“Lucy à beira-mar”, de Elizabeth Strout (2022)

Elizabeth Strout criou duas personagens muito bem conseguidas: Olive Kitteridge (Olive Kitteridge (2008) e A Segunda Vida de Olive Kitteridge (2019) e Lucy Barton (O Meu Nome é Lucy Barton (2016), Tudo É Possível (2017), Oh William! (2021) .

“Lucy à Beira-Mar” é já o quarto livro que lemos com esta personagem. Trata-se de uma escritora com algum sucesso, que nasceu muito pobre, mas que vive agora confortavelmente devido ao êxito dos seus livros. No entanto, não esquece a sua infância e a sua relação com os pais, já falecidos, e os irmãos, não é fácil. Parece que Lucy tem alguma vergonha do êxito que alcançou e os seus familiares, por seu lado, invejam-na.

A acção deste livro decorre em plena pandemia de covid 19, numa altura em que o número de casos positivos em Nova Iorque era enorme. Para fugir ao covid, Lucy aceita a sugestão do ex-marido, William, para irem viver para uma pequena vila no Maine, onde o covid parece não ter chegado, por enquanto.

Tal como acontece nos restantes livros em que Lucy é a protagonista, vamos sabendo pormenores do dia-a-dia dela, do marido, das filhas de ambos, de alguns amigos. Lucy faz considerações sobre as coisas da vida, sempre com uma linguagem muito simples e directa.

Um livro que é uma boa companhia.

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