Este é o sexto romance de Rosa Montero que passa pelos meus olhos. Nascida em 1951, Montero escreve que se desunha, mas é um pouco irregular. Gostei muito de A Louca da Casa (2023), de “A Ridícula Ideia de Não Voltar a Ver-te” (2013), de “O Perigo de Estar no Meu Perfeito Juízo” (2022) e de “Instruções para Salvar o Mundo” (2008); gostei menos de “A Boa Sorte” (2020) e também deste “A Carne” (2016), que terminei hoje.
Este último é um romance mais ligeiro, em que Rosa Montero assume o início da velhice. Nascida em 1951, Rosa teria os mesmos 60 anos que a protagonista do romance, Soledad, uma solitária que se envolve com um prostituto, trinta anos mais novo que ela.
Como pano de fundo, uma das habituais obsessões da escritora: os escritores malditos que, de um modo ou outro, tiveram vidas estranhas e trágicas.
Apesar de ser um romance mais ligeiro, não deixa de ser interessante, embora o final, na minha opinião, seja um pouco atabalhoado.