Marcelo & Costa

Marcelo apoiava o governo de Costa mas já não apoia.

Marcelo, fundador do PPD-PSD, apoiava um governo do PS, sustentado pelo PCP e BE?

Estranho.

Mas todos diziam que, afinal, Marcelo e Costa eram amigos…

Puro engano!

Qual Dr. Jeckyl e Mr. Hyde, Marcelo e Costa são, afinal, uma e a mesma pessoa.

A foto não engana!…

 

 

 

Benfica tira Portugal do Processo por Défice Excessivo

António Costa e Mário Centeno estiveram ontem no Estádio da Luz a assistir à vitória do Benfica por 5-0 ao Guimarães e, assim, conquistar o Tetra-campeonato.

Aproveitaram a oportunidade para agradecer ao Benfica a saída de Portugal do Processo por Défice Excessivo, feito só conseguido graças à conquista do 4º campeonato consecutivo e do 36º, no cômputo geral.

A importância desta conquista foi confirmada por diversas entidades internacionais: o próprio Papa foi-se embora mais cedo para poder assistir, via Benfica TV, ao jogo decisivo; também Emanuel Macron adiou para hoje a tomada de posse como Presidente dos franceses para poder assistir ao jogo.

Escusado será dizer que a vitória de Salvador Sobral aconteceu graças, não só à simplicidade da canção, mas sobretudo ao facto de toda a gente, dos sérvios aos gregos, estarem com os olhos postos em Portugal, quanto mais não fosse, por solidariedade para com Feija, Mitroglou e Samaris.

Com a ida ao Estádio da Luz, António Costa deve ter perdido os votos de muitos sportinguistas e portistas, mas como foi a Fátima e aguentou a missa papal toda, em pé, e ficou com os filhos do pateta do Tavares na sexta-feira, deve safar-se nas próximas eleições.

Agora vos digo: quem for ateu, do Sporting e só gostar de música erudita, hoje deve sentir-se muito infeliz ao ver os telejornais.

Pensando melhor, se é do Sporting, deve ser religioso e acreditar em milagres e, muito provavelmente, nem sabe o que é música erudita.

Compensações…

A verdadeira face de Marcelo

No seu artigo semanal de ontem, no Público, o maquiavélico Pacheco Pereira desenvolve uma teoria da conspiração curiosa:

Segundo ele, o optimismo de Marcelo Rebelo de Sousa e o seu aparente apoio incondicional ao governo de António Costa tem, como único objectivo, a derrota de Passos Coelho nas eleições autárquicas, de modo a que o PSD encontre um novo líder que possibilite a coligação com o PS.

Seria assim o fim da chamada geringonça e o ressurgimento do bloco central.

Pacheco Pereira não sabe da missa a metade.

A verdade é que Marcelo Rebelo de Sousa é um comunista puro e duro.

Nos tempos em que viveu em Angola, foi contactado por um militante do MPLA formado em Moscovo e aderiu, clandestinamente, ao PCP.

Paulatinamente (e clandestinamente), como bom e verdadeiro comunista, foi minando o sistema por dentro; durante anos criou factos políticos, como jornalista e como comentador, até que conseguiu ser eleito Presidente da República, com a unanimidade própria das pop stars.

Neste momento, Marcelo parece apoiar o governo de António Costa, mas é apenas estratégia.

O objectivo é conquistar o Poder total, substituir Jerónimo de Sousa na liderança do PCP e transformar Portugal numa República Soviética com capital em Celorico de Basto.

Avante camarada!

A gente acredita, que remédio!

O desempenho da selecção nacional de futebol no Europeu fez disparar o uso do verbo “acreditar”.

Se googlarem a palavra “acreditar”, encontram mais de 750 mil entradas!

Exemplos:

  • “Marcelo diz à selecção que hoje há mais razões para acreditar” (TSF, 11/7)
  • “Orgulhoso da minha equipa. Orgulhoso do meu país. Fazê-los acreditar” (Ronaldo, 10/7)
  • “Portugueses têm mérito de acreditar até ao fim” (Matuidi, citado pelo Record, 10/7)
  • “Vamos acreditar. Vamos ganhar” (Fernando Santos, 6/7)
  • “Portugueses têm que acreditar connosco” (Nani, 6/7)
  • “A base do nosso sucesso é acreditar que tudo é possível” (Nani, 30/6)
  • “Continuo a acreditar que só vou no dia 11 para Portugal” (Fernando Santos, 30/6)

E por aí fora…

Chegamos, portanto, à conclusão que, afinal, nada disto é fruto do esforço, da dedicação, do trabalho, do suor ou da sorte – afinal, é tudo uma questão de crença.

É como na religião: ou acreditas ou és descrente.

Um verdadeiro católico não precisa de provas da existência de Deus, porque acredita.

Assim foi com a nossa selecção – nem precisou de fazer grandes jogos (aliás, não ganhou nenhum jogo nos 90 minutos, embora também não tenha perdido nenhum). Bastou-lhe acreditar.

O Passos e o Portas também nos quiseram fazer acreditar que a saída tinha sido limpa.

E, no entanto, os buracos vão aparecendo: o Banif, a Caixa, o buraco de 50 milhões na electricidade… e começamos a acreditar que a saída limpa, afinal, foi uma saída badalhoca…

Mas o acreditar também se está a meter entre o António Costa e as sanções da União Europeia.

A União Europeia não acredita nos números do nosso governo e o senhor da cadeira de rodas, no fundo, acredita que vamos precisar de um novo resgate.

Por seu lado, o primeiro ministro fartou-se de dizer que não acreditava que as sanções fossem para a frente e, agora que elas vão mesmo avançar, acredita que a multa será zero.

Em suma, a malta não tem mesmo outro remédio senão acreditar!

Da importância das vacas na política nacional

As vacas sempre ocuparam um lugar central na política nacional.

No tempo das vacas gordas, ninguém se lembra delas; vamos comendo e bebendo à fartazana, até que se esgota a mama e as vacas emagrecem.

Depois, no tempo das vacas magras, temos saudades dos bifes e mantemo-nos a ervas.

Não somos indianos, mas a vaca, para nós, é sagrada.

No futebol, quando a bola não entra, é vaca.

A nossa colega, que se deixou engordar, passa a vaca.

Quando viajamos a meias, fazemos uma vaquinha.

A vaca está em todo o lado.

Até o nosso político mais duradouro, tem uma grande admiração pela vaca.

A começar pelo apelido, já que Cavaco tem uma sonoridade semelhante à vaca.

E foi ele que disse, nos Açores, que tinha admirado o sorriso das vacas.

Se calhar, o homem tinha comido queijo “a vaca que ri” ao pequeno almoço e deixou-se influenciar.

Ora, se as vacas sorriem, por que não podem voar?

António Costa acredita que as vacas podem voar.

A oposição faz o trocadilho e diz que, se o António Gosta tanto vacas, passa a António Bosta.

Assunção Cristas diz que foi ministra da Agricultura e que viu muitas vacas e atesta que as vacas não voam.

Se calhar, Sãozinha, elas só voam quando estás de Costas…

Não querendo avacalhar mais o discurso, direi que uma vaca pode voar se lhe der na gana – basta querer.

E contra o querer, nada há a fazer!

Nem que a vaca tussa!

vacas

Tia Teodora

O Conselho Superior de Finanças Públicas discorda do Plano de Estabilidade do governo.

A presidente ou directora do Conselho, aquela senhora que parece uma daquelas velhotas que vende peúgas à porta dos Mercados Municipais, alertou para os perigos do Plano, para a inconsistência dos números, para o irrealismo das projecções.

Pelos vistos, Centeno não é credível e Costa é um lírico.

Em resumo: estamos tramados – as contas estão todas erradas, vamo-nos afundar, a dívida vai aumentar e, no final da legislatura, estaremos a pedir um novo resgate.

E parece que o Costa deu alguma coisa a beber ao Marcelo, porque ele anda todo contente a apanhar morangos no Alentejo e a comer presunto na Ovibeja, como se tudo estivesse a correr de feição.

Teodora – tens que ser mais sonora!

Fala mais alto, grita, se necessário.

Ou então, reforma-te (já deves ter idade para isso…)

teodora cardoso

 PS – E se o Centeno estiver certo?…

Bofetadas, chapadas, estalos, borrachos, galhetas e similares

Já toda a gente conhece a história.

Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente, escreveram crónicas, que saíram no Público, em que desancavam o ministro da Cultura, João Soares.

Em resposta, o ministro foi ao seu Facebook e ofereceu a ambos os senhores, dois pares de bofetadas.

O alarido foi tal que, hoje mesmo, Soares pediu a demissão e António Costa aceitou.

Quer dizer: o governo anterior tirou quase tudo e passou incólume e quando, neste governo, aparece um ministro a oferecer algo, é demitido.

Está mal.

Mas o que me interessa não é bem o episódio em si mesmo, mas sim a linguagem.

Já repararam que as bofetadas se dão, enquanto os estalos, por exemplo, se pregam?

Sempre aos pares, como os polícias, damos um par de bofetadas, mas pregamos um par de estalos.

Já os borrachos, levam-se. Se não estás quieto, levas um borracho.

As chapadas e as galhetas, por seu lado, podem dar-se ou levar-se, é indiferente.

A história das chapadas tem mais de dois mil anos.

Como se sabe, também Cristo levou uma chapada e até ofereceu a outra face, para levar outra, e não protestou, como este bando de filisteus, que ficou tão ofendido por um ministro gostar de dar porrada.

E Soares até foi elegante porque ofereceu bofetadas, em vez de socos, murros, chutos ou pontapés.

O ex-ministro defendeu-se, dizendo que respondeu a insultos e não a críticas.

De facto, se lermos a crónica da Vasco Pulido Valente (a de Augusto M. Seabra não interessa para nada, nem sequer sabemos a que se refere o M do nome…) – ao lermos a tal crónica, verificamos que ele chama verbo de encher a João Soares.

O que raio será um verbo de encher?

Encher já é um verbo!

Enfim, Vasco Pulido Valente quereria dizer que Soares é incompetente e foi nomeado para o governo só para encher, para fazer número.

Soares não gostou e ofereceu-lhe as tais bofetadas, caso o encontrasse por aí.

António Costa veio dizer que os ministros, até à mesa do café, não se podem esquecer que são ministros.

E Soares demitiu-se.

Agora que já não é ministro, já pode procurar o Vasco Pulido Valente e, deixando de ser polido, e mostrando que é valente, assestar-lhe um par de bofetadas bem dadas.