Onde para o Querido Líder?

Há mais de um mês que o Querido Líder da Coreia do Norte não aparece em público.

Diz-se que sofre de diabetes, hipertensão e gota, aos 31 anos!

Mentira!

Kim Jong-un está a braços com uma tarefa digna de um Enorme Líder!

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O sexto homem e outras cenas

Não se passa nada.

Neste país em que os ministros pedem desculpa e continuam tranquilamente a ocupar os seus lugares, não se passa nada.

No PS, o Seguro deu í  Costa.

Levou uma abada de 70 a 30%, meteu-se no carro com a família e nunca mais apareceu no emprego.

Mas Costa tem as costas largas e já arranjou cargos para alguns dos apoiantes de Seguro.

O PS é uma grande família feliz, só lhe falta o arroz chow chow.

Por outro lado, o Bloco está a desbloquear-se.

Aos poucos vai-se desfazendo em pequenos bloquinhos.

Quanto í quele advogado que é dois, Marinho & Pinto, parece que vai fundar um novo Partido amanhã, para comemorar o 5 de Outubro, enterrando o da Terra.

Eleito para o Parlamento Europeu, quer é as legislativas ou até ser Presidente, Dono Disto Tudo!

Por falar em DDT, o ex-presidente do BES, Salgado, apimentou esta semana com a revelação de cenas que se passaram em reuniões do Grupo Espírito Santo.

Segundo revela o i, a empresa que vendeu os submarinos a Portugal, untou a família Espírito Santo e não só.

Foram 30 milhões ao todo, mas 10 milhões ficaram nas mãos dos advogados.

Dos restantes 20 milhões, 5 milhões ficaram com a família ES (um milhão por cada um dos cinco ramos) e os restantes 15 foram repartidos pelos três administradores alemães e por uma sexta pessoa.

Claro que toda a gente quer saber quem é esta sexta pessoa que não é o Paulo Portas.

Nem pode ser o Portas porque a Comissão de Inquérito do Parlamento já chegou í  conclusão de que não houve nada de ilegal na compra de material de guerra, incluindo os submarinos.

A relatora da Comissão, Mónica Ferro, apresentou-se aos jornalistas com um calhamaço de mais de 400 páginas e garantiu que nenhum membro do governo se abotoou com nenhuma gorjeta nesta história toda.

A Mónica é de Ferro!

Sobre isto, Portas nada diz.

Anda ocupado a pensar como há-de convencer Passos Coelho a descer o IRS, mas Passos tem andado ocupado a procurar os recibos do ordenado que não recebia quando não trabalhava para a Tecnoforma, no tempo em que não estava em exclusividade no Parlamento.

Enfim, em Portugal não se passa mesmo nada!

Universidade Passos Coelho

Está tudo muito incomodado pelo facto de o nosso primeiro-ministro ter recebido uns dinheiros do Centro Português para a Cooperação – uma ONG (Organização Não Golpista) financiada pela Tecnoforma.

Pelos vistos, Passos Coelho era deputado em regime de exclusividade e não podia receber dinheiro por fora ou, afinal, podia receber porque talvez não estivesse em exclusividade, mas não declarou esse dinheiro, o que também não tem grande importância porque o crime, se existiu, já prescreveu.

Confuso, não?

Quando lhe perguntaram directamente se tinha recebido 5 mil euros por mês quando era deputado em exclusividade, Passos Coelho disse que não se lembrava – o que não me espanta porque ainda hoje, só quando cheguei í  minha garagem e deparei com dois Maseratis é que me lembrei que os comprei há uns anos, embora prefira conduzir o Honda…

Além disso, em 1991, ainda não havia euros e Passos Coelho não conseguiu converter os 5 mil euros em escudos assim de repente. Nunca foi muito bom em contas, como temos comprovado nestes últimos três anos…

Depois, Passos Coelho foi para casa, consultou os dossiers onde guarda as recordações, os recortes de jornais em que aparece de barba ao lado de uma das Doce e as fotos com o Relvas, e hoje foi ao Parlamento explicar que nunca recebeu nenhuma remuneração do Centro Português para a Cooperação – mas apenas despesas de representação.

Portanto, eles foram uns almoços, elas foram umas deslocações ao Porto e a Bruxelas e até a Cabo Verde.

Pelo vistos, uma das iniciativas da prestimosa ONG de Coelho, foi a criação de uma Universidade em Cabo Verde.

É por isso que proponho que, como castigo por nos estar a dar cabo da vida há três anos, Passos Coelho seja condenado a frequentar um curso de representação na Universidade que fundou em Cabo Verde.

Um curso de quatro anos.

Seguido de mestrado.

E doutoramento.

Só voltaremos a ouvir falar dele em 2022…

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Grupo excursionista Os Antónios

A nossa História recente faz-se com Antónios.

Se, segundo Dicionário de Nomes Próprios, António significa “valioso”, devemos perguntar: quantos Antónios vale o nosso país?

Tudo pode ter começado com António í“scar Carmona e o inefável António de Oliveira Salazar.

Sendo Santo António o padroeiro da nossa capital, outra coisa não se seria de esperar…

E, como diz a canção pimba, se te vires aflito, chama o António.

Assim fizemos, após o 25 de Abril.

Foi o António de Spínola e o António da Costa Gomes.

Foi o Francisco António de Sá Carneiro e o António Ramalho Eanes.

Foi o António Guterres que, dizem, vai voltar a ser e foi o repetente Aníbal António Cavaco Silva.

Sim, até o Aníbal é também António!

E como de Pedros e de Paulos não reza a história, há agora dois Antónios em luta pelo poleiro: o António Costa e o António José Seguro.

Portugal não é um país, mas sim uma espécie de Grupo Excursionista Os Antónios!

“Os Factos”, de Philip Roth (1988)

os factosPara quem, como eu, já leu 15 livros de Philip Roth, este autobiográfico Os Factos, ajuda a perceber a escrita do autor norte-americano.

Nascido no seio de uma família judaica humilde, Roth não renega as suas origens mas revela-se ateu, o que faz com que as suas primeiras obras sejam muito mal recebidas pela comunidade judaica.

Em Os Factos, o autor fala detalhadamente dos seus pais e irmão, de como foi a sua infância no ambiente de um bairro judaico e descreve, também em pormenor, o seu primeiro casamento, que o marcou profundamente – aliás, a sua primeira mulher, que haveria de falecer num acidente de automóvel, serve de inspiração para as personagens perturbadas de alguns dos seus romances.

Em alguns dos seus romances, Zuckerman é a personagem central e este Zuckerman, no fundo, é um alter ego de Roth.

No final de Os Factos, Zuckerman escreve uma carta a Roth, criticando o livro, pondo em causa algumas atitudes do autor, o que mantém o jogo entre as duas personagens. Além disso, consultando a biografia de Roth, verificamos que mesmo alguns episódios contados em Os Factos, que deveriam ser autobiográficos, são romanceados…

Um livro interessante para quem conhece a obra de Roth.

Menezes e o homicídio pessoal

Luís Filipe Menezes é médico pediatra.

Penso que não exerce porque, em 1987, dez anos depois de se formar, foi eleito deputado pelo PSD e, entre 1997 e 2013, foi presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.

Não lhe deve ter sobrado tempo para tratar de criancinhas.

Ainda bem para elas.

Agora que já não é presidente de coisa nenhuma, surgem notícias de que poderá ter enriquecido ilicitamente.

Parece que é qualquer coisa relacionada com lixo, mas isso também não é importante.

O que importa é a reacção de Menezes.

Na sua página no Facebook, Menezes diz que está a ser «sujeito a um ataque de homicídio pessoal e político inacreditável».

Esta frase do autarca pediatra faz supor que existem homicídios impessoais.

No fundo, deve ser uma espécie de homicídio involuntário; isto é, um tipo dá um tiro para o ar e a bala atinge uma senhora que está a sacudir os tapetes í  varanda. Trata-se de um homicídio impessoal.

No caso de Menezes, a coisa é mais direccionada: a ideia é mesmo matar o homem, pelo que é um homicídio pessoal.

Menezes, além de pediatra e autarca, mostra ser, também, um profundo conhecedor da língua portuguesa.

Obrigado, Luís Filipe!

Novo Banco Velho, Velho Banco Novo

Tão novo e já tão envelhecido – o Novo Banco parece sofrer de progéria, aquela doença rara que provoca um envelhecimento precoce.

Ao fim de dois meses, já vai no segundo director, o que cheira a característica de Banco velho.

Depois de Bento ter sido levado por uma rabanada, chegou Eduardo Stock da Cunha.

Os nomes não surgem por acaso.

Se Bento parecia adequado, devido í  necessidade de um milagre, Stock da Cunha cheira a Out Let.

E se Vítor poderia sugerir vitória, Eduardo que – dizem – vai vender o Banco em parcelas, faz lembrar o Mãos-de-Tesoura.

Mas o que mais me preocupa é esta notícia no DN de hoje: «Gestor já assumiu liderança e escolheu ex-presidente do Sporting para chefe de gabinete».

Ex-presidente do Sporting?

Uma equipa de empatas, portanto!…

 

“A Rainha da Neve”, de Michael Cunningham (2014)

Parece-me que Michael Cunninham perdeu o “magic touch” que o fez ganhar o Pulitzer com o romance As Horas (1998), e que o fez escrever outros dois grandes romances: Sangue do meu Sangue (1995) e Uma Casa no Fim do Mundo (2001).

Já o anterior Ao Cair da Noite  (2010) me pareceu maçador, bem como Dias Exemplares (2005).

rainha da neveEste novo romance de Cunningham tem o cenário habitual: uptown Manhattan, personagens ligeiramente marginais, artistas, famílias diferentes.

A história desenrola-se em volta de um compositor (pop? rock? folk? não se percebe…), Tyler, da sua companheira Beth, que sofre de cancro terminal, do seu irmão homossexual Barrett e de alguns amigos. Todos têm muitas dúvidas quanto ao sentido da vida, todos snifam coca, Barrett viu uma luz no céu do Central Park e acha que aquilo é um presságio, Tyler casa-se com Beth um pouco antes dela morrer, mas também se sente atraído por Liza, uma cinquentenária que só namora com rapazes muito mais novos e tudo isto é muito pouco consistente.

Pelos vistos, o êxito dos três primeiros romances não foram um bom augúrio.

Coisas…

* Armando Vara, depois de saber que tinha sido condenado a 5 anos de prisão:

«Estou em choque… Confesso…»

Ah! Afinal sempre confessas, pá!

* Título do DN:

«PSD quer ouvir Cavaco sobre natalidade»
Deve ser como ouvir Cristiano Ronaldo falar sobre neurocirurgia…

 

* Título do DN:

«Irmã de Portas inscreve-se no PS para apoiar Costa» 


Agora, é a vez da família toda do Passos Coelho se inscrever para apoiar o Tó Zé…

 

* Peço desculpa mas Armando Guebuza e Afonso Dhlakama soa-me a Armando abusa de Afonso na cama…

 

* Título do DN:

«Banco Central Europeu injecta um bilião de euros para salvar a economia»
Já passaram í s injecções.

A seguir, há-de vir o soro…