
O Sol titula, na 1ª página: «Cavaco afinal vendeu barato».
O Expresso titula, na 1ª página: «Cavaco comprou acções a preço de saldo».
Eu quero lá saber se o Anibal comprou acções do BPN a preço de saldo e as vendeu mais baratas do que outros accionistas!
Eu quero lá saber se, com este joguinho, o Anibal e a sua filha, ganharam mais de 300 mil euros em dois anos!
Eu quero lá saber que o Cavaco tenho conseguido esta fortuna rápida porque era grande amigo do Oliveira e Costa, que foi seu secretário de Estado e que, neste momento, é o responsável por uma fraude que nos está a custar – a todos – uma porrada de euros (dizem que cada português já deu 500 euros ao BPN, e como há muitos portugueses que não dão nada a ninguém, porque não pagam impostos, há muitos, entre os quais me incluo, que já devem ter dado muito mais que isso, o que quer dizer que uma parte da fortuna rápida do Aníbal e da filha está a ser paga por mim, PORRA!)
Eu quero lá saber que o dinheiro investido pelo Aníbal tenha sido fruto do seu trabalho!
O que me irrita solenemente é que o homem tenha a mania que é o mais honesto de Portugal, chegando ao ponto de proclamar que ainda há-de nascer duas vezes quem seja mais honesto que ele!
O gajo confunde honestidade com oportunismo. Ninguém diz que o que ele fez com as acções do BPN é desonesto – mas por que carga de água ele vendeu as acções apenas dois anos depois de as ter comprado e, ainda por cima, com um lucro de 140%?
O que é que a honestidade tem a ver com isso?
E por quer razão ele – que é tão bom, que é tão honesto, que é tão competente – deixou que a campanha para as presidenciais resvalasse para este lodaçal de dúvidas sobre a sua própria honestidade?
Estamos lixados, malta!
No próximo dia 23 vamos eleger um presidente medíocre, amedrontado, disléxico e fraco e, logo a seguir, chega o FMI!
Merda de começo de ano!