Em novembro/dezembro de 1973 estávamos em plena crise petrolífera, por causa da guerra israelo-árabe.
As filas para as bombas de gasolina eram a regra e só podíamos pí´r 20 litros por bomba. A 21 de novembro, os jornais noticiavam que a velocidade máxima tinha sido estabelecida nos 100 km/hora na autoestrada (ah! ah! ah!), que terminava ali para os lados de Aveiras de Cima, e 80 km/hora fora das localidades.
No entanto, a principal notícia ficava escondida e tinha a ver com os estudantes universitários.
Um decreto-lei determinava que as Universidades podiam recusar a matrícula a estudantes.
E porquê?
Porque tinham tido más notas? Porque não tinham conseguido a média necessária para entrar na Universidade?
Parece que não.
As Universidades podiam recusar a inscrição de estudantes que “justificadamente fossem considerados como prejudiciais í disciplina dos estabelecimentos”. (notícia de 25/11/1973)
Cerca de um mês depois, a 12.12.1973, o jornal República noticiava que a Faculdade de Letras tinha suspenso dez alunos e que no Instituto Superior Técnico, dois estudantes tinham sido presos depois da polícia ter invadido a sala de alunos.
E ainda há quem queira 300 salazares!…