se eternizar no poder.