Crime í  americana

Notícia do Público de ontem:

“Uma jovem de 15 anos dos EUA está a ser acusada do crime de pornografia infantil, por ter enviado a colegas de escola, via telemóvel, fotografias suas em que aparece nua.”

Outras possibilidades:

Casal sado-masoquista acusado de violência doméstica.

Pai acusado de pedofilia ao ser apanhado a dar muitos beijinhos í  sua filha, em pleno Centro Comercial.

Mãe acusada de exibicionismo por tomar banho de imersão com o filho.

Irmão preso por lenocínio, ao dar o número de telemóvel da irmã mais velha a todos os colegas da escola.

Homem acusado de assassínio depois de se ter suicidado com tiro na cabeça.

O Cê com a sua Cedilha

Não me venham dizer que é por causa de escreverem muito depressa.

Não me venham dizer que os blogues não têm corrector automático.

Não me venham dizer que é dislexia, desatenção, sonolência, cansaço ou exaustão!

Vocês são é burros!

A letra Cê só precisa de cedilha antes das letras A, O ou U – PORRA!

Estou farto de textos, comentários, mails e SMS, com as palavras “voçês” ou “preçisam”!

VOCíŠS não aprenderam que, antes das letras “E” e “I”, o cabrão do “C튔 não precisa da PUTA DA CEDILHA?!

Kosovo lixa a selecção!

Só não vê quem não quer.

O empate de ontem da selecção nacional de futebol, frente a 10 jogadores da selecção da Albânia é a primeira consequência do reconhecimento da independência do Kosovo, por parte do governo português.

Só assim se explica que o Pepe do Real Madrid, o Quaresma do Inter de Milão, o Paulo Ferreira do Chelsea, o Miguel do Valência, o Hugo Almeida do Bremen, o Dany do S. Petersburgo e o Ronaldo do Manchester, não tenham conseguido marcar sequer um golito aos coxos, mas abnegados, albaneses.

Segue-se uma derrota com Malta.

(e a nossa sorte é não irmos jogar contra a Ossétia do Sul…)

Estou a ler o Orçamento

O Teixeira dos Santos teve a amabilidade de me enviar, via e-mail, o Orçamento Geral do Estado para 2009.

Como me custa um pouco ler no monitor do computador, imprimi aquilo tudo e comecei a lê-lo ontem í  noite, na cama, antes de adormecer.

Não estou a gostar muito. Acho que o argumento cheira a “déjí  vu” e a história não é grande coisa. Tive uma insónia…

Um tipo da minha idade já leu tantos livros na vida que, para ficar preso, precisa de mais qualquer coisa – e convenhamos que este OGE para 2009 é mais do mesmo.

Enfim, tem aquela coisa dos 2,9% de aumento para Função Pública, que sempre é uma inovação. Mas é pouco.

Confesso que estava í  espera de uma coisa com mais fí´lego e, afinal, todo o OGE cabe numa simples “pen drive”. Ouvi dizer que até cabe no Magalhães! Ora, uma Orçamento que cabe num Magalhães não pode ser grande coisa, não é?

De qualquer modo, prometi ao Teixeira que lhe enviava, depois, as minhas opiniões e vou cumprir – só que ainda não arranjei tempo para ler aquilo tudo.

Mas posso já fazer uma sugestão: se ainda não publicaste o Orçamento, troca os números do aumento, ó Teixeira: põe lá 9,2% de aumento, em vez de 2,9.

Sempre cria mais suspense na história, não achas?

Para a Islândia, e em força!

A Islândia nunca me enganou.

Como é que uma ilha praticamente gelada, situada no escroto de Judas, foi considerada, pela ONU, no ano passado, como o país mais avançado do Planeta?

Agora, está-se a ver. Bancarrota, a coroa islandesa não vale um caracol congelado e os islandeses correm aos supermercados e í s farmácias para açambarcarem os bens de primeira, segunda e terceira necessidade, como qualquer outro povo de um qualquer país subdesenvolvido da América do Sul e arredores.

Em bancarrota, ninguém deve dar nada pela Islândia, agora.

É portanto uma boa oportunidade para convencer o Alberto João Jardim a usar os lucros da off-shore da Madeira e comprar a Islândia.

Depois, muda-se para lá com todos os seus apaniguados, enquanto os islandeses (são pouco mais que 300 mil) vêm para a Madeira.

Ganhamos todos: Jardim ganha a independência, os islandeses ganham uma nova ilha sem gelo e nós ficamos livres do Alberto João.

A crise financeira explicada í s crianças

Era uma vez um país muito grande e muito rico, chamado Estados Unidos da América, governado por um senhor chamado Bush, que, em português, quer dizer arbusto, embora também possa designar o conjunto de pêlos que as pessoas mais crescidas têm, í  volta da pilinha ou do pipi.

Esse país, porque era muito grande, tinha muito espaço para construir casas, que também eram muito grandes. Então, os americanos (assim se chamavam os habitantes desse país, embora também houvesse alguns chamados John, Michael, Betty, Sarah, Barak, Bill, Monica, etc) desataram a construir casas. Mas, para o poderem fazer, tiveram que pedir dinheiro emprestado aos Bancos.

Eu escrevo Bancos com letra grande, para vocês não confundirem com os bancos onde a gente se senta, claro.

Ora, os banqueiros – que são os donos dos Bancos – emprestam dinheiro a juros. E o que é que isto quer dizer? Quer dizer que tu pedes, por exemplo, 1 euro emprestado a um amigo, para comprares pastilhas elásticas e, depois, tens que lhe pagar 1 euro e meio.

E perguntas tu: mas por que raio é que eu tenho que dar um euro e meio ao gajo, se ele apenas me emprestou um euro?

E eu respondo-te: é o capitalismo, ó ranhoso!

Se não estás bem, muda-te! Quando tiveres direito ao voto, vota no PCP que, lá para 2040 ainda há-de continuar a lutar pelo pleno emprego, pelo aumento salarial das classes trabalhadoras e pela nacionalização dos meios de produção.

Bom, mas voltemos ao tal país muito grande…

Portanto, os banqueiros emprestavam dinheiro com juros ao americanos e estes construiam casas, que depois vendiam a outros americanos que, por sua vez, para as poderem comprar, pediam dinheiro emprestado aos Bancos.

í€s tantas, alguns Bancos já não tinham mais dinheiro para emprestar mas, como não queriam perder os clientes, pediram dinheiro emprestado a Bancos mais ricos, – e assim sucessivamente, até ao Infinito.

Estava tudo a correr muito bem: os americanos compravam e vendiam casas uns aos outros, que é uma coisa que os americanos gostam muito de fazer, e os banqueiros estavam cada vez mais ricos, tinham grandes ordenados e passavam férias em sítios formidáveis.

Só que, certo dia, alguns americanos deixaram de pagar o que deviam aos Bancos. E, depois, mais americanos fizeram o mesmo. E mais, e mais. Até que os Bancos mais pequenos começaram a ficar sem dinheiro e deixaram, também eles, de pagar aos Bancos mais ricos – e assim sucessivamente, até ao Infinito.

Moral da história: se quiseres uma pastilha elástica e não tiveres dinheiro para a comprar, não peças dinheiro emprestado – rouba-a!

Prison Break – 3ª série

—Coitadinho do Michael Scofield que é tão bonzinho!… Uma senhora muito má, que trabalha para The Company, corta-lhe a cabeça í  namorada e Michael é incapaz de lhe dar um tiro.

E aí vai ele, estrada fora, algures no Panamá, em busca de vingança…

Mas, entretanto, ao longo de 12 episódios esteve a serrar presunto até conseguir fugir da inverosímil prisão de Sona.

Mais fraca que a segunda série, a anos-luz da fantástica primeira série, esta terceira época de Prison Break consegue, apesar disso, prender a nossa atenção e tem, ainda, alguns picos de suspense.

No entanto, os autores de Prison Break precisam de dar uma grande volta ao argumento para que a série consiga sobreviver mais 2 ou 3 épocas.

Quanto a Michael Scofield, sempre com aquele ar muito sério, olhando por baixo das sobrancelhas, já merecia que alguém o fizesse rir…

E onde é que Michael e Lincoln cortarão o cabelo?…

Títulos enigmáticos

Dois títulos enigmáticos da primeira página do Expresso de ontem;

Primeiro: “Gago fecha Moderna”

E por que não “Surdo abre Antiga” ou “Coxo inaugura Contemporânea”?

Segundo: “C. Santos não quer vender Mercedes a ciganos”

E por que não: “B. Lopes não quer vender BMW a pretos”? ou “J. Silva não quer vender Audis a chinocas”?

Crise? Qual crise?

Notícia do DN de ontem:

“As vendas de automóveis em Portugal cresceram 4,1% em Setembro, face ao mesmo período do ano passado, num total de 17 884 veículos ligeiros. (…) Em portugal, já se venderam este ano dez Ferrari, sete Bentley e 177 Porsche”.

Se calhar, afinal, a gasolina e o gasóleo estão mas é baratos!…