Coimbra é uma lição…

Conimbriga é uma agradável surpresa. Gostei, especialmente, dos peristilos. Este, até tem repuxos, que se podem accionar, a troco de 50 centimos.

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Coimbra, para mim, sempre foi cidade de passagem. E merecia mais. Merece mais.

Pode começar-se pela Baixa, com este edifício muito bonito do Banco de Portugal.

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Sobe-se, depois, pela Rua do Quebra Costas, até í  Sé Velha, olhando sempre para um lado e outro, pois há sempre motivos de interesse, quer nas placas toponímicas (Beco dos Prazeres, Palácios Confusos, etc), quer nas janelas semi-abertas, por onde se pode espreitar para outras intimidades.

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Lá no cimo, a cabra domina. Nas paredes, inscrições curiosas: «a noite é uma vaca preta», ou cartazes “alternativos” do dias dos namorados e do dia das namoradas. E muita malta nova, o que é sempre (ou quase sempre) refrescante.

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Depois, desce-se, em direcção ao Mondego. E que agradável é passear na margem, com o sol a declinar.

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E, antes de regressar a Condeixa, dar um salto a Penela e espreitar o castelo medieval, mesmo com o sol já a esconder-se.

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“Extremamente Alto e Incrivelmente Perto”, de Jonathan Safran Foer

extremamente.jpgOskar Schell tem 9 anos e é inventor: todas as noites, antes de adormecer, inventa as coisas mais mirabolantes, como ambulâncias com tecto transparente para podermos ver quem vai lá dentro; também anda a ensaiar uma obra de Shakespear; para além disso, faz jóias, toca tamborim, fala francês e é pacifista.

Oskar perdeu o pai, que morreu no ataque terrorista de 11 de Setembro. O miúdo chegou a casa e tinha várias mensagens do pai no atendedor de chamadas. O pai garantia que estava tudo bem. Até que deixou de telefonar. Oskar ainda não aceitou a morte do pai. Por isso, custa-lhe adormecer e passa a noite, deitado, a inventar coisas.

Oskar tem um aví´ que deixou de falar há décadas. Em vez de falar, escreve num caderno. Mas Oskar só o vai conhecer quase no fim da história. Primeiro, terá que calcorrear Nova Iorque, em busca de pessoas com apelido Black e que poderão saber mais alguma coisa sobre a morte do seu pai.

“Extremely Loud and Incredibly Close” é um dos melhores livros que li nos últimos tempos. Comovente e brilhante. Cheio de ideias novas, mesmo na apresentação da narrativa (fotos que ilustram o texto, números em vez de letras, páginas em branco, outras com uma única palavra). O autor é um puto nascido em 1977 e este é já o seu segundo romance. Estou cheio de vontade de ler o primeiro, intitulado “Está tudo iluminado”.

A vagina de Sónia Baby

Notícia do DN de hoje: 

“A actriz pornográfica Sónia Baby bateu sexta-feira í  noite um novo recorde mundial – retirou da vagina 90 metros de fio, onde estavam penduradas cerca de uma centena de bandeiras de vários países dos quatro cantos do mundo”. 

Esta notícia prova várias coisas, a saber:

1. A vagina, afinal, não é uma cavidade virtual, como vem descrito nos livros de Anatomia (pelo menos, a vagina da Sónia Baby)

2. Afinal, o mundo é quadrado, visto ter quatro cantos

3. A vagina de Sónia, afinal, não é assim tão grande. As Nações Unidas tem 191 países e ela só conseguiu enfiar 100 na sua ratinha.

E o Alegre se fez triste

alegre.jpgA piada da foto legendada é para velhos.

Velhos como eu, velhos como o Alegre.

Poucos se recordarão de um programa de rádio, chamado Companheiros da Alegria, da autoria de outro grande socialista, Igrejas Caeiro.

Muitos anos depois, outro socialista, Júlio Isidro, inventou um programa de televisão, chamado O Passeio dos Alegres – o que mostra a tendência dos socialistas portugueses para a alegria, que é de esquerda… enquanto a tristeza é de direita, como toda a gente sabe (isto é tema de futuras discussões..)

E, assim de repente, também poucos se lembrarão que, durante o salazarismo, Alegre era uma das principais vozes da rádio da Oposição, que emitia programas subversivos, a partir de Argel.

O que é que o Manuel Alegre quer, afinal?

Diz que não se revê no actual PS? Em qual PS é que ele se revê? No PS que defendia o marxismo? No PS social-democrata? No PS que já não sabe o que quer dizer “socialismo”?

Alegre quer um PS mais í  esquerda. E o que é ser de esquerda, hoje em dia? Será assegurar grandes reformas aos políticos, incluindo ele próprio?

Alegre defende o Serviço Nacional de Saúde com unhas e dentes. É uma conquista de Abril! Ainda por cima, inventado por uma socialista, António Arnaut.

Mas será que Alegre sabe o que é o SNS? Será o Serviço com um SAP em cada esquina, onde os utentes vão buscar receitas, pedir credenciais, mostrar unhas encravadas e morrer com enfartes? Será que Alegre pensa que os recursos são inesgotáveis e que Portugal se pode dar ao luxo de ter “a paz, o pão, saúde, educação”, tudo í  borla?

O que é que ele propõe, em alternativa í s políticas de direita do Sócrates?

É contra a avaliação dos professores? O que propõe Alegre, como alternativa?

É contra a co-inceneração? O que propõe Alegre, como alternativa?

Está bem: foi a votos, para a presidência e obteve um milhão de votos. Ficou muito convencido. A malta não se importava de ter um poeta como Presidente – agora, um primeiro-ministro a fazer versos?…

Alegre está velho e devia retirar-se de cena. Ou então, deixar-se de nostalgias. O PS que ele ajudou a fundar, está morto e enterrado, há muito tempo e o Partido Socialista só continua a chamar-se socialista por uma questão de acomodação. Passa-se o mesmo com o Partido Comunista, que ninguém sabe por que carga de água se continua a chamar comunista. Quanto ao PSD e ao CDS, nem vale a pena falar porque ninguém sabe, hoje em dia, o que é ser social-democrata e, muito menos, do centro democrático e social.

O único partido cujo nome continua correcto é o Partido os Verdes.

Estão verdes? – não prestam!

E a confusão, na cabeça de Alegre, vem mesmo daí. Ele também já percebeu que os partidos, tal como estão organizados, já não têm nada a ver com o que era há 20, 30 anos. E, por isso mesmo, vai dizendo que não quer formar um novo partido. Aliás, se ele se recordar do PRD do Eanes, que surgiu como alternativa ao PS e, hoje, alberga um grupelho de extrema-direita, pensa duas vezes, antes de fundar um novo partido. E então, como sabe que um novo partido não resolverá nada, inventa esta coisa dos movimentos de cidadãos, que também ninguém sabe o que são.

A malta nem í s reuniões de condóminos vai!

Alegre: das duas, uma: ou tens uma ideia nova – ou cala-te, pá!

“House” – 3ª série

house3.jpgA 3ª série de House é mais do mesmo mas, quando a coisa é boa, é mais do mesmo que nós queremos.

A série começa com um House renovado, após o coma induzido e o tratamento da Cuddy. O homem não tem dores, largou a bengala e o Vicodin, faz jogging e começa até a ser simpático com as pessoas. Felizmente isto dura apenas dois episódios e, ao terceiro, já o homem arrasta a perna, engole Vicodins a bom ritmo e torna a ser intratável. Assim é que nós gostamos de Gregory House.

Claro que as histórias clínicas são cada vez mais inverosímeis. Habitualmente, o doente começa por ter uma lipotímia, uma síncope ou uma convulsão. Na cena seguinte, já no Hospital, vemos o doente deitadinho na caminha, aparentemente bem. House e os seus três discípulos discutem o diagnóstico diferencial que, habitualmente, inclui amiloidose, sarcoidose, intoxicação por um qualquer metal pesado raríssimo, infecção por um estreptococo alienígena ou cancro já com variadíssimas metástases. House acaba por se decidir por uma outra doença qualquer e manda que se faça o tratamento. «Se o doente piorar, é por que é outra coisa». E, na cena seguinte, o doente já está em paragem cardiorrespiratória, em insuficiência renal, ou “all of the above”.

Depois – e aqui, depende dos episódios – ou House anda a implicar com a Cuddy, ou com o Wilson, ou com um dos seus três servos, ou com todos ao mesmo tempo e a história clínica acaba por cair para segundo plano e, regra geral, resolve-se na última cena.

Nada disto é muito importante porque, o que tem graça, é assistirmos ao espectáculo de Hugh Laurie a fazer de Gregory House.

Para mim, como médico, gosto muito do modo como House lida com alguns dos doentes que lhe aparecem na Clínica.

Doente – Tenho uma dor neste ombro que nem consigo dormir virado para este lado.

House – Então, por que não dorme virado para o outro lado? Tem dois ombros…

Doente – Porque estou muito habituado a dormir virado para este lado, mas isso faz-me doer o ombro!

House – Bom, então teremos que ponderar a cirurgia…

Doente – Ao ombro?…

House faz uma careta que diz tudo: é ao braço, estúpido! Se te dói o ombro e não consegues dormir virado para esse lado, e não queres dar-te ao trabalho de dormires virado para o outro lado, tira-se o braço e o problema fica resolvido, não é?

É frequente surgirem doentes com questões como esta e, como não sou o House, não posso responder desta maneira; embora, por vezes… bom, isso fica para quando escrever as minhas memórias…

No final desta 3ª série, Foreman demite-se, House despede o Chase e a Cameron, por solidariedade, demite-se também.

É tempo de se arranjarem outros parceiros para House.

É Carnaval, ninguém leva a mal?

* Patrões querem que seja legal despedir para renovar os quadros

* Irão inaugura centro espacial e lança foguetão

* Berlusconi espera voltar ao poder

* Houve cinco abortos na Madeira em Janeiro, o primeiro mês da aplicação da nova lei

* Tribunal recusa indemnização a Pinto da Costa

* Um filho pode custar 236 euros/mês durante 25 anos, segundo um estudo de uma equipa de psicólogos de Coimbra

* Mais algarvios vão receber tratamentos em Cuba

* Começam amanhã as comemorações dos 400 anos do padre António Vieira (velho como a merda, este padre!)

* Cientistas criam um ratinho que apanha constipações

* Google oferece ajuda í  Yahoo! para recusar a oferta da Microsoft

(Todas estas informações foram recolhidas das “gordas” da edição de hoje do Público)

Telmo, o Despachado

santana_telmo.jpgO Público de hoje diz que, na madrugada do dia em que o Governo de Sócrates tomou posse, Telmo Correia – ministro do Turismo do Governo deposto do Sr. Lopes – assinou 300 despachos.

Ao longo de dez dias, Telmo não pí´s os pés no Ministério e, logo na noite em que foi despedido, foi a correr assinar três centenas de despachos!

Entre esses 300 despachos constaria aquele que ofereceu aos donos do Casino do Estoril a concessão do edifício onde está instalado, agora, o Casino de Lisboa que, como se sabe, era para ficar no Parque Mayer, depois do negócio com a Bragaparques. Isto não tem nada a ver com o facto do chefe da ASAE ter sido fotografado a fumar no Casino Lisboa, na noite em que a nova lei do tabaco entrou em vigor e de ter afirmado que, nos Casinos, a lei não se aplicava e, depois, o Director Geral da Saúde, Francisco George, que tinha dito que se demitiria se a lei não fosse cumprida, acabar por dizer que, afinal, nos Casinos, por causa de uma lei qualquer do jogo, se podia fumar em sítios pré-determinados. E claro que isto também não tem nada a ver com os contactos entre o presidente da Câmara de Lisboa, Santana Lopes, e o arquitecto Frank Ghery, que foi contratado para transformar o Parque Mayer, mas depois ficou tudo em águas de bacalhau e o Sr. Lopes foi para primeiro-ministro e Carmona Rodrigues ficou no seu lugar e já não me lembro do resto. E isto também não tem nada a ver com o negócio dos submarinos do Paulo Portas e do Jacinto Leite Capelo Rego, nem tem nada a ver com Nobre Guedes, os sobreiros, o Abel Pinheiro, o caso Portucale, o bastonário Marinho Pinto e a frase que ele repetiu duas vezes (“ele assina qualquer merda”).

O facto de Telmo Correia ter assinado 300 despachos na madrugada do dia em que foi despedido, não tem a ver com nada.

Sinceramente, nem sei por que raio é que os jornais continuam a publicar merdas destas!

Recados a Ana Jorge

Não sei se a Ana Jorge se lembra de mim. Chegámos a ser colegas, no H. D. Estefânia e já nos cruzámos várias vezes no H. Garcia de Orta.

Se calhasse falar com ela neste momento, em que acaba de ser nomeada ministra da Saúde, gostaria de lhe dar algumas dicas.

E quem sou eu para dar conselhos í  ministra da Saúde?

Bom, sou um colega, médico há 30 anos, médico de família há 23 anos, trabalhando num Centro de Saúde situado junto a três bairros sociais multi-étnicos, Centro de Saúde esse que faz cerca de 80 mil consultas por ano, com apenas 10 médicos.

Como médico, tenho estado sempre presente nas várias reformas dos Cuidados Primários, desde o Serviço Médico í  Periferia ao Projecto Alfa e ao RRE. Agora, a Unidade de Saúde onde trabalho foi aprovada como USF, modelo B.

Portanto, penso não ser pretensiosismo dar-lhe os seguintes conselhos:

As Unidades de Saúde Familiares poderão ajudar a resolver o principal problema dos Cuidados Primários de Saúde: os utentes sem médico de família; poderão, também, responder melhor í s necessidades das populações, evitando idas aos SAP.

No entanto, para que as USF resultem não podem continuar a estar sujeitas ao regime de voluntariado. No concelho onde trabalho, existem 5 USF e 7 Extensões de Saúde que nunca irão aderir a esta reforma. Para quê? O que poderá levar médicos na casa dos 50 anos a embarcar em mais uma reforma, sujeitando-se a ver o seu trabalho avaliado por outros colegas, se podem continuar na sua rotina?

Correia de Campos conseguiu 100 USF em ano e meio. A esta velocidade, a minha geração de médicos atinge a idade da reforma antes da reforma dos CSP estar concluída!

Além disso, a actual reforma pode levar í  distinção entre utentes de primeira (os que têm a “sorte” do seu médico de família fazer parte de uma USF) e utentes de segunda (aqueles cujo médico não aderiu a nenhuma USF ou os que nem médico de família têm…).

Não consigo perceber como é que o Ministério da Saúde convive bem com o seguinte: é exigido í s USF, modelo B, que registem as hemoglobinas glicosiladas dos seus doentes com diabetes; se, pelo menos, 80% desses doentes tiverem esse valor registado nos últimos três meses, haverá lugar ao pagamento de um incentivo. Parece-me correcto. Estimula os médicos a pedirem e registarem a análise que mais diz sobre o controlo da doença.

E quanto í s restantes Unidades de Saúde que não são USF, e que são a maioria – nessas, o registo das hemoglobinas glicosiladas já não tem importância?

De facto, passam a existir utentes de primeira e utentes de segunda – e com a agravante de não poderem escolher.

Portanto, o que há a fazer é generalizar algumas das regras das USF, e transformá-las em lei, a saber:

1. Os médicos de família passam a ter listas de, no mínimo, 1800 utentes, em vez dos actuais 1500.

2. Os vencimentos da equipa de saúde (médicos, enfermeiros e administrativos) passam a estar indexados í s listas de utentes ponderadas (é muito diferente gerir uma lista de idosos ou gerir uma lista onde predominam os jovens adultos).

3. Haverá incentivos sempre que sejam cumpridos os indicadores previamente contratualizados (número de gravidezes, consultas de Planeamento Familiar, taxa de cobertura, etc).

4. Os indicadores serão avaliados de forma ágil e simples, através dos registos informáticos, pelo que serão escolhidos indicadores fáceis de avaliar desta maneira. Isto quer dizer que não serão necessárias grandes equipas de “cientistas” para fazer essas avaliações – por outras palavras, sobram mais médicos para o terreno. A propósito: quantos médicos de família estão, neste momento, integrados nas comissões, subcomissões e outras coisas acabadas em “ões” e que, por conseguinte, não fazem consultas?

5. Os vários elementos da equipa de saúde intersubstituem-se nas ausências por doença, férias ou formação, só havendo lugar a horas extraordinárias quando houver uma ausência inesperada superior a duas semanas.

6. Todas as Unidades de Saúde que tenham dimensão suficiente, terão que estabelecer escalas de modo a que possa haver uma resposta í s doenças agudas, das 8 í s 20 horas, todos os dias úteis.

7. Aos sábados, domingos e feriados, as diversas Extensões de Saúde de uma mesma região, deverão organizar-se, de modo a oferecerem resposta í s situações de doença aguda, em rotatividade.

São apenas 7 dicas.

Li algures, num jornal desta semana, que a nova ministra da Saúde teria “sensibilidade e bom senso” na condução da política de saúde.

Espero bem que sim.

Mas não quero deixar de acrescentar que as reformas feitas pelos próprios profissionais tendem, muitas vezes, a esquecer que o objectivo dessas mesmas reformas deve ser o utente, e não o profissional.

Eu vi um SAP!

correiadecampos.jpgNão aguentou a pressão! Tantos grupos de trabalho, tantas inteligências í  sua volta, tantos colaboradores e ninguém o avisou que um SAP, neste momento, vale tanto como a capelinha ou a taberna.

Qualquer lugarejo que se preze tem que ter os seus locais de culto: um sítio para rezar pelas alminhas, um outro para emborcar os seus púcaros e, finalmente, um serviço de urgência, onde se possa ir mostrar a unha encravada ou o joanete de estimação.

O Sr. Campos não realizou a força dos SAP. E o SAP engoliu-o.

Tentou fazer passar a ideia de que, caso se tenha uma dor no peito suspeita de enfarto do miocárdio, é mais seguro chamar o INEM do que ir ao SAP lá do sítio. A malta quer morrer no SAP, caramba! Como muito bem disse o autarca de Anadia: «já nem se tem a dignidade de morrer num hospital!»

Eu sou dos antigos. Eu sou dos que pensam que a morte não tem dignidade nenhuma. Mas, já que tenho que morrer, prefiro que seja em casa.

Agora, a Dra. Ana Jorge aceitou o cargo e já disse que a política de saúde é para continuar.

Se é para continuar, por que raio é que o Sr. Campos se foi embora?

Enfim… tinha tanta coisa para dizer sobre isto mas, acreditem, estando por dentro de tudo, estou tão farto que não me apetece dizer mais nada.