Os cogumelos e a memória

Segundo um estudo realizado na Universidade Nacional de Singapura, os idosos que comem cogumelos, duas ou mais vezes por semana, reduzem para metade os riscos de sofrerem danos cognitivos, como diminuição da memória. Isto deve-se à ergotionina, um potente anti-oxidante, que existe em quase todas as espécies de cogumelos à venda nos supermercados.

Ora, como eu como cogumelos desses todos os dias, repito, todos os dias, receio que me continue a lembrar de coisas que quero esquecer a todo o custo.

Porra para os cogumelos!…

É um vírus, estúpido!

Afinal, a estupidez é uma infecção!

Segundo um estudo norte-americano, citado pelo Diário de Notícias, é o vírus ATCV-1 “que ataca o DNA e que faz que os infectados fiquem menos inteligentes”.

Diz a notícia: “Investigadores da Escola de Medicina John Hopkins e da Universidade do Nebraska, descobriram vestígios do vírus na garganta de 40 indivíduos que participaram no estudo, num total de 90. Aqueles que estavam infectados apresentaram resultados em testes de inteligência”.

Logo, a jornalista Joana Capucho conclui que o tal vírus é o responsável pela estupidez humana!

No âmbito do estudo, alguns ratinhos foram alimentados com algas infectadas pelo vírus e, depois, tiveram mais dificuldade em sair dos labirintos – isto é, ficaram mais estúpidos!

E digo que ficaram “mais estúpidos” porque quem participa num estudo destes só pode ser estúpido.

Por muito exíguo que seja o estudo, é estimulante pensar que, afinal, a estupidez humana não passa de uma virose que, teoricamente, poderá ser tratada com um anti-viral – ou, pelo menos, controlar a situação, como se faz com os anti-retrovirais e o HIV e transformar a situação numa doença crónica.

Além disso, este estudo faz com que passemos a olhar para o estúpidos de outra maneira, com mais condescendência: coitados, são pessoas doentes…

Pais que lavam a loiça criam filhas com carreiras mais bem pagas

É este o título de uma notícia de hoje do Jornal de Notícias, fazendo eco de uma investigação da Universidade British Columbia, Canadá (ler aqui).

Segundo os investigadores, liderados por uma sorridente Alyssa Croft, as filhas dos pais que participam nas tarefas domésticas, têm mais probabilidades de vir a ter carreiras bem pagas.

Proponho os seguintes estudos, a realizar seguidamente:

– Mães que fazem a barba têm filhos com mais possibilidades de concluir doutoramentos

– Pais que lavam os pés em público têm filhas mais altas

– Mães que usam fio dental na boca têm filhos com tendências suicidas

– Pais com voz grossa têm filhas cantoras de ópera.

Fico à espera dos resultados…

Tudo explicado

Segundo um estudo realizado em Portugal e divulgado hoje pelos jornais, 50% dos inquiridos acredita que o HIV pode ser transmitido pela picada de um insecto que previamente tenha picado uma pessoa infectada.

O mesmo estudo diz que 20% dos inquiridos continua a acreditar que o HIV pode ser transmitido através de um beijo, nas piscinas ou nas casas de banho públicas.

Recordo que foi este povo que deu duas maiorias absolutas a Cavaco Silva e que, depois, o elegeu duas vezes para Presidente.

Está tudo explicado!

Um café para Amoo Hadji

Amood Hadji é um aldeão iraniano que, segundo nos informa o Jornal de Notícias, não toma banho há 60 anos!

Hadji tem 80 anos, vive em Dezgah, no sul do Irão, alimenta-se de animais que caça, está coberto de “grossas camadas de crosta na sua pele e barba” e gosta “de fumar charutos feitos com esterco de animais que pastam nas redondezas”.

Diz Hadji que não toma banho desde os 20 ano, “mas não sabe o que o levou a optar por esta vida”.

É aqui que entra o estudo publicado na revista norte-americana Nature Neuroscience, segundo o qual, o consumo de cafeína pode melhorar a memória.

Por isso, toca a obrigar o Hadji a beber umas bicas, a ver se o tipo se lembra por que razão deixou de tomar banho.

E a seguir, mergulha-se o gajo no Golfo Pérsico.

Exercícios cerebrais

A revista Notícias Magazine, publicou um artigo intitulado “Como ter uma super memória”.

Nesse artigo, fala-se de Ramón Campayo, um espanhol de 48 anos que é o único homem no mundo a conseguir memorizar 23 200 palavras, ouvindo-as apenas uma vez, e reproduzindo-as, depois, pela mesma ordem; além disso, o tipo decora cem números em 50 segundos.

Gostaria de saber qual é o interesse de memorizar 23 mil palavras e 1oo números, mas adiante.

Claro que o homem escreveu um livro.

Até aqui, nada de novo…

Pois se o Ronaldo e o Beckham também escreveram um!

Nesse livro, o Campayo ensina 10 exercícios para o cérebro.

São eles:

1º Lave os dentes com a mão não dominante; 2º Tome banho de luz apagada; 3º Mude o caminho para o trabalho; 4º Use o relógio no outro pulso; 5º Reconstitua um momento da sua infância; 6º Aprenda de cor uma música nova; 7º Comece a pintar; 8º Jogue xadrez; 9º Durma bem – pelo menos oito horas por noite; 10º Pratique exercício físico e uma alimentação equilibrada

Depois, quando tiver o intervalo entre os dentes cheios de restos de salada e as axilas e os sovacos enxovalhados, quando tiver faltado ao trabalho dias a fio porque não encontra o caminho, quando não conseguir dizer a que horas anda, quando desatar a chorar por reconstituir aquele momento em que o seu pai o proibiu de brincar com o seu brinquedo favorito, quando passar o dia a trautear uma canção do Dino Meira e a pintar paredes enquanto joga xadrez antes de dormir oito horas seguidas e quando praticar exercício equilibrado e alimentação física, poderá, finalmente decorar 23 mil palavras e cem números e perguntar PARA QUÊ, PORRA?!

Mas onde raio estão tantos católicos?

A Universidade Católica fez um estudo que concluiu que o número de católicos está a descer, em Portugal.

Nada de espantoso.

Segundo o dito estudo, citado pelo Público, 8 em cada 10 portugueses são católicos e cerca de 45% dos portugueses vai à missa com regularidade.

Torço o nariz.

Da minha família mais chegada, pelo menos 12 elementos não são católicos.

Não conheço ninguém que vá à missa com regularidade – e conheço muita gente!

E, se mesmo assim, o número de católicos está a descer, isso quer dizer que, antes (em 1999), ainda eram mais do que 8 em cada 10 portugueses?!

Cheira-me que este estudo foi feito aos domingos de manhã, à porta das igrejas, à saída da missa…

O GPS e o Alzheimer

Dizia-se, em tempos, que alguém poderia inventar um estudo que comprovasse que a televisão a cores provocava cancro do estômago.

Queria dizer-se, com esta hipérbole, que alguns estudos pareciam feitos por encomenda e que, com a desculpa dos estudos, poder-se-ia comprovar qualquer coisa, por mais absurda.

Surgiu agora esta notícia de um estudo realizado na Universidade McGill, no Canadá, e conduzido por uma tal Veronique Bohbot que diz que o uso de GPS parece reduzir a actividade da substância cinzenta do hipocampo, que é uma das áreas que primeiramente são atingidas pelo Alzheimer.

Assim, a investigadora aconselha a restrição do uso do GPS, desligando-o logo no primeiro regresso de um novo sítio e sempre que se vai para um sítio já conhecido.

A próxima vez que for fazer domicílio a casa do JS, doente meu que não sabe quem é e está acamado há 10 anos, vou anunciar-lhe esta brilhante descoberta.

Embora eu tenha quase a certeza que o JS nunca usou um GPS na vida…

Uma bica contra a demência

Eu não dizia?…

Este fim-de-semana foi divulgado um estudo, realizado por investigadores portugueses e franceses, segundo o qual o consumo moderado de café pode prevenir o aparecimento de perturbações da memória, sobretudo nas mulheres.

Parece, assim, confirmar-se o que já se pensava: o café previne o Alzheimer e a doença de Parkinson.

E mais: pode também ser responsável pelo atraso no aparecimento de diabetes tipo 2, tendo também um efeito positivo na prevenção dos cancros do cólon e da próstata, melhorar os estados depressivos, a atenção, a memória e a concentração – embora, provavelmente, não tudo ao mesmo tempo.

Ora, juntando isto ao que escrevi no post anterior, vamos mas é todos para a praia, apanhar sol, comer sardinhas e beber bicas!

Sol, salmão & sardinhas

No 2º Congresso Ibérico de Medicina Anti-Envelhecimento, o especialista norte-americano, Michael Holick afirmou que “a vitamina D pode salvar a vida e todos dependemos dela”.

Segundo Holick, quem não consumir vitamina D fica sujeito aos cancros da mama, da próstata e do cólon, a enfartos do miocárcio, demência, esquizofrenia, osteoporose, osteomalácia e raquitismo, embora, provavelmente, não a tudo isto ao mesmo tempo…

Ora, onde se pode obter vitamina D em doses generosas e à borla?

Isso mesmo: expondo o nosso maravilhoso corpo ao sol, sem usarmos protector solar.

Pagando um pouco mais, também podemos obter vitamina D comendo salmão e sardinhas.

Portanto: abaixo o cancro da pele, toca a apanhar sol sem protector! que se lixe a acumulação de metais pesados, vamos mas é comer salmão à fartasana! fora com essa história dos peixes raimosos, embora emborcar sardinhas à la gardére!

Ainda hei-de ver cientistas defendendo sex, drugs & rock and roll…