Bagaço versus cachaça
O governo decidiu fechar a embaixada de Portugal no Iraque. O PSD acha esta decisão inaceitável. O PSD e os próprios iraquianos que, como protesto, fizeram explodir mais algumas bombas nas ruas de Bagdad, coisa que já não acontecia há muito tempo. Consta que o próprio Bush ficou zangado com esta decisão e terá decidido escolher o Brasil como parceiro no seu novo projecto, em detrimento de Portugal.
Segundo disse o presidente dos EUA, Bush e Lula serão parceiros num novo projecto que pretende substituir o petróleo pelo álcool.
Perde o bagaço ““ ganha a cachaça; e tudo por causa desta estúpida ideia do governo português de poupar dinheiro, fechando embaixadas e consulados.
E agora, pergunto eu: onde é que os extremistas islâmicos irão arranjar passaportes portugueses falsos, para se poderem infiltrar na Europa?
Só mais uma curiosidade sobre a visita do Bush ao Brasil. Segundo o DN, o presidente dos EUA levou, a bordo do seu Air Force One, água e papel higiénico. ígua, ainda percebo ““ Bush estava com medo de se dar mal com a água brasileira e preferiu continuar a consumir a água a que está habituado. Agora: papel higiénico? Quer dizer que o papel higiénico brasileiro nem para limpar o cu dos americanos serve? Se eu fosse ao Lula, tinha juntado umas gotas de Guttalax no jantar do Bush ““ o gajo havia de cagar tanto, que acabava por gastar o papel higiénico todo.
Depois, mandava-o limpar o cu a notas de dólar.
Se o Bush não tivesse levado dinheiro, que limpasse o cu ao cartão Visa.
Descriminação
Segundo o Expresso “…Cavaco tem 20 dias para decidir aborto” (página 10).
Pura discriminação.
Segundo a nova lei do aborto, as mulheres terão um período de reflexão de três dias, antes de decidirem se querem prosseguir com a interrupção voluntária da gravidez ““ por que raio é que Cavaco tem 20 dias?!
Abrunhosa abaixo!
Pedro Abrunhosa vai participar num debate sobre a Direita portuguesa, promovido por Manuel Monteiro (quem?), líder da Nova Democracia (que é isso?).
Tudo isto porque, quando participou na campanha publicitária do BPI (“…Eu estou aqui”), ninguém o empurrou do prédio abaixo.
Valentim julgado em directo
Valentim Loureiro é acusado de mais de vinte crimes, no âmbito do Apito Dourado. Afirma, ao Expresso, que quer ser julgado na televisão, em directo, porque, nos tribunais, ninguém o leva a sério.
“…Já percebi que os tribunais não me levam a sério” ““ é o que Valentim diz.
Percebe-se. Uma personagem como Valentim, é mais credível na televisão, entre a Floribela e os Gato Fedorento.
Apesar de ser arguido de vinte e tal crimes, não vê razão para deixar de ser presidente da Câmara de Gondomar ou da empresa do Metro do Porto. Pois se foi eleito por mais de 60% dos eleitores! (o facto de Hitler também ter sido eleito, não é para aqui chamado).
Marx e Berardo – a mesma luta!
Viram o grande revolucionário Joe Berardo ser abraçado pelos trabalhadores da PT, antes de entrar para a Assembleia que vetou a OPA do Belmiro?
Os trabalhadores arranjaram ali um grande aliado, um verdadeiro defensor dos direitos dos operários e camponeses, soldados e marinheiros!
Qual Louçã, qual Jerónimo! O genuíno garante dos direitos dos trabalhadores foi Berardo, esse marxista coleccionador de arte moderna, esse revolucionário accionista anti-Sonae, esse progressista criador de riqueza para os pobres e os desvalidos!
Marx, Engels, Estaline, Lenine, Mao, Guevara, Berardo ““ a mesma luta!
Trancas no Portas
Mas, afinal, quem é este tipo, que, num dia, comenta a entrega dos í“scares, no outro, entra em directo do CCB, em todos os telejornais e, no dia seguinte, é entrevistado no canal público de televisão?
Quem é este homenzinho, que já foi ministro da Defesa e que, há escassos 2 anos, como líder do CDS, foi derrotado em toda a linha, tendo menos votos que o PCP?
Que percentagem de portugueses representa este senhor, para merecer a atenção dos telejornais?
Que pretende fazer ele que já não tenha feito, enquanto esteve no governo?
Que ideias novas tem, que coisas fantásticas aprendeu nestes dois anitos, de tal modo importantes, que valha a pena tornar a investir nele?
Quer ser o chefe da Oposição? Quer ser chefe do governo?
Não quererá, também, o rabinho lavado com água de rosas?
O fulano já lá esteve e os eleitores mostraram, claramente, que não o queriam.
Depois de casa roubada – trancas no Portas!
O mar reconquista a Costa
Praia da Costa de Caparica, 1984
Praia da Costa da Caparica, 2007
“Volver”, de Pedro Almodí´var
Almodí´var gosta de filmar mulheres. “Volver” é uma história sem homens: apenas Paco, companheiro de Raimunda (Penélope Cruz), faz uma curta aparição, bebendo cerveja, enquanto assiste, na televisão, a um jogo de futebol, ao mesmo tempo que olha, lubricamente, para as pernas da filha adoptiva. No dia seguinte, estava morto.
A crendice popular, de que os mortos podem regressar í Terra, se tiverem deixado alguma promessa por cumprir, faz com que algumas das personagens de “Volver” não se apercebam que a mãe de Raimunda (Carmen Saura), afinal, não regressou dos mortos. Afinal, ela nunca chegou a morrer. O corpo carbonizado da mulher, na cama, ao lado do corpo do pai de Raimunda, era da amante, a mãe de Agustina, a “hippie” da aldeia.
O argumento é de telenovela e, talvez por isso mesmo, a irmã de Agustina é produtora de um “reality show” televisivo, dedicado a encontrar pessoas desaparecidas.
Mas, entre o “kitch” e a pieguice, o humor de Almodí´var parece levar a melhor e o filme é recomendável.
No entanto, Penélope Cruz parece um pouco deslocada naquele ambiente, demasiado sofisticada para uma empregada de limpeza que vive num subúrbio de Madrid e está casada com um morecão. Em resumo: os seus decotes são pouco realistas…
ER – 7ª série
A série de 2000/2001 de “Emergency Room” continua a ser de alta qualidade, com alguns daqueles episódios que nos deixam sem fí´lego, tal a quantidade de coisas que acontecem naquelas urgências.
As personagens mais antigas enfrentam novos dilemas: o Dr. Greene descobre que tem um tumor na cabeça, mesmo na altura em que decide casar-se com a Dra. Corday que, entretanto, está grávida. No decorrer desta série, casam-se, ela dá í luz uma menina, Greene é operado por um neurocirurgião novaiorquino, submete-se a radioterapia e vai trabalhar logo no dia a seguir…
Quanto a Carter, depois do internamento, consegue livrar-se da adição aos analgésicos e tenta arrastar a asa í enfermeira Abby que, no entanto, continua a entender-se com o Dr. Kovac, ao mesmo tempo que atura uma mãe bipolar (uma oportunidade para vermos Sally Field fazer um dos seus papéis excessivos).
Benton continua com Chloe que, no último episódio, talvez tenha sido contaminada por um doente seropositivo, enquanto a Dra. Weaver descobre que, afinal, é lésbica, conseguindo sair do armário, já no final da série.
ER é uma daquelas séries que pode continuar indefinidamente, uma vez que o principal personagem da série é o próprio serviço de urgências e os casos clínicos que lá vão parar, mas penso que, em comparação com as primeiras séries, esta 7ª se rende mais í s audiências, mostrando alguns casos muito rebuscados, que dificilmente encontram paralelo no dia-a-dia de uma urgência, mesmo que seja em Chicago.
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