Quem quer festinhas deste careca?

searaEsse grande sintrense que, agora, afinal, diz que é um alfacinha de gema, explicou qual é a grande diferença entre a sua candidatura e a de António Costa: a ternura!

Com efeito, Fernando Seara afirmou que é a «dedicação í s pequenas coisas» que o distingue de Costa e prometeu que, caso seja eleito, vai «dar afecto í s pessoas».

Portanto, já sabe: se vive em Lisboa e se tiver o azar de passar a ter Seara como presidente da Câmara, prepare-se para ser lambuzado de beijinhos, afogado em festinhas e asfixiado com abracinhos deste simpático careca.

Recém-separado da sua esposa Judite, Seara deve estar carente e vai vingar-se nos munícipes da capital.

Coitados! Não queria estar na vossa pele!…

Nota: A toponímia é uma das características autárquicas. Portanto, Costa como candidato a Lisboa, está correcto – agora, o Seara, devia ser candidato em Beja, por exemplo…

As meninas do Colégio Militar

Declaração de princípios: quero lá saber do Colégio Militar e das Meninas de Odivelas!

Quando era aluno do liceu, na longínqua década de 60 do século em que o homem foi í  Lua (e voltou), as meninas de Odivelas eram umas pu… tiro-liro-liro,  eram umas pu… tiro-liro-liro… umas puras donzelas.

Nunca vi nenhuma dessas meninas.

Pertenciam a outra casta.

Agora, vejo, na TV, o Adriano Moreira e o José Fanha, lado a lado, lutando pela sobrevivência do Colégio Militar, como escola só de rapazes.

No início, não liguei pevide. Não era a minha guerra.

Achei graça ao ver, no mesmo anúncio, um ex-ministro de Salazar com tremores parkinsónicos e um ex-militante da UDP com obesidade mórbida, mas encolhi os ombros.

Mas hoje, li um texto no pasquim Sol e fiquei ligeiramente incomodado.

Só ligeiramente…

Por que razão um grupo de antigos alunos do Colégio Militar decidiu gastar alguns milhares de euros numa campanha publicitária dramática, em que dizem, com ar solene «Por que querem matar um símbolo da identidade nacional»?

Que símbolo? A bandeira nacional? O hino? o Palácio de Belém? O Castelo de Guimarães?

Não – o Colégio Militar.

E querem matá-lo como?

Admitindo alunas do sexo feminino!

Os ex-alunos do garboso Colégio não querem aquilo manchado com a entrada de miúdas!

Hoje miúdas, amanhã, quem sabe, gays!…

No próximo ano, vão até construir um pavilhão para que as gajas possam lá dormir!

O que se seguirá? Uma maternidade?!

O Fanha afirma: «este colégio forma líderes fortes e isso incomoda líderes fracos».

í“ Fanha: essa é uma afirmação perigosa, pá!

Dos fracos não reza a História?

E dos fortes?

Quem foram esses líderes fortes, formados no Colégio Militar?

O ex-salazarista-agora-muito-respeitado-democrata Adriano Moreira, o último governador de Macau, Rocha Vieira, por quem os macaenses ainda hoje choram diariamente, o general Garcia Leandro (quem?) – todos eles participantes no tenebroso anúncio televisivo, que termina com o original grito tradicional do Colégio Militar: “Zapatrás!”

Zapatrás?!

Por que não Bazinga?

Mas o anúncio diz algo de muito mais grave: diz que os antigos alunos do Colégio Militar não aparecem nas capas de revista «mas nos livros de História», que é o mesmo que dizer que as mulheres só servem para as revistas cor de rosa, são frívolas e decorativas, enquanto os homens, esses sim, marcam a História de um país.

Machistas?

Não, onanistas…

“Um Traidor dos Nossos”, de John Le Carré (2010)

Depois da bodega que li (A Verdade sobre o Caso Harry Quebert), este romance de John Le Carré limpou-me a cabeça!

Ainda há muita gente a escrever bem histórias policiais e/ou de espionagem.

John Le Carré é um especialista, claro.

um_traidor_dos_nossosNascido em 1931, Le Carré – aliás, David John Moore Cornwell – é autor de dezenas de romances, muitos deles adaptados ao cinema e este Our Kind of Traitor não destoa.

Um casal britânico, ela advogada, ele professor universitário, vagamente esquerdistas, tipo esquerda-caviar, passam férias nas Caraíbas, antes de um eventual casamento. É aí que conhecem um russo e a sua estranha família e acabam por embarcar numa aventura que envolve lavagem de dinheiro, serviços secretos ingleses e muito mais (confesso que não percebi tudo… o que, aliás, é habitual nas histórias de Le Carré…)

A história é bem actual, pelos vistos. No final da história, o autor publica uma notícia do The Observer, de dezembro de 2009, que divulga a eventual colaboração entre os barões da droga, os seus biliões de euros/dólares e os bancos ingleses. De algum modo a Grã-Bretanha escapou í  crise…

Uma citação, quando o russo se dispõe a por a boca no trombone, em troca de asilo político:

«- Terá simplesmente de  acreditar na nossa palavra.
– Na palavra do seu Serviço?

– Por agora, sim.

– A que propósito? Não são vocês tidos como os cavalheiros que mentem para bem do seu país?

– Isso são os diplomatas. Nós não somos cavalheiros.

– Então mentem para salvar a pele.

– Isso são os políticos. Não tem nada que ver uma coisa com a outra».

Dennis Jong-un Rodman

Título do DN:

«Rodman vai treinar a Coreia do Norte»

Nem queria acreditar!

Iria a antiga estrela do basquetebol definir as estratégias militares norte coreanas?

Não. Segundo o DN: «a pedido do líder norte-coreano e com os olhos postos nos Jogos Olímpicos, o extravagante Dennis Rodman treinará a selecção (de basquetebol) daquele país».

Mais: «o ex-atleta assegurou ainda a disputa de um jogo amigável, onde algumas antigas estrelas da NBA defrontarão os melhores jogadores da Coreia do Norte, marcado para 8 de Janeiro, dia do aniversário de Kim Jong-un, que lhe prometeu que “95 mil pessoas irão assistir ao jogo”.»

E quem não quiser assistir, será fuzilado, digo eu…

Agradecimento

Venho publicamente agradecer í  Comissão Nacional de Eleições.

Graças í  sua decisão de obrigar os órgãos de comunicação a dar relevo igual a TODAS as candidaturas, as televisões decidiram não fazer a cobertura das eleições autárquicas.

Mais uma vez: obrigado CNE!

Que injustiça!

Notícia do DN:

«Quatro homens, com idades entre os 33 e os 49 anos, foram detidos em Lisboa sob suspeita de burla, por prometerem í s vítimas que multiplicariam quantias de dinheiro».

Mas isto não é o que acontece com os nosso governantes?

A gente não entrega aos gajos quantias de dinheiro, sob a forma de impostos, que eles prometem multiplicar?

A notícia esclarece: «que os suspeitos convenciam as vítimas a entregar-lhes “grandes somas de dinheiro em notas de euros, normalmente de 50, 100, 200 ou 500 euros”, sob a promessa de que, com “recurso a líquidos e papéis especiais, conseguiriam multiplicar as quantias que lhes foram entregues”».

Enfim, o mesmo que nós temos feito: entregamos-lhes o nosso dinheiro e eles, com recurso a resgates do FMI, BPN’s, swaps e outros estrangeirismos, fazem com que o dinheiro desapareça.

Por que carga de água uns vão dentro e outros continuam por aí?

Quando o telefone toca…

Quando o telefone toca… pode ser o Papa Francisco.

O novo Papa já telefonou a um rapaz italiano, cujo irmão foi assassinado, e a uma mulher argentina que foi vítima de violação.

E agora telefonou a uma grávida, convencendo-a a não abortar.

Diz a notícia: «o Papa Francisco telefonou a uma mulher italiana, que se encontra grávida desde junho, para a aconselhar a não abortar e ofereceu-se para ser padrinho da criança».

A senhora, chamada Anna Romero, 35 anos, está grávida de um homem casado, que pretendia que ela abortasse. Indecisa, Anna escreveu ao Papa, em julho… e ele telefonou-lhe agora, em setembro.

Ora, pelas minhas contas, a senhora deve estar grávida de 4 meses.

Já ninguém lhe fazia o aborto.

O Papa Francisco não arriscou nada, isto é, ao telefonar a Anna agora, 4 meses depois do início da gravidez, o Papa já sabia que ela não tinha abortado.

De qualquer modo, esta história dos telefonemas do Papa, perturba-me.

Tenho recebido, no meu telefone, todos os dias, chamadas de um número privado, que eu faço questão de não atender.

Será o Papa a tentar contactar-me para me convencer, sei lá, a deixar de beber whisky?…

Assustador…

A iliteracia do Tribunal Constitucional

O Tribunal Constitucional considerou hoje que um tipo que já cumpriu três mandatos como presidente de câmara, pode candidatar-se a outro mandato, desde que seja noutro concelho.

Fiquei perplexo.

Ora, a lei diz, textualmente: «o presidente de câmara municipal e o presidente de junta de freguesia só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos».

Qual é a dúvida?

Se os presidentes de câmara e de junta só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos, por que raio podem candidatar-se a outro mandato, desde que mudem de concelho?

Cá para mim, os juízes do Tribunal Constitucional sentiram-se culpabilizados por estarem a chumbar as leis do Governo e decidiram dar um doce ao Passos Coelho.

Ao deixarem passar esta lei de limitação dos mandatos, os juízes permitem que o Menezes e o Seara se candidatem mais uma vez.

O mais engraçado é que, pela primeira vez, PSD, CDS, PS e PCP estão de acordo com o Tribunal Constitucional!…

(a propósito, sugiro a leitura deste post: De ou da?)

Chapéus há muitos? Palerma!

Chapéus há muitos, seu palerma?

Nem sempre.

O ex-piloto de fórmula 1, Michael Schumacher, assinou um contrato de patrocínio com um banco alemão.

Schumacher compromete-se a usar sempre um chapéu com o logotipo do banco e, em troca, recebe 21 milhões de euros nos próximos sete anos.

Chapéus como este, não há muitos… e palerma, sou eu…

Bush (pai) lamentou a morte de Mandela

George W. Bush (pai) deu, nas últimas horas, as condolências aos sul-africanos pela morte de Nelson Mandela.
 
Trata-se de um gafe do ex-presidente norte-americano.
 
O assessor de Bush já assumiu o erro e pediu desculpas.
 
Quem já morreu há muito tempo foi o próprio George Bush (pai e filho).
 
Só que ninguém os informou.
 
Ainda…