De Évora a Mértola e voltar

Évora nunca cansa.

Sabe sempre bem passear pelas ruas estreitas, de paralelepípedos, entrar no frio das igrejas, contornar as muralhas.

A Pousada dos Lóios, apesar do preço, pode ser uma boa base para explorar a cidade e ir mais ao sul.

Mas antes, passar por Mora para ver o excelente Fluviário, único da Península Ibérica e que é uma grande ideia da Câmara Municipal.

O Fluviário recria um rio, desde a nascente até à foz, com as várias espécies de peixes, batráquios e outros animais que não sabem viver sem a água de um rio.

Numa sala à parte, alguns aquários com espécies exóticas, do Amazonas e de África.

Na imagem, o esturjão – um peixe famoso pelas suas ovas e que nunca tinha visto ao vivo. E não é que o esturjão é branco?!

Já em Évora, rever o templo de Diana, que muda de cor conforme o sol, a Catedral, cuja visita é paga, a Praça do Giraldo, onde comemos castanhas assadas,  a Messe dos Oficiais, onde agonizei durante um ano, as Portas de Moura, as janelas com cortinas de rendinhas, os velhotes de boné a galarem as jovens estudantes e lojas do chinês por todo o lado.

Depois, rumar a Mértola.

Graças ao trabalho de Cláudio Torres e da sua equipa, as diversas camadas de Mértola estão bem preservadas, desde os tempos romanos de Myrtilis e islâmicos de Martulah.

A igreja, que foi mesquita. O castelo. A Torre do rio. O Guadiana, muito castanho, correndo lá em baixo.

Pena alguns edifícios mais modernaços, pintados de amarelo, a estragar o cenário branco das casas caiadas.

Comer migas numa tasca chamada assim mesmo: Migas.

Passar por Serpa, na margem esquerda do Guadiana.

Mais uma vila antiga, com uma cerca mandada construir por D. Dinis. A igreja matriz também tem dedo islâmico. A Torre do Relógio e mais um castelo.

E Moura que, como o nome indica, não esconde a influência árabe, nomeadamente, na igreja matriz.

O castelo está em mau estado, safando-se a Torre, por pouco.

De regresso a Évora, dar um pulo ao Cromeleque dos Almendres, apesar da chuva.

São 4 km de estrada de terra batida, mas vale a pena ver este conjunto de 95 menires, dispostos em círculo.