Não basta “ser Charlie”

A reacção popular aos atentados e tragédias em geral começou a ter uma espécie de protocolo desde a morte da princesa Diana.

No local do acidente e/ou atentado, amontoam-se ramos de flores, velas a arder, postais, ursinhos de peluche e outros objectos ternurentos.

Segue-se uma grande manifestação, onde se juntam homens e mulheres de todos os credos e cores.

E todos vão para casa descansados.

Com o bárbaro ataque aos jornalistas do Charlie Hebdo passou-se o mesmo, só que, em vez de muitas flores, vimos milhares de canetas, em monte, no chão.

Deixem-me “ser Charlie” por um bocadinho: se os mortos no ataque tivessem sido cabeleireiras, teríamos  montes de secadores de cabelo…

A esmagadora maioria dos que apregoaram “ser Charlie” não aguentariam ler um exemplar do semanário do princípio ao fim, mas enfim… quiseram mostrar a sua solidariedade.

Não chega.

Os islamitas em geral têm que começar a ter vergonha e nojo dos seus extremistas, como nós temos vergonha e nojo dos nossos padrecas que apalpam o rabo í s criancinhas há décadas.

Em vez de cartoons mais ou menos humorísticos sobre o Islão, os nossos jornais deviam publicar, todos os dias, fotos do ataque dos talibãs í  escola no Paquistão, que matou 140 pessoas, sendo que a maioria eram crianças, imagens da matança do grupo islamita Boko Haram, que terá chacinado mais de duas mil pessoas numa cidade no nordeste da Nigéria, ou ainda fotos do atentado num mercado, também na Nigéria, causado por uma bomba presa a uma criança de 10 anos, e que matou dezenas de pessoas.

A divulgação persistente e contínua destas notícias talvez tenha mais impacto que uma manifestação que rapidamente será esquecida.

Negócios da China, negócios de merda

A China não pára.

Nos tempos da guerra fria, dizia-se que, se um dia, a China e a URSS entrassem em guerra, bastaria que os chineses enviassem todo o seu exército para a fronteira com a União Soviética, ordenando-lhe que urinassem.

A URSS ficaria inundada!

Os chineses, no entanto, com a prosaica paciência de chinês, foram invadindo o Ocidente, abrindo lojas por todo o lado, inundando o mercado, não propriamente com urina, mas com tudo “made in China”.

Ontem, saiu a notícia que o grupo chinês Folsun vai comprar o Club Med!

Por cá, já compraram a REN, a EDP, o Espírito Santo Saúde e a Tranquilidade.

Hoje, li, finalmente, a explicação para a inexistência de penicilina nas farmácias.

Parece que a farmacêutica que fornecia o princípio activo ao nosso laboratório Atral, para fabricar a Lentocilina, isto é, a única penicilina existente no nosso mercado, deixou de fabricar o produto (notícia aqui).

Portanto, o Infarmed terá que dar autorização a outro fabricante.

E quem se perfila no horizonte?

Acertaram: um laboratório chinês!

Portanto, muito em breve, além de estarmos a usar roupa chinesa, a gastar electricidade chinesa, a comer comida chinesa (mesmo a que se diz japonesa…), estaremos a tratar as amigdalites e a sífilis, com penicilina chinesa!

São os chamados negócios da China?

Não: o verdadeiro negócio da China é o novo investimento de Bill Gates.

Segundo esta notícia, o homem mais rico do mundo está a investir dinheiro numa máquina que transforma fezes em água e energia!

Cagar e andar!

Suponho que, quando o Bill conseguir que a máquina funcione em pleno, vai vendê-la… aos chineses!

O Bill Gates só não é chinês porque nasceu nos States…

The Art of Paul McCartney

art of paul mccartneyEu sei que não é politicamente correcto gostar de McCartney.

Se, gostar dos Beatles já é um sacrilégio para os intelectuais que se vêm com o palerma do Panda Bear, ser fã do McCartney deve equivaler a sofrer um AVC;

… Na eventualidade de gostarmos dos Beatles, que seja do Lennon ou, melhor ainda, do Harrison, que eram… enfim, eram…

Vão-se lixar!

O velho McCartney é responsável por algumas das melhores canções pop dos últimos 40 anos, quer queiram, quer não.

Este CD de tributo é disso prova.

Billy Joel interpreta “Maybe I’m Amazed” e “Live and Let Die”, Bob Dylan canta “Things We Said Today”, Harry Connick Jr. interpreta “My Love”, Willie Nelson canta “Yesterday”, um surpreendente Barry Gibb canta “When I’m Sixty Four”.

Tudo velhotes?

E depois?

Atentem no “Helter Skelter” do Roger Daltrey, do “Hello Goodbye”, dos Cure, do “Let i Be”, da Chrissie Hynde, ou no “On The Way”, do B. B. King e chamem velhos a outros!

Boa nota também para a versão do “Let’em In”, do Dr. John, ou do “Got to Get you in My Life”, do Perry Farrell.

Enfim, são 34 temas, mas podiam ser muitos mais!

Thanks Sir McCartney!

Tudo é e não é, simultaneamente

O poeta surrealista António Maria Lisboa, numa texto intitulado “Esta não é a minha letra”, concluía que “tudo é e não é, alternadamente”.

Estava enganado.

Vejamos.

Primeira página do Expresso de hoje:

“Guterres mantém Belém em aberto”

Primeira página do Público:

“Guterres pode ficar na ACNUR sem perder corrida a Belém”

Primeira página do i:

“Guterres não é candidato í s presidenciais”

Portanto, tudo é e não é, simultaneamente…

2014 em revista

O ano de 2014 começou com a notícia de que as reformas iriam ser recalibradas. Não chegámos a saber, ao certo o que raio era isso…

Depois de tomarmos conhecimento do caso do iraniano que não toma banho há 60 anos, ficámos a saber a sangria só pode ser produzida, com esse nome, em Portugal e em Espanha, o que nos deixou inchados de orgulho.

Talvez seja por isso que a NSA nos andou a espiar, talvez para sacar a receita da sangria e passar a fabricá-la nos States.

Enquanto em Madagáscar se elegia um presidente com um nome com 19 letras, descobrimos que o presidente francês, aquele careca meia-leca, andava a dormir com um actriz, deixando a jornalista para trás.

Em Fevereiro, o DN introduziu a noção de “nudez substancial” e soubemos que os jovens argentinos estavam sem tomates.

Foi também em fevereiro que começámos a ficar muito mais descansados no que respeita ao caso dos submarinos; afinal, os alemães condenados por corrupção, pelo vistos, corromperam-se a si mesmos porque os dez portugueses envolvidos foram todos absolvidos.

Espantados ficámos quando ouvimos Passos Coelho dizer que “não é nada abonado” e, ainda mais, quando Luis Montenegro conseguiu tirar os portugueses de Portugal, dizendo que “a vida das pessoas não está melhor, mas o país está muito melhor”.

Em março discutimos se a saída de Portugal seria limpa ou suja, soubemos que Portas tinha uma mulher escondida nas listas para as europeias e o governo mostrou intolerância ao leite, demitindo um secretário de Estado lácteo.

Em abril, já havia portugueses a enviar facas a Passos Coelho e, lá para o Norte, protestava-se contra o aumento das taxas dos cemitérios.

Que a GNR já não ia para a República Centro Africana, soubemo-lo em maio; os efectivos tinham andando a preparar-se na Trafaria, mas foram chamados para perseguir o Baltazar, o monstro de S. João da Pesqueira.

Ainda em Maio, a D. Maria Cavaco andou a distribuir pirilampos, enquanto Marinho e Pinto (alguém se lembra dele) angariava votos.

Em junho, suspirámos com o Aquiles do Ronaldo e começámos a perceber que o Zborden tinha um presidente, no mínimo, curioso.

Entretanto, enquanto Cavaco explicava aos portugueses o que é o nervo vago, desmaiando em público, ficávamos a saber que Jardim estava no Poder há mais anos que Salazar.

Foi ainda em junho que a nossa selecção de aleijadinhos saiu do Mundial pelos fundos e que um italiano inventou um gelado com sabor a Papa!

Em julho, o BES deu o peido mestre e uma japonesa fabricou a sua vagina numa impressora 3 D, como se o original não chegasse!

Em agosto, Moedas foi para Bruxelas (deram por isso?) e o vírus ébola começou a atacar, nomeadamente, jornalistas.

Em setembro, Luis Filipe Menezes introduziu o conceito de “homicídio pessoal”, Costa tornou-se em mais um António e disseram-nos que, afinal, Passos Coelho talvez não seja tão incorruptível como parece, apesar de viver em Massamá.

O mês de outubro foi de Crato e daquele juiz que decretou que o sexo depois dos 50 já não é grande coisa.

Em novembro, Durão Barroso mereceu um colar dado por Cavaco, Pires de Lima mostrou a sua veia etílica no Parlamento, e os portugueses começaram a tomar banho com água engarrafada por causa da legionella.

Mas a notícia do ano foi mesmo a detenção de Sócrates, acusado de ter um motorista chamado Perna e um amigo que lhe emprestava muito dinheiro.

O mês de dezembro chegou com a estátua do Ronaldo com tesão e terminou com a porra do Soriano.

Foi um ano divertido.

Bom 2o15!

Acontecimento do ano: a porra do Soriano

ATENí‡íƒO: Este texto não deve ser lido por jovens efebos, virgens indefesas e pupilos do exército.

Não, o acontecimento do ano não foi a prisão do Sócrates, o estoiro do BES, a condenação de Duarte Lima ou a detenção de Paulo Portas, perdão, Paulo Portas não é para aqui chamado porque, na verdade, ele nem sabe bem o que é um submarino…

E também não, o homem do ano não é Cristiano Ronaldo, nem o Papa Francisco, nem Carlos do Carmo, muito menos o vírus ébola.

O acontecimento do ano e o homem do ano são, simultaneamente, o espião cubano Gerardo Hernandez e o facto de ele ter engravidado a sua mulher, Adriana, que vive em Havana, apesar de estar preso e condenado a prisão perpétua, nos Estados Unidos!

Podem verificar a notícia aqui: http://odia.ig.com.br/noticia/mundoeciencia/2014-12-23/gravidez-de-cubana-foi-uma-das-condicoes-para-acordo-historico.html

poesiaO facto de Gerardo, nos EUA, ter conseguido engravidar a mulher, em Havana, trouxe-me í  memória um poema de Guerra Junqueiro (1850-1923), que faz parte da Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, selecção de Natália Correia; este notável livro saiu, pela primeira vez, em 1965, mas foi logo apreendido pela PIDE – como era possível que escritores tão importantes como Guerra Junqueiro, Almeida Garrett, até Camões, tivessem escrito estas ordinarices!

Consegui, em 1973, um fac smile desse livro e passei algumas horas a copiá-lo, transcrevendo na minha velha e saudosa Olivetti…

Finalmente, em 1999, a editora Antígona-Frenesi teve a boa ideia de reeditar o livro.

Resumindo: a história do espião cubano fez-me lembrar o poemas A porra do Soriano, de Guerra Junqueiro, que é assim:

Eu canto do Soriano o singular mangalho!
Empresa colossal! Ciclópico trabalho!
       Para o cantar inteiro e o cantar bem
precisava de viver como Matusálem
        Dez séculos!

                               Enfim, nesta pobreza métrica
cantemos essa porra, porra quilométrica,
donde pendem os colhões de que dão ideia vaga
as nádegas brutais do arcebispo de Braga.

Sim, cantemos a porra, o caralho iracundo
que, antes de nervo cru, já foi eixo do Mundo!
          Mastro do Leviathan! Eminência revel!
          Estando murcho foi a torre de Babel!
          Caralho singular! É contemplá-lo!
                                                                        Â É vê-lo
teso! Atravessaria o quê?
                                             O Sete-estrelo?
Em Tebas, em Paris, em Lagos, em Gomorra
juro que ninguém viu tão formidável porra!

          É uma porra, arquiporra!
                                                        Â É um caralhão atroz
que se lhe podem dar trinta ou quarenta nós
e, ainda assim, fica o caralho preciso
para foder, da Terra, Eva no Paraíso!

Assim deve ser o do Gerardo que, dos States, engravidou Adriana, em Havana.

Abençoado!

Ronaldo: tesão ou orquite?

Ronaldo já tem uma estátua.

O autor chama-se Ricardo Veloza.

Convém fixar este nome.

Com 3 metros e 40 de altura, são 800 quilos de bronze.

E Ronaldo exibe um chumaço na zona genital.

Toda a impreronaldo estatuansa internacional fala nisto.

Dizem que o jogador está com uma erecção.

Veloza nega com veemência.

Quando Ronaldo posou para o artista, tinha acabado de levar uma bolada no testículo direito e estava a aplicar gelo, numa tentativa de diminuir o edema.

A proeminência que se nota na estátua é, de facto, o saco de gelo que o jogador tinha sobre o testículo.

“Sou um artista muito realista”, terá dito Veloza.

Uns açoites no Coelho

Quanto mais te baixas, mais se te vê o cu – lá diz o velho ditado…

Passos Coelho e sus muchachos tudo fizeram, ao longo destes três anos, para satisfazer os credores e a Comissão Europeia.

Eles diziam mata, o Coelho dizia esfola, mesmo que isso fosse uma enorme contradição (um coelho a defender o esfola é o mesmo que uma marta a pugnar por uma estola…).

Mas nada deste esforço é reconhecido.

Eis que, depois de tantos cortes, a Comissão Europeia vem dizer que o «Governo perdeu “apetite político” nas reformas mais ambiciosas», como titula hoje o DN.

Entre essas reformas, a Comissão Europeia destaca a das pensões.

Com efeito, o Governo subiu a idade da reforma para os 66 anos, mas é pouco!

Ainda hoje a Direcção Geral de Saúde revelou os números das causas de morte e parece que, finalmente, o cancro ganha vantagem e está quase a ultrapassar as doenças cardiovasculares.

Ora, toda a gente sabe que, com os avanços da medicina, o cancro se está a transformar numa doença crónica.

Portanto, se começarmos a morrer mais de cancro do que de enfarto de miocárdio, a esperança de vida poderá aumentar ainda mais.

É perfeitamente aceitável que um tipo continue a trabalhar aos 67 ou 68 anos, mesmo com um cancro da próstata, ao contrário de um palerma que morra aos 50 com enfarto – esse, sim, nunca mais vai trabalhar na puta da vida!

Tudo isto tem sido discutido entre o nosso formidável Presidente e os seus conselheiros.

Quando a gente pensa que Cavaco se está cagando para a prisão de um ex-primeiro ministro, para o descalabro da PT ou para a requisição civil da TAP, a verdade é que o homem está a pensar estas coisas importantes e ainda ontem disse esta frase essencial: «é uma ilusão pensar que os problemas do país estão resolvidos».

Vejam bem a dimensão deste pensamento, o alcance desta frase, a profundidade desta ideia: Cavaco diz-nos que os problemas do nosso país não estão resolvidos!

Porra, Cavaco! que grande desarrincanço!

É preciso ser um grande Presidente para chegar a essa conclusão!

Enfim, com um primeiro-ministro e um presidente destes, de que é que estávamos í  espera?

Agora até as sandes têm autoria!

Na Revista do Expresso encontrei este artigo intitulado: “Sandes de autor no Porto”.

Portanto, chegámos a isto: sandes armadas ao pingarelho.

O autor das sandes é o Sr. Pedro Lemos, responsável, também, pelo restaurante Foz Velha, que acabou de ganhar uma estrela Michelin.

Eis outra coisa que não percebo: tanta satisfação por se receber uma estrela dada por uma marca de pneus!

Ora, como todos sabem, o autor das sandes foi John Montagu, 4º Conde de Sandwich, que viveu entre 1718 e 1792.

Conta a História que Montagu gostava de jogar e, para não interromper o jogo, comia uns nacos de carne entalados entre dois pedaços de pão.

Estava inventada a sandes.

Séculos depois, aparece este tal Lemos e inventa – e vou citar – a “sandwich de barriga de porco assada (12 horas de forno!) em pão de centeio com molho de rábano, de lombo de atum dos Açores e guacamole, de recheio de sapateira e caranguejo, de fruta e especiarias (abacate e manga) em pão de molde”.

Sandes de autor.

Serão para comer?

Não seria melhor expí´-las?…

Sentença, já!

Segundo escreve a incontornável Felícia Cabrita, na primeira página do jornal angolano Sol, “Polícia investiga vida faustosa” de Sócrates.

Abrimos o jornal na página 4 e ficamos a saber que Sócrates:

1. Paga, todos os meses, “60 mil euros das rendas da casa de Paris e de outras em Lisboa”;

2. “Em julho, passou férias em Formentera, uma paradisíaca ilha espanhola, onde alugou uma casa que custa 2.000 euros por dia” e ficou lá dez dias, (e podemos ver um foto muito tremida de um tipo que parece o Sócrates, em calções, e uma mulher, que a Cabrita diz ser a namorada, Fernanda Câncio).

Claro que estes dois simples factos seriam suficientes para prender qualquer gajo, uma vez que o Código Penal estabelece, claramente, que é crime pagar rendas de 60 mil euros e passar férias em Formentera com gajas que sejam jornalistas…

Mas Cabrita descobriu mais coisas.

Descobriu, por exemplo, que “sempre que Sócrates necessitava, Santos Silva levantava montantes que variavam entre quatro e 12 mil euros, ou emitia cheques que eram levantados pelo advogado Gonçalo Ferreira, sendo o dinheiro depois entregue pelo motorista João Perna».

E descobriu, também, que é Sócrates “quem suporta as prestações bancárias mensais do Monte das Margaridas, uma herdade com 12 hectares em Montemor-o-Novo, com moradia e piscina, ocupada por Sofia Fava e pelo actual companheiro”.

Depreendem-se grandes macacadas entre os três, ou os quatro, se a Fernanda também se quiser ajuntar!…

Além de tudo isto, “sempre que se desloca ao Rio de Janeiro, Sócrates instala-se no Copacabana Palace, onde a diária mínima é de 370 euros”.

Claro que tudo isto seria mais que suficiente para prender a criatura, mas há mais.

O Diário de Notícias de ontem, titula “Sócrates suspeito de ter entrado no negócio dos direitos televisivos do futebol”.

Pelos vistos, “a investigação do caso Operação Marquês suspeita que José Sócrates e Carlos Santos Silva financiaram, em 2011, a compra dos direitos televisivos da Liga espanhola feita por uma empresa de Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT e actual presidente da SAD do Belenenses”.

Ainda vamos descobrir que é o engenheiro que paga o ordenado ao Ronaldo!

Por outro lado, o Expresso de hoje revela que “Sócrates passou a receber avença de Lalanda de Castro depois de este ter vendido equipamento a empresa de Santos Silva” e o DN afirma que “amigo de Sócrates confirma que lhe entregou dinheiro e pagou carro e motorista” e que “juiz disse que tanta generosidade sem contrapartida não encaixa”.

Ora bem, depois de tudo isto, pergunto eu:

Por que carga de água o juiz Carlos Alexandre teima em fazer os seus interrogatórios í  porta fechada? Por que razão o homem não vende os direitos televisivos dos interrogatórios, por exemplo, í  TVI?

E, já agora, para quê esperar meses para condenar o Sócrates?

Eu dava-lhe, no mínimo, 10 anos de cadeia, quanto mais não seja por ser tão burro e deixar tantas pistas e ainda não se ter pisgado para um país bem longe desta choldra!

E dava dois anos í  Fernanda, por cumplicidade e mais dois por não ter convencido o namorado a dar í  sola.

Ao amigo e ao motorista de Sócrates, condecorava-os. Pela mesma razão que o velho Cavaco condecora tudo o que anda.

Quanto í  Felícia Cabrita, já que escreveu a biografia de Passos Coelho, obrigava-a a escrever as memórias de Cavaco Silva, até í  sua morte (dele ou dela, o que ocorresse primeiro…)