Sporting lava mais branco!

O Sporting já não sabe que volta há-de dar í  coisa.

Não consegue ganhar campeonatos nem í  lei da bala!

Por isso, este ano, decidiu contratar um jogador indiano que reúne duas qualidades inegualáveis: uns estonteantes 165 centímetros de altura e a capacidade de tirar todas as nódoas.

O homem chama-se Sunil Chhetri e faz-me lembrar este anúncio…

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Os alemães – fezes, suor e urina

“Um alemão produz, em média, o dobro das fezes de um francês. Hiperactividade da função intestinal em prejuízo da cerebral, que demonstra a sua inferioridade fisiológica. Nos tempos das invasões bárbaras, as hordas germânicas cobriam o percurso com montes desrazoáveis de matéria fecal. Por outro lado, também nos séculos passados, um viajante francês percebia imediatamente se já tinha atravessado a fronteira alsaciana pela anormal dimensão dos excrementos abandonados ao longo da estrada. Mas se fosse só isso: é típica do alemão a bromidrose, ou seja, o odor repugnante do suor, e está provado que a urina de um alemão contém vinte por cento de azoto, enquanto o das outras raças apenas quinze”.

– in “O Cemitério de Praga”, de Umberto Eco

A turbulência nos aviões e os loucos da net

O Coiso já está na net desde novembro de 1999.

Ao longo destes anos já publiquei mais de um milhar de textos. Alguns têm um êxito suplementar. Em alguns casos, percebo porquê. Em outros, fico perplexo.

Compreendo, por exemplo, que tenha muitos comentários aos meus textos sobre deixar de fumar. Continuo, ainda hoje, quase 5 anos depois de ter desistido do fumo, a receber comentários ao meu texto “1o dias sem fumar“, que tem 44 comentários, fora os muitos que apaguei!

Mas há outros textos que têm comentários que me deixam de queixo caído.

Um dos exemplo é o texto sobre um spray que, supostamente, cria e mantém ereções colossais. O spray chama-se Eureka e, embora eu tenha desancado na respectiva publicidade, continuo a receber pedidos de esclarecimentos sobre o produto, quanto custa, como se pode obtê-lo, etc, como se fosse eu o produtor da coisa!

Outro exemplo é o texto que escrevi sobre a turbulência nos aviões.

O texto chama-se “A turbulência nos aviões é de propósito” e foi escrito em maio de 2006, depois de ter feito uma extraordinária viagem de autocarro entre Chicago e San Francisco.

Dizia eu, a brincar, claro, que os engenheiros aeronáuticos eram os responsáveis pela turbulência em alguns voos porque querem que nós continuemos a ter medo de voar.

Ora, parece que alguns dos meus leitores não perceberam a ironia.

Vejamos o comentário de Luiz de Lima:

“Prezados senhores!
Me perdoem entrar no assunto “…Turbulência” mas se estudarem um pouco de mecânica de fluidos os senhores talvez venham a conhecer na física elementar as respostas a tanta idiotice! é demais para o meu estí´mago suportar tanta burrice isso sim é que provoca enjí´o”

Portanto, nós, burros, não entendemos nada de “mecânica de fluidos”!…

Mas outro comentador, chamado Ivaney, vai mais longe:

Caros amigos! se fomos pensar como o autor do texto, estariamos no perguntando porguntando por nao decobriram a cura para a morte, a “…turbulencia” e simplesmente causada pela instabilidade dor, ou seja fenomenos da natureza, e ninguem pode com eles. As aeronaves são preparadas para suportar tal feito, agora evitalas, é impossivel…,
emos que dar um vivas a nosso engenheiros e pedir que DEUS os abençoe sempre….

Ivaney pede para Deus abençoar sempre os engenheiros porque, pelos vistos, eles conseguem que as aeronaves suportem os efeitos da natureza. Infelizmente, os engenheiros ainda não descobriram a cura para a morte…

Já o comentador que assina Lovelove, culpa os pilotos:

porque eles nao querem acabar com turbulencia? claro que nao é culpa deles nao. natureza mesmo. Mas assim como li os pilotos podem nao passar por essas zonas de turbulencia, eles mesmo avisao nos voo. Nao entendo porque eles nao deviam essas zonas. Isso sim poderia ser mais contralados e ter voo mais leves.

Apesar de culpar a natureza, Lovelove acha que os pilotos, se quisessem, podiam evitar a turbulência… Malandros!…

O Marlo, por outro lado, também acha que é tudo uma questão de mecânica de fluidos:

Isso é lenda. Coo já já foi falado, pesquisem sobre mecânica e escoamento dos fluidos. A natureza não é regular e linear. Diferenças de pressão, temperatura e de outras grandezas são encontradas ponto a ponto na nossa atmosfera.”

Um tipo lê estes comentário e não acredita.

Será que estes tipos não perceberam uma palavra do texto que escrevi?

E que impulso os terá levado a escrever um comentário a um texto que não compreenderam e não lhes dizia respeito?…

“Os Crimes dos Viúvos Negros”, de Isaac Asimov (1971)

Isaac Asimov (1920-1992) é sobretudo conhecido pelas suas obras de ficção científica. No entanto, também escreveu algumas novelas e pequenas histórias que se podem enquadrar na chamada literatura policial.

—“Os Crimes dos Viúvos Negros” reúne uma dúzia de pequenas histórias publicadas no Ellery Queen’s Mystery Magazine, muito ao jeito dos mistérios de Connan Doyle ou Agatha Christie.

O esquema é sempre o mesmo: um grupo de homens reúne-se uma vez por mês, í  volta de uma refeição. Rejeitando a presença de mulheres, têm sempre um convidado que lhes propõe um mistério. Segue-se uma espécie de interrogatório e, no final, é o mordomo, Henry, que deslinda a história.

Confesso que o livro me desiludiu. As histórias são demasiado rebuscadas e os diálogos são fastidiosos.

Prefiro o Asimov dos robots.

“O Projecto Janus”, de Philip Kerr (2006)

Philip Kerr nasceu em Edinburgo, em 1956, é autor de 14 romances e colaborador de vários jornais britânicos.

—“O Projecto Janus” é um policial, í  boa maneira de Rex Stout ou Raymond Chandler, salvo as devidas distâncias.

O herói da história é um detective alemão, Bernie Gunther, que foi polícia antes da 2ª Grande Guerra, membro dos SS durante a Guerra, sem nunca ter pertencido ao partido nazi e que, depois da guerra, decide seguir a carreira de investigador particular.

Vai ser uma carreia curta, no entanto, já que Gunther se vê envolvido numa trama que o vai obrigar a mudar de vida. Essa trama envolve um médico nazi que fazia experiências de vacina contra a malária em prisioneiros, agentes da CIA e grupos de judeus perseguidores de criminosos nazis.

A acção decorre na Alemanha e na íustria e a recriação desses locais, no post-guerra, parece muito credível.

A linguagem mordaz de Kerr aproxima-se bastante dos escritores do romance negro norte-americano.

Exemplos:

«(a porta) abriu-se, revelando um homem numa cadeira de rodas, com os joelhos cobertos por uma manta e uma enfermeira de uniforme atrás. A enfermeira tinha um ar mais quente do que a manta e, instintivamente, percebi qual delas preferia ter ao colo. Estava a começar a sentir-me melhor.»

Outro exemplo:

«Pedi também um conhaque duplo por causa do frio. Pelo menos, foi a justificação que dei a mim mesmo. Mas sabia que era mais por causa do primeiro encontro com os advogados de Gruen. Os advogados causam-me inquietação. Como a ideia de apanhar sífilis.»

E mais:

«- Se quer saber, pode atribuir-se a culpa toda da Reforma í  cerveja forte – disse. – O vinho é uma bebida perfeitamente católica. Torna as pessoas ensonadas e cúmplices. A cerveja só as torna agressivas. E olhe para os países que consomem muita cerveja. São sobretudo protestantes. E os países onde se bebe muito vinho? Católicos romanos.»

Já há alguns anos que não lia um policial tão divertido.

ImPassos Coelho

O Passos está num impasse.

O Relvas, afinal, é um doutor da mula russa.

Das 32 cadeiras do curso, fez exame apenas a 4 e os respectivos professores afirmam nem se lembrarem da criatura. Grande combatente das Novas Oportunidades, de Sócrates, chegou a dizer: “Eu no lugar do engenheiro Sócrates tinha vergonha, eu se fosse parente do engenheiro Sócrates escondia que era parente dele”. (confirmar aqui e aqui)

O Portas anda pelo estrangeiro a falar inglês com sotaque do Colégio S. João de Brito e parece que não tem nada a ver com as medidas impopulares.

Há mais dois ou três ministros que ninguém conhece e até se duvida que existam.

O Gaspar já se começou a engasgar.

Vi-o ontem, acabado de chegar da China, sem gravata, cheio de jet lag e incapaz de dizer algo de concreto sobre a decisão do Constitucional.

A Cristas segue o exemplo do seu chefe Portas e anda pelas feiras, a promover o Alvarinho (o vinho, não o dos pastéis de nata).

O ílvaro Santos Pereira parece uma barata tonta. Sempre que o governo tem uma iniciativa no âmbito da Economia, é outro colega que vem a público anunciá-la. Foi o Relvas que anunciou o Impulso Jovem, uma espécie de desodorizante para desempregados  e foi Portas que foi vender carne portuguesa no Cazaquistão, e depois é ao Mercedes do ílvaro que os manifestantes dão caneladas!

Quanto ao Passos cortou o cabelo e já se nota que está a ficar careca!

Para cúmulo, o Tribunal Constitucional considerou anti-constitucional o corte dos subsídios de férias e de natal aos funcionários públicos.

Apanhado de surpresa, a caminho do teatro, acompanhado pela sua sorridente esposa, Passos balbuciou que vai ter que estender o corte os subsídios a todos os trabalhadores, incluindo os privados.

Pata na poça, Passos!

Fazes isso como? Com mais impostos? Mas os novos impostos já não tinham acabado? Então, e aqueles planos miraculosos que o Relvas tinha para cortar na despesa do Estado (consultar aqui)? Ele até disse, na Universidade de Verão do PSD, que  vamos “cortar nas despesas do Estado, cortar em muitos institutos públicos que nós já temos, cortar a despesa inútil que temos no Estado, na despesa supérflua que nós temos no Estado central, no Estado regional e no Estado local”.

Afinal, parece que as 30 cadeiras que o Relvas não frequentou na Lusófona fizeram-lhe falta, porque o gajo não sabe do que está a falar…

E com braços-direitos como este, tu estás lixado!

Devias ter feito como o Gaspar: engasgavas-te e não dizias nada de concreto.

Talvez termines a legislatura, Passos, mas escusas de te recandidatar, pá!…

Os créditos de Relvas

Pela boca morre o peixe.

Sócrates concluiu o curso a um domingo?

Pois Miguel Relvas fez um curso de três anos em 365 dias.

Como?

Dizem os dirigentes da Universidade Lusófona que Relvas beneficiou do seu currículo.

De facto, Relvas fez um cadeira do 1º ano do curso de Direito.

Toda!

E inscreveu-se em mais dois cursos diferentes, dos quais não concluiu nenhuma cadeira.

Tudo isto deu-lhe direito a só precisar de um ano para concluir um curso de três anos!

Por esta lógica, Mário Soares tem direito ao curso de Medicina e Cavaco já deve ser engenheiro aero-espacial!

Tudo na mesma…como a lesma…

Estive uma semana ausente e só hoje dispensei algum tempo í  leitura dos jornais.

Não sei o que esperava encontrar, mas fiquei desiludido.

Afinal, nada se passou de importante…

Anne Sinclair, aquela senhora ainda muito apresentável, casada com o Strauss-Khan, separou-se do homem.

Finalmente.

Neste momento, aquele que poderia estar no lugar do Hollande, é suspeito de se ter envolvido com uma rede de prostituição. Parece que Anne Sinclair terá dito: enganares-me com jornalistas, ministras e modelos, ou mesmo como empregadas de hotel, ainda vá – mas com putas, nunca!

Falando de enganos, na Roménia, parece que se provou que o primeiro-ministro copiou mais de 80 páginas da sua tese de doutoramento, razão pela qual se pede que lhe seja tirado o título de doutor.

O senhor, que é conhecido como Dr. Victor Ponta, passará a ser, simplesmente, Victor Ponta.

E já vai com sorte em só perder o doutor e manter a ponta…

Quem não deve andar com muita ponta por estes dias é o nosso Vitor, o Gaspar. Afinal, o déficit está nos 7,9%, muito longe dos prometidos 4,5% que deveríamos atingir no final do ano.

Parece que, afinal, reduzir os salários e aumentar os impostos, acabou por diminuir o consumo e as receitas dos impostos e aumentar as prestações sociais, com mais gastos do Estado em subsídios de desemprego e rendimentos de inserção.

Onde está o espanto?

De tanto falar num desvio colossal, causado pelo anterior governo, Gaspar acabou por conseguir um desvio colossal criado por ele próprio.

Talvez nos safemos, graças ao Mário Monti, de Itália.

Parece que, ao mesmo tempo que a Itália despachava a Alemanha do Euro do futebol, o primeiro-ministro italiano conseguia dobrar a Merkel, obrigando-a a aceitar um acordo mais favorável aos italianos e as espanhóis.

Pode ser que escorra algo para nós – ao fim e ao cabo, pertencemos ao clube dos PIIGS e convém recordar que dos 4 semi-finalistas do Euro, três eram PIIGS.

E isto quer dizer o quê?

Provavelmente nada…

Mas a notícia que mais me animou foi o modo como o ílvaro foi recebido no distrito de Castelo Branco.

A inteligência de um ministério também se mede por coisas destas: esta semana, 400 trabalhadores do call-center da Segurança Social de Castelo Branco foram despedidos e o mesmo aconteceu a 300 trabalhadores da delegação local da Delphi. Por outras palavras: num momento em que 700 trabalhadores vão para a rua em Castelo Branco, o ministro da Economia decide visitar… Castelo Branco.

Inteligência rara!

Estava-se mesmo a ver o que ia acontecer. Desde filho da puta até pastel de nata do catano, tudo o ílvaro teve que engolir. A culminar a festa, um manifestante atirou-se para cima do capot do carro do ílvaro e amolgou-lhe o emblema do Mercedes!

Isso não se faz!

O ílvaro ainda tentou acalmar os ânimos e até se dirigiu aos manifestantes, numa tentativa de lhes explicar por que razão o governo corta salários, flexibiliza despedimentos, aumenta os impostos e a merda cada vez é maior, mas a gritaria era muita e o ministro desistiu.

O sagaz presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, que estava presente e é calmeirão, colocou-se entre o Alvarito, que é pequenito, e os manifestantes e resolveu gozar com o pagode, dizendo esta coisa extraordinária: «senhor ministro, a verdade é que, para algumas pessoas, o único governo que se preocupou com os trabalhadores foi, em 1975, o governo de Vasco Gonçalves».

O Carlos Pinto não deve saber que mais de 35% dos desempregados ainda não eram nascidos quando Vasco Gonçalves foi primeiro-ministro.

Esperteza saloia, portanto.

E o ílvaro lá foi, rabinho entre as pernas, após mais uma demonstração de desconhecimento do país que governa (?)

Em resumo: afinal, está tudo na mesma…

Como a lesma…