Viagra para os talibans

Segundo o Washington Post, os agentes secretos norte-americanos estão a oferecer comprimidos de Viagra aos chefes tribais afegãos, em troca de informações sobre os taliban.

De repente, fez-se luz no espírito da CIA!

O que os afegãos precisam não é de bombas, porrada e mau viver!

Do que eles precisam é de drogas da felicidade: fluoxetina (Prozac), para se sentirem felizes e Viagra, para manterem o pau feito e poderem comer as virgens, antes de chegarem ao paraíso.

Mas há aqui algo que não bate certo: quem precisa de Viagra tendo tanta papoila mesmo í  mão?…

írbitros e anestesistas

A partir do próximo dia 1 de Janeiro, os hospitais públicos vão ter que cumprir a determinação do ministério da Saúde: médico contratado só pode ganhar 35 euros por hora.

Os “media” chamaram a atenção para o facto de existirem médicos a ganharem 100 euros í  hora, nomeadamente, anestesistas que, nesse caso, num banco de 12 horas, poderiam ganhar 1200 euros.

Ora bem: segundo o Diário de Notícias, um árbitro da Primeira Liga de futebol, pode ganhar, por jogo, 1090 euros, o que representa um aumento de cerca de 10%, em relação ao que se pagava no ano passado.

Não há dúvida que decidir se a mão do Miguel Vitor foi, ou não, decisiva para invalidar o golo do Benfica, é muito mais importante do que anestesiar uma vítima de um acidente de viação, para que possa ser operada de emergência.

O mais engraçado de tudo isto é que os jornalistas ficam mais incomodados com os 1200 euros ganhos pelo anestesista do que pelos 1090 ganhos pelo árbitro…

Chet Baker

—Olha que boa ideia esta de juntar numa caixa três discos de Chet Baker editados quando eu ainda andava de fraldas.

Com a sua voz de engatar miúdas e o trompete suave, Chet Baker (1929-1988) reuniu, nestes três discos, vários standarts eternos.

“My Funny Valentine” (1954), inclui, para além do tema de Rodgers & Hart, outras preciosidades como “Someone to Watch Over Me”, de Gershwin, “Time After Time”, de Cahn & Styne e o meu preferido “Let’s Get Lost”, de Loesser & McHugh.

“Chet Baker Sings” junta temas gravados em 1954 e que faziam parte do primeiro álbum de Chet Baker e temas gravados no Forum Theater de Los Angeles, em 1956.

“Embraceable You” foi gravado em Nova Iorque, a 9 de Dezembro de 1957 e inclui, por exemplo, “Trav’lin Light”, “They All Laughed” e “While My Lady Sleeps”.

Nos anos 50, a voz, o trompete, o ar triste e tímido e a popa de Chet Baker deviam partir corações.

O músico morreu em Amesterdão, aos 59 anos, ao cair da janela de um hotel.

Feliz natal, Sr. Pedro Henriques

Uma gastroenterite é o que lhe desejo.

Odontalgias para si para todos os seus.

Um Ano Novo cheio de parestesias.

Nota: Pedro Henriques é aquele árbitro com um corte de cabelo duvidoso, que anulou um golo limpo ao Benfica, ontem, contra o Nacional.

Columbo – 3ª série

—Rever Columbo é fazer uma viagem no tempo.

Recuamos até 1971 e recordamos as modas de então, as calças í  boca de sino, as mini-saias, os penteados, os interiores modernaços das casas mas, sobretudo, os espadas!

Que lindos que eram os carros americanos, no fim dos anos sessenta, princípio dos anos setenta. Desnecessariamente enormes! A mala dava para esconder dois ou três cadáveres de americanos grandes. O motor ficava a nadar dentro do compartimento da frente, onde quase cabia um Fiat 600.

Peter Falk inventou um boneco muito bom. Columbo tinha diversas características que o definiam: o charuto sempre na mão e quase sempre apagado, a gabardina amarrotada e encardida, as botas, com muito uso e pó a mais, o fato cor de salmão, acanhado e o carro, contrastando com todos os outros, um Peugeot 403 cabriolet, de 1959, com um motor ruidoso e o ar de quem já percorreu muitos quilómetros.

A série tinha dois grandes trunfos: Peter Falk, claro, e o facto de cada episódio começar sempre com a perpetração do crime e assistirmos, depois, í  desmontagem dos í libis quase perfeitos, graças í  perspicácia insuspeitada de Columbo, í s suas perguntas como-quem-não-quer-a-coisa e ao facto de os criminosos menosprezarem o detective, baseados na sua aparência desleixada.

Uma série de 5 estrelas, mesmo 30 anos depois.

Que desperdício, al-Zaidi

Ouve o que eu te digo, Muntadar al-Zaidi: aceito que te tenhas tornado uma estrela mundial graças ao teu gesto, que pode ser visto e revisto aqui.

Mas sinceramente: George Bush não vale um par de sapatos!

Vê bem que, agora, até há um professor saudita, Mohamed Makhafa, que quer comprar os sapatos que atiraste ao cão infiel por quase 7 milhões de euros.

Se o governo iraquiano lhe vender os sapatos, o professor vai colocá-los numa vitrina, com a seguinte inscrição em baixo: “estes foram os sapatos que al-Zaidi atirou ao Presidente dos Estados Unidos, o cão George Bush”

E, assim, Bush ficará para a História.

Ainda por cima, al-Zaidi, meu zarolho, não lhe acertaste, pá!

Finalmente, novos valores na política!

Fartos dos velhos políticos portugueses?

Not anymore!

O PSD anunciou ontem o seu candidato í  Câmara de Lisboa: trata-se de Pedro Santana Lopes, um jovem e talentoso político que começa, agora, a dar os primeiros passos na cena portuguesa, e logo como candidato a um cargo tão importante como este.

A escolha de Pedro Santana Lopes foi uma decisão unânime de todos os membros da comissão política nacional, portanto não se pode falar em insanidade temporária de Manuela Ferreira Leite, quanto muito, poderá dizer-se que toda a comissão política está passada dos cornos por escolher um rapaz tão novo e tão verde (sim, é do Sporting… não se pode ser perfeito…)

Claro que este Santana Lopes não tem nada a ver com o outro Santana Lopes, o do túnel, aquele que abandonou a presidência da Câmara de Lisboa para ir fazer figuras tristes como primeiro-ministro e, depois, voltou para a Câmara, com o rabinho entre as pernas, desalojando o outro senhor de óculos, cujo nome já nem me lembro (Carmona? Craveiro Lopes?).

Não – este Santana Lopes é novo e não tem nada a ver com o outro Santana Lopes, que pagou 2,5 milhões de euros ao Frank Gehry para o gajo fazer um orçamento para o Parque Mayer e vir comer uns almoços ao Bairro Alto.

Este Santana Lopes é muito diferente, como se pode comprovar pelas imagens em baixo. í€ direita, o jovem Pedro Santana Lopes, agora candidato í  Câmara de Lisboa; í  esquerda, o outro Pedro Santana Lopes, o que deixou um buraco formidável nos cofres da Câmara. As diferenças são notórias…

Parabéns PSD!

— —