1. Relvas substituído por dois ministros?
Está certo… Relvas é plural…
2. Poiares Maduro é um do novos ministros.
Farto de ser acusado de estar verde para governar, Passos nomeou um ministro Maduro…
aqui desde 1999
1. Relvas substituído por dois ministros?
Está certo… Relvas é plural…
2. Poiares Maduro é um do novos ministros.
Farto de ser acusado de estar verde para governar, Passos nomeou um ministro Maduro…
A curiosidade deste romance de Philip Roth reside no facto de ser todo escrito em diálogo.
Publicado em 1990, só agora o li, em edição deste ano da D. Quixote (tradução de Francisco Agarez), depois de muitos outros romances posteriores do mesmo autor, alguns deles, épicos.
Talvez por isso, este não me entusiasmou muito – isto para além do facto de ser um pouco difícil de seguir, devido ao facto de ser escrito em diálogo, do princípio ao fim.
No fundo, é uma história banal de dois adúlteros, um homem e uma mulher, sendo que ele é escritor (Roth?) e que aproveita aquela relação extra-conjugal para escrever um livro.
Transcrevo apenas este naco, que não mostra o tom geral dos diálogos, mas que tem graça:
«- A minha mãe ensinou-me a nunca me sentar com a cona í mostra.
– Nem com as pernas por cima dos ombros de um cavalheiro.
– Isso nunca me disse. Acho que nunca imaginou que eu pudesse chegar a esse ponto.»
Outros livros de Philip Roth: “Goodbye, Columbus“, “Némesis“, “A Humilhação“, “O Complexo de Portnoy“, “Indignação“, “O Fantasma Sai de Cena“, “O Animal Moribundo“, “Património“, “Todo-o-Mundo“, “Pastoral Americana“, “A Conspiração Contra a América“, “Casei com um Comunista“.
Se Gaspar fosse mais velho, digamos, se tivesse nascido em 1953, como eu, poderia ter feito o 6º ano do Liceu no D. João de Castro e conseguir, como eu consegui, 14 valores na cadeira de Organização Política e Administrativa da Nação.
Mas Gaspar nasceu em 1960, pelo que deve ter acabado o Liceu já depois do 25 de Abril e, portanto, não teve essa cadeira.
É por isso que Gaspar faz Orçamentos inconstitucionais.
Porque quem estudava Organização Política e Administrativa da Nação sabia que “a soberania reside em a Nação”, como dizia o livro da cadeira.
A soberania não reside em a troika, ou em o FMI, ou em a União Europeia – reside em a Nação!
Estás a topar, Gaspar?…
Que o Relvas não é lá muito católico, já a gente tinha percebido – agora, saber que o adjunto do Coelho é, afinal, um animista, é que foi uma grande surpresa!
E penso que foi esta revelação que esteve na base da sua demissão, e não o facto de ter feito falcatrua com o curso da Lusófona, até porque isso não é nada de especial…
Só ontem, ao escutar o discurso de demissão, ficamos então a saber a tendência religiosa de Miguel Relvas.
Qual foi a principal e única causa que ele apresentou para se demitir?
Exactamente a falta de “condições anímicas para continuar”.
Ora aí está, o animismo!
Como se sabe, o animismo refere-se í manifestação religiosa que imana de todos os elementos do Cosmos (Sol, Lua e estrelas), de todos os elementos da natureza (rios,oceanos, montanhas, florestas, rochas), de todos os seres vivos (animais, fungos, vegetais), e de todos os fenómenos naturais (chuva, vento, dia, noite).
Relvas (vegetal)Â converteu-se ao animismo, para melhor poder servir Coelho (animal), sob a orientação de Cavaco (madeira, floresta).
Mas sem “condições anímicas” o que pode um animista fazer?…
Jorge Silva Carvalho, ex-director do Serviço de Informações Estratégicas do Estado, vai ser interrogado na próxima 4ª feira pelo Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
É acusado dos crimes de abuso de poder, acesso ilegítimo a dados, violação do segredo de Estado e corrupção passiva.
Foi esta semana integrado como funcionário da Presidência do Conselho de Ministros, por despacho conjunto do primeiro-ministro e dos ministro das Finanças, publicado no Diário da República.
Por outras palavras: Passos Coelho e Vitor Gaspar contrataram um ex-espião, suspeito de vários crimes, para o Conselho de Ministros.
Parece-me correcto.
Ao saber desta notícia pelos jornais, Silva Carvalho disse «estou disponível e posso ajudar».
E Coelho e Gaspar bem precisam de ajuda!
Mas Silva Carvalho – qual 007 de pacotilha – disse mais: «Eu não sou esquisito, temos de ter alguma dose de humildade nestas coisas».
Claro, pá – servir os americanos ou os soviéticos, espiar para os árabes ou para os israelitas, trabalhar para o Passos Coelho ou para o Gaspar – é igual – desde que paguem o salário.
Ao Expresso, Silva Carvalho disse, a propósito do seu pedido de reintegração ter demorado tanto tempo a ser aceite: «sou forçado a compreender que durante o período do governo de José Sócrates tenha havido algumas nuances políticas em relação ao meu processo».
Mas agora, que Sócrates regressou í ribalta, talvez dê jeito a Passos Coelho ter um ex-espião a trabalhar para si.
Ná! Deve ser só coincidência!
E falta de vergonha…
Anda meio mundo espantado com o Papa Francisco.
Que ele está farto de inovar, quebrando várias barreiras – tenho lido.
Fui ver.
Será que Francisco reconhece os homossexuais, aceita o uso de preservativo, compreende o aborto, propõe mulheres-padres?
Não.
Francisco desistiu do papamóvel e lavou os pés a uma muçulmana.
De inovações dessas está o inferno cheio!
Se a cerimónia do lava-pés é apenas um gesto simbólico, qual será o simbolismo de ir lavar os pés a 12 jovens presos, incluindo mulheres?
Dizem que foi algo inédito, já que foi a primeira vez que um Papa lavou os pés a mulheres.
Não tarda nada, está a lavar-lhes os sovacos e as virilhas e, a partir daí, nunca se sabe do que um argentino é capaz!
No final da cerimónia, disse Francisco: «não se trata de lavar os pés uns aos outros todos os dias, mas devemos ajudar-nos.»
Os dermatologistas dizem o mesmo: lavar o corpo todos os dias agrava a secura da pele.
Já no dia anterior, na chamada missa crismal, Francisco tinha sido inovador, ao exortar os padres a serem diferentes. Disse: «sede pastores com ‘cheiro das ovelhas’… pastores no meio do seu rebanho e pescadores de homens».
Ora, para que os padres fiquem com o cheiro das suas ovelhas, não convém que lhes lavem os pés todos os dias.
Perde-se o perfume ovino.
Voltando í cerimónia do lava-pés.
Parece que esta cerimónia é uma espécie de medidor do grau de inovação papal.
Li que Bento 16 já inovara «ao lavar os pés a 12 laicos do sexo masculino», mas Francisco inovou ainda mais, «ao incluir mulheres e jovens de várias confissões religiosas».
Esperemos que, para o ano, Francisco lave os pés a pretos e maricas.
Aí sim, Jesus gritará vitória!
Deixemo-nos de embustes, Sócrates dá 5 a zero a qualquer outro político da actualidade.
Não diz a verdade toda mas fá-lo com convicção.
Não há narrativas que superem a sua prosa.
O Seguro não vai morrer de velho – o Seguro está morto.
Ao pé dele, Portas é um postigo, Passos tropeça, Coelho não passa de um láparo.
E o Cavaco?
Depois daquela sova já terá saído dos cuidados intensivos?
Um livro deste autor sul-africano, Nobel em 2003, é garantia de uma boa leitura.
Este “In The Heart Of The Country” (prémio da Central News Agency em 1977), está escrito como se fosse um diário.
J. M. Coetze dá a voz í filha única de um fazendeiro branco.
Virgem, desengraçada, solitária, vive numa quinta num local ermo, com o pai e três criados negros. Quando um dos criados leva para a quinta uma jovem imberbe, para se casar com ela, as desgraças vão começar. O fazendeiro leva a miúda para a cama e a protagonista mata o pai (ou terá sido o marido enganado?).
“No Coração Desta Terra” (edição D. Quixote, tradução de Maria João Delgado), tem 266 entradas, como se fosse um diário, mas sem datas, e é assim que a acção se vai desenrolando.
A protagonista, deprimida, feia, seca, azeda, vai-nos contando a história das desgraças e tecendo considerações sobre a solidão, as suas aspirações, os seus sonhos e devaneios, as suas alucinações, os seus delírios.
Aconselho.
Outros livros do mesmo autor: “O Homem Lento”; “Diário de Um Ano Mau”; “A Vida e o Tempo de Michael K.”.