Crime Scene Investigation – 2ª série

csi_2.jpgNos EUA, o CSI continua em grande, com séries de Las Vegas, Nova Iorque e Miami. Nas lojas de souvenirs, há t-shirts com o logo do CSI e, por baixo, o nome de qualquer cidade ou lugarejo.

Nas televisões, passam verdadeiras maratonas de episódios e, neste momento, a série de Las Vegas, já deve ir na 5ª ou 6ª época.

A 2ª série não traz grandes novidades, em relação í  anterior. A série estava, ainda, em desenvolvimento. Mantêm-se as mesmas personagens e a opção dos autores é deixar a vida privada das personagens afastada dos enredos – ao contrário do que acontece, por exemplo, no ER e no Nip/Tuck. Portanto, cada episódio foca-se, apenas, num determinado crime e na maneira como a equipa do CSI consegue resolvê-lo, com recurso í s tecnologias já nossas conhecidas.

Espero que, na 3ª série, surja algum pormenor novo, caso contrário, o tédio pode começar a instalar-se.

“Entre os lençóis”, de Ian McEwan

entrelencois.jpgPublicado em 1978, este livro de McEwan reúne sete contos, qual deles o mais perverso.

Começa com o conto “Pornografia”, em que um sócio de uma loja de artigos pornográficos se vê confrontado com a aliança entre duas das suas namoradas que, no final, lhe reservam uma grande surpresa. E continua, com outras história, todas elas muito estranhas e que, sinceramente, não me entusiasmaram muito.

“Experiências com a Verdade”, de Paul Auster

auster_experiencias.jpgNeste livro de 1995, Auster reúne entrevistas sobre a sua obra, prefácios a alguns livros de outros autores e pequenos relatos autobiográficos.

Estes relatos, de algum modo, são a chave para a escrita de Auster: a vida, afinal, é feita de acasos, de coincidências, de factos que, se tivessem acontecido de outra maneira, poderiam ter mudado a vida das pessoas. Parece que, pelos vistos, temos pouco controlo sobre a nossa vida; ela poderia tomar um rumo totalmente diferente se, naquele dia, naquela hora, as coisas se passassem de maneira diferente.

Auster conta, por exemplo, duas história do seu pai que, por duas vezes, viu a sua vida em risco e que se salvou por sorte. E atribui significado a estes acasos.

Todos nós já passámos por isso e sabemos que, se em determinada circunstância, tivéssemos virado í  direita, em vez de voltarmos í  esquerda, a nossa vida poderia ter sido muito diferente do que é.

Mas Auster não atribui a estas coisas um sentido divino. Não é a mão de Deus que intervém. É o acaso, que é, no fundo, o cerne de todos os livros de Auster.

“Timbuktu”, de Paul Auster

timbuktu.jpgDelicioso livro de Paul Auster, publicado em 1999 e que nos conta a história de um cão rafeiro, Mr. Bones e do seu dono, Willy, um sem abrigo, com esquizofrenia.

Willy devia ter sido poeta, mas a doença alterou-lhe os planos e fez com que andasse em bolandas, pela costa leste dos EUA. Para o defender dos frequentes ataques de outros vagabundos, adoptou um rafeiro, a quem chamou Mr. Bones, que passou a ser o seu companheiro, guarda e confessor. E é graças ao cão que vamos lendo o relato da vida de Willy, dos seus sonhos e desencantos. Porque, a este cão, só lhe falta mesmo falar. Se Willy tivesse tido tempo, teria ensinado Mr. Bones a falar, como os humanos – mas não, apenas lhe ensinou a sonhar; a sonhar, por exemplo, com Timbuktu, a terra para onde todos nós vamos, depois de morrer, e onde, muito provavelmente, cães e homens falam a mesma língua.

Escrito quase como um conto de fadas, este livro de Auster foi uma boa companhia, na nossa viagem pelos States.

“Quando é que Jesus traz as costeletas?”, de George Carlin

quandojesus.jpgAo contrário de Jerry Seinfeld, George Carlin é um comediante de stand up pouco, ou nada, conhecido em Portugal.

Muito mais politicamente incorrecto que Seinfeld, muito mais duro na linguagem e nas críticas, Carlin é mal disposto por natureza e parece estar contra tudo e contra todos.

Neste seu livro – cujo título, segundo o autor, é este porque consegue, numa só frase, “consegue ofender cristãos, muçulmanos, judeus e vegetarianos” – Carlin barafusta, sobretudo, contra os eufemismos. Nesta linha, o autor chama a nossa atenção para o facto de, de repente, termos começado a “ver «programas de animação», em vez de desenhos animados. (…) Os «teatros» acharam que estavam a ficar ultrapassados e, por isso, transformaram-se, também eles, em «centros de artes performativas» ou, í s vezes, «espaços performativos» em consonância com algumas «discotecas» que começaram a ser chamadas «espaços de animação nocturna» (as mais alternativas, são só «espaços»).”

A mania da linguagem politicamente correcta pode, segundo Carlin, transformar provérbios populares em coisas imperceptíveis. É o caso do provérbio «em terra de cegos, quem tem um olho, é rei», que se transformará em: «em área de residência de invisuais, aquele que tiver um défice de cinquenta por cento no número tradicional de globos oculares com que o ser humano costuma vir equipado, tem mandado popular para governar».

O livro é um pouco irregular, misturando grandes discursos contra os tais eufemismos, com histórias quase surrealistas sobre tios esquisitos, textos de algum mau gosto, nacos demasiado ligados í  realidade norte-americana para que tenham graça entre nós, e aforismos deliciosos, como este: “muitos homossexuais recusam-se a sair do armário porque gostam mesmo de roupa”.

San Francisco, 19 de Maio

Começámos por caminhar ao longo da Sutter Street, 13 quarteirões, até í  Powell Street. Aí, apanhámos o cable car, que custa a módica quantia de 5 dólares, só uma viagem! É quanto pagas, se quiseres passear no ex libris de San Francisco!

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O cable car sobe a Powell St, depois vira para a Hyde St. E, como tudo o que sobe, tem de descer, o cable car chega ao topo de uma das colinas mais íngremes da cidade, e começa a descer. E é descer a sério! Enquanto o condutor dirige o veículo, nas traseiras, um pretalhão maneja o freio. í€s tantas, o cheiro a madeira queimada dos travões faz-se sentir. No fim das colinas todas, estamos na baía, com a Golden Gate e Alcatraz ao fundo.

Toda esta região, dos antigos molhes de San Francisco, está transformada num grande centro comercial ao ar livre, conhecido como Fisherman’s Wharf. Caminhámos até ao Pier 39, parando para comprar alguns souvenirs e beber um café.

O Pier 39 está cheio de lojas de brique-a-braque, t-shirts, recordações da cidade, a tralha do costume; mas também existem algumas lojas um pouco diferentes, como a que só vende coisas para cães e gatos, incluindo equipamentos de beisebol e fatinhos de ballet.

Ao fundo do Pier 39, Alcatraz vê-se melhor e, í  esquerda, uma espantosa colónia de leões-marinhos que, actualmente, ascende a cerca de 300 exemplares. Quando cá estivemos, há dez anos, não os vimos, supostamente porque, nessa altura do ano, estariam por outras paragens.

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Ficámos por ali um bom bocado, a fotografar os bichos, que não paravam de ladrar.

Regressámos novamente í  Hyde St e ainda estivemos na fila para apanhar o cable car novamente. Mas, entretanto, começou a chuviscar e o vento vindo do oceano era agreste; por isso, desistimos e pusemo-nos a caminho.

Claro que já sabíamos que não ia ser fácil, mas é mesmo complicado subir algumas das mais de 40 colinas de San Francisco!

Chegados í  Lombard Street, chegámos í  rua do mundo com mais curvas. Trata-se de um troço, entre a Lombard e a Leavenworth. É quase uma brincadeira. Em vez de fazerem uma rampa, que seria íngreme demais, ou, simplesmente, desistirem de fazer ali uma rua, resolveram fazer a coisa aos esses e chamam-lhe “the crookiest street“, inventando, assim, mais uma atracção para os turistas, como se esta cidade precisasse disso.

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A malta que vive aqui, deve ter a sua privacidade sempre devassada, com as hordas de turistas que rondam por ali, a tirar fotos, de todos os ângulos.

Continuámos, depois, por ali abaixo, até í  Washington Square (e descer é quase tão difícil como subir). Então, começou a chover com mais intensidade.

Por isso – e porque já tínhamos visto bem esta zona, há 10 anos – percorremos Chinatown em passo apressado.

Chinatown termina em downtown San Francisco. Estávamos cansados e com fome. Vimos um letreiro da Segafredo e entrámos. E não é que nos serviram duas bicas?! E esta?! Em San Francisco, na Powell Street, pode beber-se uma bica como deve ser! Comemos um danish e, na televisão, passava uma entrevista com o Jorge Andrade, integrada numa reportagem sobre a selecção de Portugal! Parecia uma daquelas coincidências de que fala o Paul Auster…

E iniciámos o regresso ao hotel, já com pouca chuva. Devagar, devagarinho, subimos a Powell, virámos para a Bush, fomos andando, fotografando as casas mais bonitas, voltámos í  Pine, regressámos í  Sutter e assim sucessivamente, até ao hotel, 13 quarteirões mais adiante.

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Chegámos estoirados, com 17 km percorridos, mas com uma ideia mais precisa desta cidade.

Monterey, Carmel, San Francisco, 18 de Maio

Partimos em direcção a San Francisco. Serão 400 km, pela Highway 101. O dia está nublado, com 93% de humidade. Doem-me os joelhos.

“Adopte a higway” – ao longo das auto-estradas, vimos este sinal várias vezes. Então, os americanos podem “adoptar” um pedaço da estrada, ficando responsáveis pela manutenção e limpeza desse pedaço. Habitualmente, é um hotel, uma loja, um restaurante, uma escola ou uma igreja, que adoptam uns quantos quilómetros; em troca, têm direito ao seu nome, inscrito numa placa, junto í  estrada. Mas qualquer cidadão o pode fazer e, depois, paga a alguém para fazer a manutenção daqueles quilómetros, ou limpa-a ele mesmo. Mais um exemplo da boa iniciativa privada.

Em Santa Bárbara, vimos outro exemplo: no passeio, junto a cada palmeira, uma placa com o nome da pessoa ou instituição que “ofereceu” aquela árvore í  cidade.

Depois de uma curta paragem em Kingcity, chegámos a Monterey, a tal cidade que vivia í  custa das conservas de sardinha. Parece que, em 1946, houve uma súbita mudança na temperatura das águas do Pacífico e as sardinhas mudaram-se para outras paragens. A cidade mergulhou no desemprego e na depressão. John Steinbeck, aproveitou para escrever “Cannery Row”. Agora, todas as fábricas de conservas foram transformadas em lojas e restaurantes. Aqui está uma boa ideia para a Maria Emília transformar Cacilhas…

Descemos í  praia e fotografámos leões-marinhos deitados sobre os rochedos, deliciando-se coma água gelada do Pacífico.

Percorremos, depois, parte da extensa baía de Monterey, podendo ver uma bonita costa, com rochedos salpicados de gaivotas, bandos de patos, em formação, voando numa e noutra direcção, como grupos excursionistas apressados, mais alguns pelicanos e leões-marinhos.

Junto í  costa, milhões de flores de um roxo intenso, contrastavam com o cinzento do céu. Deve ser bom viver nesta região.

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Almoçámos em Carmel, um hambúrguer delicioso, com uma fatia de quiejo, duas tiras de bacon, batatas fritas, tomate, cebola e alface. Como é costume, too much food.

Carmel é uma cidade muito simpática, só com casinhas de um só piso, muito bonitas, com jardins floridos í  volta. As casas não têm número – têm nome. Não há néons, iluminação pública, semáforos ou cartazes publicitários, o que torna a localidade ainda mais tranquila. Descendo a Ocean Street, que é a rua principal, chegamos í  praia. Aqui, o oceano estava zangado, com grandes ondas.

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Chegámos a San Francisco por volta das 17h e fomos até í  Golden Gate Bridge.

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Oficialmente, o percurso estava concluído.

From Chicago to Golden Gate – 5 585 km!


Santa Mónica, Santa Bárbara, 17 de Maio

Hoje, quisemos ser mais espertos que os americanos e a brincadeira saiu-nos cara. Para não darmos 20 dólares por duas torradas e dois cafés, levantámo-nos 15 minutos mais cedo e fomos a uma loja de junk food, onde pedimos dois croissants, dois cafés e um sumo de laranja, tudo por 8 dólares. Devíamos ter desconfiado, quando vimos que o croissant se chamava sunrise. Pois: tinha um hambúrguer e uma omeleta lá dentro! Resultado: deitámos tudo no lixo e fomos ao hotel pagar os tais 20 dólares pelas torradas e pelo café…

Vamos a caminho de Pismo Beach. Serão 382 km.

Atravessámos Marina del Rey e Venice, sempre enfiados no tráfego de LA. As casas, í  beira da estrada, estão muito degradadas; faz-nos lembrar a Costa da Caparica, embora sem prédios altos.

Parámos em Santa Mónica. A Third Street é uma ruda pedonal, com muitas lojas e com elevada densidade de sem abrigo. Na Ocean Drive, junto í  costa, muita gente a fazer jogging, entre as palmeiras. O Pacífico mal se vê, por causa da neblina.

Percorremos a Highway Nº 1, que corre ao longo da costa. Passámos por Malibu, com as colinas cheias de casas e mansões, í  espera do próximo deslizamento de terras, que as fará estatelarem-se cá em baixo.

De um lado, as tais casas, perigosamente alcandoradas nas colinas; do outro, o Pacífico, com dezenas de surfistas e vários golfinhos.

Mais í  frente, passámos por Ventura, com extensos campos de cultivo, com alfaces, morangos, limoeiros. Parámos, já perto do meio-dia, para reabastecimento.

í€s 13h estávamos em Santa Bárbara, outra cidade californiana para gente rica. Parámos, para dar uma vista de olhos a uma das missões que os franciscanos espanhóis aqui construíram, a fim de canonizar os índios. Como se calcula, os índios acabaram por morrer todos: uns porque apanharam doenças europeias, que a sua imunidade desconhecia, outros porque se tornaram tão dependentes dos franciscanos que, quando eles se foram embora, não sobreviveram sem ajuda.

Em seguida, visitámos a Court House, um edifício construído no estilo colonial. Subimos í  torre do relógio, de onde pudemos admirar as casinhas nas colinas de Santa Bárbara e, com um pouco de imaginação, o Pacífico, lá ao fundo.

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Santa Bárbara é uma cidade muito simpática. Passámos as últimas horas por aqui e foi mais uma agradável surpresa. Almoçámos no Pier, fish and chips; tinha que ser, tínhamos que experimentar mais esta modalidade da junk food americana. Estava uma bodega, como seria de esperar, mas matou a fome.

Depois, deambulámos pela State Street, que é a rua principal de Santa Bárbara.

A cidade foi destruída por um terramoto, em 1925, e decidiram recnstruí-la ao estilo colonial espanhol. Todos os edifícios, que não têm mais do que três pisos, parecem fazer parte de uma cidade mediterrânica. De um lado e de outro, lojas, muitas lojas, de roupa, de velharias, de curiosidades, e muitos restaurantes. E muitos sem abrigo, também. Topámos com uma lontra, nadando no Pacífico (ou seria um leão marinho?), e bandos de pelicanos.

Por volta das 16 horas, o sol começou a abrir, por entre as nuvens, e a cidade, toda branca, ficou ainda mais luminosa.

Seguimos pela Highway 101 (antigamente chamada Camino Real), em direcção a Pismo Beach. Deixando o Oceano, e caminhando um pouco mais para o interior, uma nova paisagem se desfruta. Desta vez, são os campos com vinhas e pequenos montes verdejantes, que se sucedem. É, de facto, espantosa, a diversidade deste país que, ao fim e ao cabo, é um continente.

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O penúltimo hotel da viagem, em Pismo Beach, é, também, muito simpático. Construído ao estilo das missões espanholas, consiste numa série de edifícios com três pisos, com uma praça central e, í  entrada, uma espécie de torre sineira. Chegámos perto das 7 horas e fomos jantar a um seafood restarant, que fica aqui ao lado. Pedimos bacalhau. Fresco, claro. Ficou metade no prato. Eles bem que se esforçam, mas não sabem cozinhar, coitados!…

Universal Studios, 16 de Maio

Passámos o dia na Universal Studios.

Los Angeles é uma cidade que não é uma cidade ““ é um conjunto de várias cidades; e a sua extensão é tal que, de uma ponta a outra, cobre a distância entre Lisboa e Leiria. Quer isto dizer que não se pode, de facto, passear em LA. Portanto, se tens um dia para ficar nesta cidade, o melhor é ires passá-lo, por exemplo, ao parque da Universal.

Estávamos í  porta, antes do parque abrir, o que só acontece í s 10 horas. Enquanto esperávamos, as filas engrossaram e, quando as portas abriram, uma pequena multidão já se tinha juntado.

Começámos pelo tour do parque, que passa junto aos diversos stages e por cenários diversos. Aqui, edifícios que podem ser de New York; acolá, outros podem simular qualquer cidade europeia; mais adiante, uma praça, com um pedestal no centro ““ basta mudar a estátua e os nomes das ruas, e a cidade muda também. O tour mostra-nos, também, a casa do Norman Bates, do Psycho, as casas da série Desperate Housewives, o jumbo destruído do War of the World, do Spielberg, o mar a abrir-se, como nos Dez Mandamentos, para que o nosso comboio possa passar, como se faz chover nos filmes e como essa chuva se pode transformar numa inundação.

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Como efeitos mais especiais, somos introduzidos em três barracões e, sucessivamente, assistimos ao ataque do King Kong a Nova Iorque, a um tremor de terra numa estação de metro e ao ataque da múmia.

Terminado o tour, fomos ao Jurassic Park Ride. Enfiados num carrinho, estilo montanha russa, passámos por entre dinossáurios, que nos atacavam com esguichos de água. A corrida termina com um enorme splash, depois de uma descida vertiginosa. Ficámos encharcados! E divertidos que nem miúdos!

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Como já tínhamos vistos os shows do Back to the Future e do Waterworld, não os repetimos. Fomos ver o show dos Special Effects, onde nos mostram como são feitos alguns efeitos especiais, visuais, mecânicos e sonoros. O espectáculo é muito divertido e, no final, com a ajuda da assistência, faz-se a sonorização de um pedaço de um filme.

No show do Terminator, em 3D, assistimos a um duplo do Schwarzenegger a salvar o mundo, enquanto nós, na assistência, somos abanados e, mais uma vez, molhados.

O efeito de deitar borrifos de água sobre a assistência, quando ela está concentrada na acção, repete-se no show do Shrek, este em 4D. í€s tantas, o burro, mesmo em cima dos nossos olhos, graças aos óculos especiais que usamos, dá um espirro e ficamos com a cara toda molhada. Desgusting! Depois, quando o Shrek cavalga atrás do raptor da noiva, as cadeiras cavalgam com ele, e nós, com elas!

Almoçámos uma pizza e lanchámos um gelado. Entrámos em todas as lojas disponíveis e comprámos mais alguns souvenirs. Tirámos fotos junto ao tubarão, ao Hulk, em cima da moto do Terminator, í  Marylin, que se passeava de Cadillac e; í s 17h, saímos. Ainda percorremos o Universal Citywalk, que é uma rua recente, logo ao lado do parque, com restaurantes e lojas.

í€s 18h, o parque fecha e os pés protestam.

Foi o dia das criancinhas, nesta viagem pelos States.


Los Angeles, 15 de Maio

Acordar í s 6 da manhã, depois de apenas 5 horas de sono.

Vamos a caminho de Los Angeles. Serão 400 km.

Paragem em Barstow, já na Califórnia, para reabastecimento. Estamos a atravessar o deserto de Mojave e o calor é difícil de suportar.

Chegámos aos limites de LA por volta das 12h30 e durante cerca de uma hora percorremos esta auto-estrada com quatro faixas de cada lado, atravessando os subúrbios da cidade: milhares de moradias, todas idênticas, com o sacramental relvado í  frente.

Chegados í  cidade, parámos junto a Olvera Street, onde, no século 18, a cidade foi fundada. Ficámos por ali cerca de meia hora, tempo para comer uma sandwich e beber uma Bud Light.

E arrancámos para uma visita í  cidade, começando pelo Dorothy Chandler”™s Theater, onde antigamente decorria a cerimónia dos óscares, e o Disney Music Hall, um projecto de Frank Ghery, que faz lembrar o Guggenheim de Bilbau. Ao longe, o edifício do City Hall, que fez o papel de Daily Planet, no Superman.

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Seguimos, depois, para Hollywood e, durante cerca de uma hora, cirandámos pelo Kodak Theater, pelo Mann”™s Chienese Theater, The Walk of Fame e all that stuff. No Passeio da Fama, Darth Vader, em pessoa, falava com uma criancinha. Um mosqueteiro,  deixava-se fotografar. Dois tipos, que pareciam indianos, passeavam-se, com serpentes ao pescoço.

O Kodak Theater é um edifício novo e está rodeado por lojas chiques. Num dos varandins, uma pequena multidão fotografava um letreiro de real estate, que diz Hollywood.

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Passámos por Sunset Boulevard, Beverly Hills, Rodeo Drive, Santa Mónica Boulevard; ali está a pequena casa, onde Marylin recebia Kennedy, para os seus encontros secretos, acolá está a igreja onde Liz Taylor se casou com Richard Burton, aqui é o hotel onde foi filmada uma cena do Pretty Girl, com a Julia Roberts, este é o edifício da polícia que aparece no Beverly Hill”™s Cops, com o Eddie Murphy.

Tal como há 10 anos, mais uma vez, esta cena de LA não me aquece, nem me arrefece.

Depois de ter visto todas aquelas maravilhas da Natureza já descritas, as coscuvilhices do mundo do faz de conta, não me dá pica nenhuma.

O traffic jam de LA fez com que demorássemos cerca de uma hora a chegar ao Hilton Hotel Getway, que fica mesmo junto ao aeroporto, aliás, da janela do nosso quarto, vemos os aviões a aterrar.

Nem uma hora depois, já estávamos de saída, novamente, para jantar em Santa Mónica. Fomos ao Pier, a um restaurante chamado Bubba Gump. Muita comida, ao gosto americano: costeletas com molho de barbacue, camarões com arroz, í  moda do Sul, saladas, tarte de lima e gelado.

Demos uma voltinha por Santa Mónica, vimos o Pacífico e a praia e regressámos ao hotel, podres de sono.