Saída limpa ou saída merdósica?

É a grande questão do momento: como vai Portugal sair do programa imposto pela troika?

Vamos optar por uma saída í  irlandesa, que é a chamada saída limpa, ou vamos escolher uma saída suja, que é como quem diz, vamos cagar na troika?

A opção pela segunda hipótese é a mais apetecível.

Depois de três anos em que nos cortaram os ordenados, aumentaram os impostos, mandaram milhares para o desemprego e outros milhares para a emigração, diminuíram as reformas e nos fizeram recuar ao nível de vida de há dez anos, que tipo de saída nos apetece, se não a saída suja?

Aliás, merda é connosco.

No tempo da Outra Senhora, contava-se a história de um português mauzinho que, depois de morrer, foi para o Inferno e descobriu que aquilo não era a fogueira que ele estava í  espera, mas sim um enorme tanque cheio de merda. Foi lá que encontrou Salazar, com merda até ao pescoço.

Ainda tens a cabeça de fora, espantou-se o português mauzinho. Tu foste um grande sacana lá na Terra e, mesmo assim, ainda tens a cabeça de fora?

Salazar explicou-lhe: pois é, filho, mas estou em cima do Hitler, que está em cima do Estaline…

Isto para já não falar na história do emigrante português que estava a emagrecer e que foi a um médico que lhe receitou um banho de merda porque lhe diagnosticou saudades da Pátria.

Já Eça de Queirós dizia que isto era uma choldra, que é o mesmo que dizer que o país é uma merda.

Não é verdade que todos dizemos que o Governo só faz merda?

Não é verdade que os deputados são uma merda, que a Educação é uma merda, a Saúde é uma grande merda, os impostos são uma merda e até o tempo está uma merda?

Perante tanta merda, quem quer uma saída limpa?

Só a merda do primeiro-ministro que, até de merda percebe pouco!…

Não admira: um Coelho nem merda como deve ser sabe fazer!

Só caganitas!

portas moedas e albuquerque

 

Tomates para a Argentina já!

Segundo o DN “os argentinos estão furiosos, especialmente os mais jovens. O motivo é a falta de ketchup nas cerca de duas centenas de restaurantes McDonalds do país”.

Pelos vistos, os argentinos não toleram comer Big Macs sem o acompanhamento do tradicional molho vermelho.

E a coisa é tão importante que até a própria presidente Cristina Kirchner ordenou ao ministro da Economia que importasse tomates do Brasil.

Ora aqui está uma boa oportunidade de negócio para o nosso governo, ou será que o Pires de Lima não tem tomates?

Desnudadas substancialmente

Notícia do DN de ontem:

“Para ter sexo ameaçava divulgar fotos”

Fui ler.

Tudo o que meta fotos me excita…

Segundo a notícia, a PJ de Santo Tirso deteve um homem de 52 anos, “suspeito dos crimes de rapto, coação sexual e roubo, dos quais foi vítima uma mulher de 35 anos”.

Ingredientes habituais.

A notícia acrescenta que “a mulher vinha mantendo um relacionamento sentimental intermitente” com o detido – tipo, agora fode, agora não fode, digo eu…

Em outubro passado, “foi por este atraída para um passeio de automóvel. Quando se encontravam num local por ele previamente determinado, foram alvo de uma abordagem por parte de um terceiro elemento, o qual, em conlui com o detido, simulou o sequestro e roubo de ambos, fotografando-os ainda em poses substancialmente desnudadas”.

Estamos, portanto, perante um argumento digno de um filme da série B, que até mete abordagens!

E notem que um dos facínoras é capaz de simular o sequestro e o roubo e, simultaneamente, tirar fotografias aos outros dois, enrolados, em poses “substancialmente desnudadas”.

O que será “substancialmente desnudadas”: ele com tudo í  mostra menos os testículos? E ela, toda nuazinha, com uma nádega escondida?

Claro que, depois da sessão fotográfica, “a mulher passou a ser repetidamente pressionada pelo homem, com vista a novos encontros de cariz sexual, desta feita sob a ameaça de divulgação das fotos íntimas”.

Felizmente que a PJ entrou em acção e prendeu o energúmeno.

Agora, ela já pode descansar, substancialmente desnudada, sem que ninguém a incomode…

A sangria é nossa!

O Parlamento Europeu aprovou por 609 votos a favor e 72 contra, uma resolução que diz que a sangria, com essa designação, só pode ser produzida em Portugal e Espanha.

Se qualquer outro pais quiser produzir uma bebida que saiba a sangria, terá que chamar-lhe “bebida aromatizada í  base de vinho”.
De entre os 70 votos contra, destaca-se o do deputado português, Rui Tavares.

O líder do novo partido Livre justificou-se dizendo que foram tantas as matérias votadas que “não se lembra” de ter votado contra a sangria.

Se calhar, o Tavares já tinha bebida uns copitos de sangria…
Enfim, cada país tem a zurrapa que merece: o whisky para a Escócia, o champanhe para a França e, para Portugal, uma mixórdia.

Insectos í  mesa

O Diário de Notícias revela na sua edição de hoje que no Curso de Restauração do Instituto Politécnico de Leiria, a professora Patrícia Borges está a ensinar a cozinhar insectos.

Para já, começou com grilos, gafanhotos e besouros porque, como diz a professora, “são os mais aceitáveis”. E acrescenta: “outros, como baratas, por exemplo, podem levar a que as pessoas nem queiram experimentar”.

Não sei porquê, professora Patrícia!

Quem come grilos ou besouros, também há-de comer baratas, melgas ou piolhos, digo eu.

O dono da loja Aki í  Bixo, José Costa, tem uma parceria com o Instituto e fornece-lhe os insectos, já que o produz para a alimentação de répteis e aves.

José Costa não explica porque tem dois erros ortográficos no nome da sua loja, nem explica por que razão ainda não experimentou comer um gafanhoto para amostra, mas afirma que “não me faz confusão. Não tenho qualquer problema em provar”, mas também avisa que “não é aconselhável apanhar insectos e comê-los, porque eles comem o que devem e o que não devem”.

Em resumo: temos que comer os insectos que o José Costa cria e deixar os outros em paz – senão, lá se vai o negócio…

Apenas como informação, aqui ficam os preços: cada gafanhoto custa 22 centimos e os grilos estão a 13 euros a dose (200 a 300 grilos).

O prestimoso DN publica, ainda, uma das receitas da professora Pat, “grilos e gafanhotos fritos em malagueta verde e encarnada, sobre arroz de açafrão com sementes de papoila”.

Reza assim:

«Faça um refogado com a cebola, os alhos e cerca de 3 cl de azeite. Quando a cebola começar a ficar translúcida, adicione o arroz, frite-o e polvilhe com açafrão. Adicione a água ou o caldo quente, tape a panela e deixe cozer em lume brando, cerca de 15 minutos, com uma pitada de flor de sal.

Para os grilos e gafanhotos: numa frigideira coloque as malaguetas e o restante azeite e refogue-as ligeiramente. Adicione os grilos e gafanhotos, limpos de patas e asas e polvilhe-os com flor de sal. Frite-os até ficarem estaladiços.

Disponha o arroz num prato e polvilhe-o com sementes de papoila. Disponha por cima os insectos fritos, com o respectivo molho».

Depois, deite tudo fora e beba o tinto.

Todo.

Ladrão que rouba a ladrão…

Notícia do DN de hoje:

«Um homem de 59 anos assaltou por sete vezes no espaço de apenas um mês a mesma caixa de esmolas da Capela do Senhor dos Aflitos, em Valença, de onde levava dinheiro para tabaco ou bebidas».

Este delicioso parágrafo diz-nos várias coisas:

1º – que alguém contou quantas vezes o homem gamou a caixa das esmolas

2º – que, se o homem estava aflito por dinheiro, foi ao sítio certo: Capela do Senhor dos Aflitos

3º – que, se o homem gastasse o dinheiro roubado em feijão verde ou peixe ou pão, talvez não fosse notícia

Perante este desaforo, o que aconteceu?

«A GNR montou uma operação de vigilância no local e na última vez apanhou-o em flagrante, durante a madrugada»

Nunca visitei esta Capela mas, pelo que conheço das capelas de Portugal, deve ter lugar para o altar, a caixa das esmolas, o ladrão e, no máximo, dois GNR’s, desde que não tenham o abdómen muito proeminente.

Pergunto: onde se terão escondido as autoridades para surpreenderem o larápio?

A notícia prossegue:

«Fontes da paróquia contactadas pelo DN estimaram o montante destes furtos em “algumas dezenas de euros”, admitindo a necessidade de reforçar a segurança, mas sem adiantarem mais pormenores»

Reforçar a segurança?

Três GNR’s em vez de dois?

E ainda bem que “não adiantaram mais pormenores”. Não queremos que futuros ladrões conheçam os planos de segurança que vão ser implementados na Capela do Senhor dos Aflitos!

Mas isto levanta uma questão bíblica: será que os responsáveis pela Capela declaram IVA pelas esmolas? Não estarão eles a fugir ao fisco e, no fundo, a roubar o Estado?

Sendo assim, o ladrão terá cem anos de perdão, ou não?…

PS – Obrigado, correspondente do DN em Viana do Castelo, por mais uma notícia formidável!

Pedido

Sr. Ministro da Saúde, Paulo Macedo:

Eu, Artur Couto e Santos, médico do Serviço Nacional de Saúde há mais de 30 anos, ao saber que Paulo Gomes, depois de se ter demitido após a manifestação em que os polícias subiram a escadaria do Parlamento, foi nomeado oficial de ligação na embaixada em Paris, cargo que nem sequer existia, auferindo 12 mil euros mensais, cerca do triplo do que ganhava, venho, por este meio, apresentar a minha demissão…

Aceito qualquer outro cargo com o triplo do ordenado.

Bem haja…

Toma, que é para aprenderes!

Um jovem de 16 anos assaltou um distribuidor de Telepizza e roubou-lhe três pizzas, no valor de 31,50 euros.

Foi hoje julgado por um colectivo de três-juízes-três, gastando, assim, ao erário público, mais de mil euros.

Três juízes a julgarem um caso de roubo de três pizzas?

Acho muito bem!

Estes putos começam a roubar pizzas e, se não lhe pomos um travão, qualquer dia estão a roubar hamburgueres!

Uma onda que se disputa…

Por que razão uma juíza, um procurador do Ministério Público, dois advogados e um funcionário judicial andam a estudar surf?

Segundo o indelével Diário de Notícias, a razão reside numa onda, que foi surfada por dois surfistas ao mesmo tempo, daí resultando um choque que provocou danos materiais e psicológicos.

Vamos aos factos, porque isto vale a pena…

«Tudo aconteceu na tarde de 24 de Novembro de 2012, na praia do Cabedelo, em Darque, junto í  cidade de Viana de Castelo, com os dois surfistas, Ricardo Forte, de 37 anos, e João Zamith, de 38, a envolver-se naquilo que a própria acusação diz ser um caso de  “disputa de ondas”» – isto é o que diz a notícia do DN, que, mais í  frente, explica:

«Quando Ricardo Forte deslizava na sua prancha na crista de uma onda, surgiu João Zamith em sentido contrário, preparando-se para apanhar a referida onda. Nesse momento, cada um deles assentou em manter o rumo, sem se desviar, pelo que embateram com as respectivas pranchas um contra o outro».

Acham incrível?

Então, continuemos:

«Do choque, resultaram vários ferimentos nos dois surfistas, danos de 70 euros na prancha de mais de dois metros de Ricardo Forte e uma acesa discussão, com ameaças entre os dois, já na praia»

E agora, o caso decide-se no tribunal, a expensas do erário público!

Teremos que colocar semáforos nas ondas ou, mais simplesmente, dar dois pares de estalos a estes beach boys de trazer por casa?

Dispam-se os médicos – já!

O secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, quer proibir os médicos e médicas de usarem anéis, pulseiras, gravatas e outros adornos porque, segundo ele, esses objectos são veículos de transmissão de infecções.

De facto, se examinarmos ao microscópio as gravatas ou os anéis dos médicos e médicas, encontraremos matilhas de estafilococos, cáfilas de estreptococos, cardumes de psudomonas.

E que dizer das solas dos seus sapatos, ou dos fundilhos das suas calças?

E sabe-se lá por onde andaram as camisas dos médicos e as cuecas das médicas!

Por isso, o mais higiénico seria os médicos e médicas, assim que chegam aos hospitais, despirem-se, tomarem um banhinho e seguirem para as enfermarias assim, tal e qual, ao natural.

Para dar o exemplo, Leal da Costa já começou por rapar o alto da cabeça…

leal da costa