Lenine e Trotsky – a mesma luta!

Já só faltam 3 dias para que Jerónimo Sousa e Francisco Louçã se encontrem para estudar eventuais alianças eleitorais.

Lenine e Trotsky dão voltas nos túmulos!

Mais tarde, quando a aliança der para o torto, quando o “governo patriótico e de esquerda” se revelar pouco patriótico e nada de esquerda – esperemos que Jerónimo não dê com uma picareta na cabeça do Louçã, como fizeram ao inventor da “doença infantil do comunismo.”

Nota: alguém se lembra deste palavreado?…

Estrabismo de esquerda

Manuel Alegre, como poeta, é um mau político.

Os jornalistas adjectivam-no como “histórico deputado socialista”, mas devem usar o adjectivo “histórico”, no sentido de “dinossáurio”.

Alegre defendeu a convergência das esquerdas, que é como diz, o estrabismo de esquerda.

Todos os esquerdistas a olhar para si próprios – um olho na merda, outro no infinito.

Marcelo Rebelo de Sousa, na sua homilia, esfregou logo as mãos de contente, dizendo que com um novo partido, liderado pelo Alegre, talvez o PSD, mesmo esfrangalhado, conseguisse mais votos que o PS.

Tinha a sua graça: o PS e o PSD empatarem nas eleições e ficarmos sem governo por causa de um novo partido de esquerda, lançado por um poeta serôdio. Como se a esquerda precisasse de mais partidos. Como se a esquerda não estivesse já suficientemente fragmentada e enfraquecida.

De cachecol branco em redor do pescoço e casaco de pele de antílope, quiçá caçado por ele próprio, Alegre disse outras coisas lindas, como esta: “esta é a nova coragem que é preciso ter”!

E mais esta: “Dante reservou os lugares mais quentes do Inferno para aqueles que em tempo de crise moral se mantivessem neutros”.

E ainda esta: “Ninguém é proprietário da esquerda, ninguém tem o monopólio da verdade, ninguém é dono do futuro.”

A mim ninguém me cala!

Manuel Alegre, como político, é um mau poeta…