Sinais do apocalipse

1. Jesualdo Ferreira passou-se do Boavista para o FCP. Quebrou o contrato. Pelo facto, irá pagar ao clube do Bessa, um milhão de euros de indemnização.

Eu teria que trabalhar 21 anos para conseguir pagar esta indemnização.

E o meu salário não é nada mau.

2. Alguém revelou que George Bush está a ler um livro.

Esta revelação, em si, já é um sinal de que o mundo deve estar quase a acabar.

O pior é que esse livro é “O Estrangeiro”, de Albert Camus!

Imaginem o que aconteceria se, de repente, Bush se transformasse num intelectual.

É que não há nada pior que um intelectual idiota!

3. A aldeia de Capela fica no concelho de Penafiel.

Pela quinta vez, no último ano, alguém roubou os fios de cobre das ligações telefónicas e a aldeia ficou sem telefone.

Os ladrões serram os postes telefónicos, depois derrubam-nos e, a seguir, roubam os fios de cobre.

Repito: no espaço de um ano, os ladrões já fanaram, por cinco vezes, os fios de cobre das ligações telefónicas da aldeia de Capela.

Quantos mais metros de fio de cobre terão que roubar para conseguirem um lucro semelhante ao da indemnização que Jesualdo vai pagar ao Boavista?

E por que raio não se deixam eles de roubos patéticos e, em vez disso, não se dedicam, í  leitura?

O presidente da maior potência do mundo aconselha “O Estrangeiro”, de Camus…

“Casei com um Comunista” – de Philip Roth

caseicomcomunista.jpgO livro conta-nos a história de Iron Rinn, um comunista í  americana, que veio do meio operário dos subúrbios de Nova Iorque, subiu ao estrelato e acabou no anonimato, em parte devido í s suas convicções e í  caça í s bruxas, levada a cabo pelo senador McCarthy, em parte porque acabou por ceder í  burguesia que ele tanto odiava.

Rinn era um calmeirão, cheio de energia e de ideias progressistas. Devido í  sua semelhança física com Lincoln, começou por personificá-lo em festas das colectividades operárias e acabou por interpretar o seu papel num famoso teatro radiofónico, muito em voga na América, na altura em que a televisão ainda não tinha assumido o seu papel omnipresente nos lares de toda a gente.

Apesar de comunista convicto, Rinn acabou por se apaixonar por Eva Frame, uma estrela do cinema mudo, que era tudo o que ele desprezava: burguesa, rica, sofisticada, vaidosa, superficial. O casamento com Eva transformou a vida de Rinn num inferno, sobretudo por causa das disputas com Sylphide, filha de um anterior casamento de Eva.

O casamento passou do amor apaixonado ao ódio arrebatado. Apoiada por dois jornalistas da extrema-direita americana, Eva escreve um livro, intitulado “Casei com um Comunista”, em que denuncia o próprio marido. McCarthy e a sua comissão de defensores dos valores norte-americanos, fizeram o resto e Iron Rinn é despedido da rádio vai trabalhar novamente para as minas e morre, aos 51 anos, só e desprezado por quase todos. No entanto, ainda consegue, antes de morrer, que jornalistas de esquerda desmontem a falsidade da personagem de Eva Frame: afinal, era não era filha de navegadores do Massachussets, mas sim de um casal judeu que nem inglês sabia falar.

O mais interessante de mais este denso romance de Roth é o modo como está escrito, quase todo em discurso directo. De facto, toda esta história é contada pelo irmão mais velho de Ira a um antigo discípulo. É notável como Roth consegue fazer avançar a narrativa, sempre em discurso directo, o que não é nada fácil, suponho.

“Lord of War”, de Andrew Niccol

senhordaguerra.jpgÉ um filme difícil de classificar. Todo o seu tom é jocoso, fazendo lembrar algumas coisas dos irmãos Coen (é impossível não nos lembrarmos de “Razing Arizona”, até porque o protagonista é o mesmo).

Partindo do princípio de que Niccol quis fazer uma sátira, aceita-se. Cage interpreta a personagem de Yuri Orlov, um ucraniano emigrado nos States, que não se satisfaz com a vida pequeno-burguesa dos pais e decide tornar-se traficante de armas.

Em pouco tempo, vemo-lo a vender armas a tudo o que é grupo insurrecto, do Líbano í  Libéria. Ao mesmo tempo, leva uma vida dupla, casando com uma modelo e proporcionando-lhe um elevado nível de vida.

Claro que, í  medida que vai subindo no negócio, Orlov começa a deparar-se com uma série de dilemas morais: ele fornece armas a exércitos que chacinam crianças. O seu relacionamento com o presidente da Libéria, por exemplo, parece uma rábula dos Monty Python. O pior é que, se calhar, aquilo não está muito longe da verdade. Tipos como Charles Taylor e outros ditadores africanos, só podem ser uma de duas coisas: psicopatas perigosos ou perigosos psicopatas.

No final, a velha Teoria da Conspiração vem ao de cima: claro que Orlov não pode ser preso pela Interpol. Como ele próprio diz ao agente que o persegue há anos: ao presidente dos EUA dá jeito que existam free-lancers como ele, que podem fornecer armas, sem que o presidente tenha que sujar as mãos.

“The Constant Gardener”, de Fernando Meirelles

fieljardineiro.jpgSerá que a indústria farmacêutica faz mesmo o que este filme denuncia?

A dúvida fica sempre no ar…

Não li o romance de John Le Carré, que serviu de base para o argumento do filme, mas pareceu-me que o realizador romanceou demasiado as coisas.

No centro do argumento está uma suspeita muito grave: a indústria farmacêutica, quando tem, entre mãos, um medicamento novo (um anti-tubercolostático, por exemplo), que poderá revolucionar o tratamento de determinada doença e fazer subir os lucros exponencialmente, não hesita em experimentar essa nova droga nas populações miseráveis de ífrica. Mesmo que alguns morram, com os efeitos secundários, não faz grande diferença, porque essas pessoas, de qualquer modo, já estavam condenadas, devido í s condições extremas em que vivem.

E se alguém decidir denunciar o esquema, o atropelo ético que é, saltar uma ou duas fases de ensaio da droga, passando logo para a administração indiscriminada, a indústria também não hesita em contratar alguém que acabe com esse estorvo.

É isto que este filme denuncia, mas a história acaba por ficar submersa na culpa de um funcionário da embaixada britânica no Quénia (Ralph Fiennes) – culpa por não dar a devida atenção í  sua jovem esposa (Rachel Weisz) e por pensar que ela o andava a enganar com um autóctone (que, afinal, até era gay), em vez de perceber que, o que ela estava a fazer, era tentar demonstrar que uma determinada empresa farmacêutica testava um novo medicamento na andrajosa população queniana, não se importando com os efeitos secundários, muitas vezes mortais.

As personagens pareceram-me pouco consistentes: nem Fiennes me convenceu, como funcionário de embaixada, sobretudo interessado na jardinagem e ligando pouco ao mundo que o rodeia e que, depois da morte da mulher, se transforma num quase detective; nem Rachel Weisz me convenceu como activista anti-globalização, com pais ricos, que decide desmontar a mentira da grande indústria.

No entanto, as paisagens de ífrica são lindas e o tema é perturbador…

“Boris Vian por Boris Vian”

borisvian.jpgBoris Vian (1920-1959) foi um agitador francês que viveu depressa. Durante a sua curta passagem pela vida, deixou bem vincada a sua marca em Saint-Germain-des-Prés e meteu-se em quase tudo: escreveu peças de teatro e canções, poemas e romances, foi trompetista de jazz e tudo e tudo.

Dele, conheço melhor os romances: “A Espuma dos Dias” e “O Outono em Pequim”, ambos de 1947, e “O Arranca-Corações”, de 1953. Já tive a minha fase Boris Vian e duvido que os seus romances aguentassem uma segunda leitura.

Como é natural num tipo hiperactivo, deu opiniões sobre tudo e mais alguma coisa e, no ano passado, Noel Arnaud decidiu compilar citações e aforismos de Vian, neste livro, editado agora em Portugal, pela Fenda.

Nele encontramos palavras de Boris Vian sobre o amor, as mulheres, a moral, o jovens e os velhos, o futuro, a morte, deus e os seus servos, etc

Sobre o trabalho, por exemplo, disse Vian: “O paradoxo do trabalho é que, no fim de contas, trabalhamos apenas para o suprimir. E, ao recusar constatar com honestidade o seu carácter nocivo, acordamos-lhe todas as virtudes que mascararam o seu lado fatal. De facto, o verdadeiro ópio do povoe a ideia que se lhe dá do trabalho.”

É um livrinho interessante, que se lê numa tarde, embora algumas das frases e comentários de Vian não tenham assim tanto interesse, até porque muitas delas estão datadas, falando-nos de personagens contemporâneas de Vian, que terão sido importantes para ele próprio, mas que, a nós, nos dizem muito pouco.

E R – 5ª série (1998)

er_5.jpgComo médico, a série Emergency Room tem, para mim, um interesse acrescido; filmada ao ritmo de uma série de acção, isso não influencia a qualidade técnica das situações clínicas retratadas.

Para além de seguir os acontecimentos que vão marcando a vida pessoal de cada um dos principais personagens, vamo-nos entretendo a fazer diagnósticos.

Além disso, as situações apresentadas, mesmo as mais estranhas, são altamente credíveis, sobretudo porque passadas numa cidade violenta, como Chicago. Num dos episódios, por exemplo, dá entrada nas Urgências, um homem com uma faca espetada na cabeça. Também nós presenciámos um caso semelhante, há cerca de 30 anos, quando ainda fazíamos estágio, no Hospital de S. José: um homem com uma faca espetada numa órbita, mesmo ao lado do globo ocular.

ER documenta inúmeros casos clínicos curiosos, como o da criança negra, vítima de intoxicação com chumbo, porque se entretinha a arrancar lascas de tinta das paredes e a comê-las, sabendo-se que as casas antigas eram pintadas com tinta altamente rica em chumbo.

Muitas vezes, os casos clínicos levantam questões éticas, como o caso da criança com esclerose lateral amiotrófica, em estádio terminal. Doug Ross (George Clooney), acaba por ajudar a mãe da criança a administrar-lhe uma dose potencialmente fatal de analgésico, o que trás para a discussão a eutanásia. Aliás, este episódio serve de pretexto para Clooney abandonar a série, desaparecendo a personagem do pediatra que estava sempre a infringir as regras.

De sublinhar, também, a polivalência destes médicos de urgência, capazes de fazerem um parto, abrirem um tórax, colocarem um pace-maker, fazerem uma amputação, tudo sem hesitações. Claro que estamos perante uma série televisiva e as coisas nem sempre se passarão assim. No entanto, este facto faz pensar nas vantagens de ter médicos especialistas em emergências, coisa que não acontece em Portugal.

Se não fumo, ele morre!

Isto é sintomático: quase todos os dias surge uma nova notícia sobre a proibição tabágica, cada uma mais surpreendente que a anterior.

Típico.

Claro que acontecimentos como estes, muito provavelmente, acontecem todos os dias. Só que, nem sempre os jornalistas estão para aí virados.

Os órgãos de comunicação social funcionam muito por ondas, como estou farto de sublinhar – e agora estamos numa onda de fumadores versus não fumadores.

A notícia de hoje, proveniente de Ohio, EUA (where else?), é a seguinte: em 2003, um grupo de jurados precisou de seis horas de reunião para considerar que o réu, Philip Elmore, era culpado da morte da sua ex-namorada. Uma semana depois, os mesmos jurados só precisaram de três horas para chegar í  conclusão de que Elmore merecia a pena capital.

Agora, três anos depois, os advogados de defesa de Elmore, alegam que o júri chegou a este veredicto em apenas três horas, porque o juiz os impediu de fumar!

Dizem eles: “a recusa do juiz em atender o pedido dos jurados para fumarem, predispí´-los a acordar numa decisão rápida”.

Por outras palavras: se o juiz tivesse deixado os jurados fumar í  vontade, talvez eles pensassem com mais calma e, fumando um cigarrinho, tivessem chegado í  conclusão que Elmore só merecia ser condenado, por exemplo, a prisão perpétua. Ou, quem sabe, se pudessem fumar mais um cigarrinho, pudessem ter encontrado circunstâncias atenuantes e Elmore acabasse por sair em liberdade condicional…

Que o cigarro faz mal í  saúde do próprio ou de quem o rodeia, parece que já ninguém contesta.

Agora, afirmar que o facto de se proibir alguém de fumar pode levar í  morte de outra pessoa – eis um facto novo!

Medidas extremas

Os serviços secretos ingleses desmontaram um enorme plano terrorista: dez aviões de longo curso deveriam explodir sobre o Atlântico, ao fazerem a ligação entre a Inglaterra e os EUA.

Foram presos cerca de duas dezenas de suspeitos, em Inglaterra e no Paquistão; quase todos eles eram cidadãos britânicos de origem paquistanesa.

O plano era mais ou menos assim: em cada avião, cinco terroristas (ou mártires, conforme o ponto de vista), levariam os ingredientes para o fabrico da bomba, fabrico que seria executado já a bordo. O combustível usado seria líquido e dissimulado em qualquer inocente garrafa de “água”, o detonador estaria escondido num computador portátil, por exemplo, e o detonador seria accionado por uma simples bateria de telemóvel.

O aeroporto de Heathrow ficou inoperacional, dezenas de voos foram cancelados e milhares de passageiros ficaram em terra.

A partir de agora, a segurança impedirá qualquer tipo de bagagem de mão e cada passageiro só poderá levar, para bordo do avião, um saco plástico transparente com meia dúzia de pertences, rigorosamente verificados pela segurança: o bilhete de avião, o passaporte, medicamentos essenciais para a viagem e pouco mais. Até os biberões com leite, para os bebés, terão que ser provados pelos pais, í  frente da segurança. Deixou de ser possível levar, para o avião, computadores portáteis, mp3, telemóveis, garrafas de água, líquido para lentes de contacto, qualquer tipo de aerossóis, insulinas (só a dose necessária para ser administrada durante o voo), etc, etc.

Em vez de esperarmos duas horas, antes de cada embarque, passaremos a ter que estar no aeroporto cinco horas antes do voo.

Talvez fosse a altura de usar medidas extremas e proibir o embarque a todo e qualquer muçulmano!

A menos que… a menos que vejamos tudo isto í  luz da Grande Teoria da Conspiração…

Não há dúvida que, no momento em que Israel e o Hezbollah andam í  pancada há cerca de um mês, e se fala num cessar-fogo há mais de quinze dias, nada melhor que uma ameaça como esta para influenciar a opinião pública ocidental, definitivamente, contra o Islão.

Está na cara que, na mesa das negociações um plano terrorista como este (destruir dez aviões, provocando mais de três mil mortos), enfraquece a posição dos árabes e dá argumentos aos israelitas.

Das duas, uma: ou os activistas muçulmanos são muito burros, ou os serviços secretos ingleses tiveram um excelente sentido de oportunidade.

Em qualquer dos casos, não há dúvida que, desde que Bush e seus capangas tomaram conta do mundo, este planeta está cada vez mais seguro…

“Consultório Sexual da Dra. Tatiana para toda a Criação”, de Olívia Judson

tatiana.jpgA Dra. Tatiana, aliás, Olívia Judson, bióloga, teve uma ideia genial: em vez de escrever um livro denso e desinteressante sobre a vida sexual dos seres vivos, transformou as centenas de informações que foi compilando num livro divertido e fácil de ler, vestindo-o de consultório sexual.

Assim, a Dra. Tatiana é uma especialista em sexologia dos seres vivos, que recebe cartas dos quatro cantos do mundo animal e responde í s questões com explicações pormenorizadas sobre os mistérios da Natureza.

Um exemplo:

“Querida Dra. Tatiana: sou uma abelha-rainha e estou preocupada. Todos os meus amantes deixam os genitais dentro de mim e depois caem mortos. Isto é normal?

Para os seus amantes, é dessa forma que o mundo acaba – com estrondo e não com um queixume. Quando um macho de abelha doméstica alcança o clímax, ele explode, e os seus genitais são arrancados ao corpo com um estalido sonoro. Compreendo que considere isso enervante. Por que acontece? Lamento, Vossa Majestade, os seus amantes explodem de propósito. Ao deixar os genitais dentro de si, eles bloqueiam-na. Ao fazê-lo, cada macho espera que não consiga acasalar com outro”.

E a Dra. Tatiana prossegue a explicação, relatando outros exemplos de espécies animais em que os machos tentam que as fêmeas não sejam penetradas por outros machos, colocando tampões, colas e outras coisas, no tracto genital das fêmeas.

Todo o livro tem um humor muito bem conseguido, não deixando, no entanto, de prestar informações científicas bem documentadas, sempre sob o ponto de vista evolutivo.

Outro exemplo delicioso:

“Entre os primatas tal como entre os insectos, é regra geral que, nas espécies em que as fêmeas se associam a um macho de cada vez, os pénis são pequenos e desinteressantes. Veja o gorila – um tipo enorme com uma pilinha minúscula. Um gorila macho pode pesar 210 quilos, mas o seu pénis tem uns míseros cinco centímetros de comprimento e é inteiramente desprovido de protuberâncias e espigões. O macho do pato Oxyura vittata envergonha-o. O animal é pequeno mas o seu pénis, que rivaliza com o da avestruz, mede vinte centímetros de comprimento – e tem espinhos.”

No final de cada capítulo, a Dra. Tatiana dá uma série de conselhos a propósito que, graças ao modo como estão escritos, podem também servir para a espécie humana.

Aqui está um exemplo de um livro “científico” muito divertido e bem escrito – um verdadeiro achado. Parabéns a Olívia Judson, bióloga com um doutoramento em Oxford. O livro foi editado em 2002. Em Portugal saiu este ano, na Quetzal, com tradução competente, parece-me, de Manuel Leite.

Churchill deixou de fumar

Não quero transformar o Coiso num site dos fervorosos fumadores. Fumar faz mesmo mal í  saúde!

Mas eles provocam-me!

Mais uma notícia de hoje: o actor britânico Mel Smith estreou ontem a sua nova peça, no Fringe Festival, em Edimburgo, Escócia. A peça chama-se “Allegiance: Winston Churchill and Michael Collins” e Mel Smith (quem se lembra da série da BBC, “Not Nine O’Clock News”?) interpreta o papel de Churchill que, como se sabe, era um inveterado fumador de charutos.

No entanto, Mel Smith não foi autorizado a fumar durante a peça, devido í  nova lei anti-tabaco da Escócia que, além de proibir o fumo nos bares, cafés e outros locais públicos, também proíbe que os actores acendam cigarros ou charutos em palco. Smith foi ameaçado de ter que pagar uma multa de mil libras, caso insistisse em fumar em palco.

Segundo a notícia, a peça, de autoria de Mary Kenny, “conta a história do encontro entre Churchill e o independentista irlandês, Michael Collins, numa noite de 1921, em que houve certamente muito álcool e charutos”.

Minutos depois de terminada a representação, Smith fez questão de aparecer í  janela do teatro, fumando e disse: “Adolf Hitler teria ficado deliciado com esta lei. Parabéns, Escócia”.

Portanto, aqui temos mais um exemplo de rescrita da História: já tiraram o cigarro da boca de Malraux, nos selos, substituíram o cigarro pela palhinha, ao pobre do Lucky Luke, sacaram o cigarro da mão de McCartney, na foto da capa do Abbey Road, e agora chegou a vez de Churchill ser impedido de fumar o seu charutinho.

Esta malta está a ficar apanhadinha!