A tia de Louçã

No debate quinzenal, na Assembleia, Louçã disse que Sócrates, de debate para debate, estava “cada vez mais manso”.

Sócrates fez cara de poucos amigos e murmurou qualquer coisa.

Como não falou para um telemóvel, os jornalistas tiveram que recorrer à ajuda de um tipo que é capaz de ler nos lábios, para perceberem o que o primeiro-ministro disse, em resposta à provocação de Louçã:

– Manso é a tua tia! – foi o que ele disse.

Ora como é costume chamar “manso” aos bois, acho que Sócrates até foi moderado, pois poderia ter respondido, com toda a propriedade: “Manso és tu, meu ganda boi!”. E eu teria aplaudido!

Ou poderia, ainda, ter dito algo deste género, que seria, provavelmente, a minha escolha: “mansa é a zona genital da tua tia!”

Utilizava, assim, o eufemismo “zona genital”, em vez do termo mais corrente, porque se encontrava na Assembleia da República e ainda vai tendo algum respeito pelos deputados da Nação.

E é assim que a tia de Louçã entra na política portuguesa. Pela porta grande.

6 thoughts on “A tia de Louçã

  1. O Sócrates deve estar a chegar àquele ponto em que, todos os dias de manhã, se pergunta porque raio se meteu nesta encrenca. Creio que se tivesse os mesmos amigos que o Barroso, já lá estava.

  2. Penso sinceramente que o Socas e dos menos culpados desta salganhada em que se encontra a politica. Quanto a tia do Louça ela pois claro, que deve ser mesmo mansinha, por causa do “Produto” que Louça lhe faculta. Com os contactos que deve ter, deve arranjar coisa da boa

    1. Eu continuo sem entender por que é que toda a gente pode dizer mal do Governo e, particularmente, do Primeiro-Ministro, porque respeitamos a liberdade de expressão, e, se alguém diz bem dos mesmos – ou mal do Louçã, o que vai dar no mesmo -, tem de levar com estas bocas sem sentido nenhum. Dá a sensação de que é politicamente correcto ser contra o Governo e isso aborrece-me.
      Se o «Peter», que nem escrever sabe, acha que está mal o Coiso dissertar sobre a tia do Louçã, que faça o seu próprio blogue e pare de chatear.
      Para servir de nota sobre conflitos de interesse (outra invenção pós-moderna, como se a minha integridade moral e independência de pensamento não valessem por si), fique registado que não conheço o autor do Coiso, não sei o seu nome e apenas sei que mora para as bandas de Lisboa e que somos colegas de profissão pelo que por aqui vou vendo escrito. Não tenho, por isso, outro motivo para me insurgir contra o comentário do «Peter» que não seja achar ridículo que se venha para um blogue de qualidade apreciável criticar apenas porque o que lá é escrito não agrada à Oposição.

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