Viva a República!

Nunca tive dúvidas!

República sim, monarquia não!

Foi na República, jornal, que publiquei os meus primeiros textos.

Foi com a República, jornal, que iniciei a minha aprendizagem política.

E foi na República, restaurante da baixa de Faro, que comi uns divinais filetes de polvo com uma saborosa e perfumada açorda – e eu nunca gostei de açorda!

Aconselho vivamente a experiência!

100º post no Já Lá estive

O meu blog de viagens – Já Lá Estive – chegou aos 100 posts, relativos a 32 países: Portugal, Espanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Bélgica, Suíça, Alemanha, Suécia, República Checa, Eslováquia, Áustria, Grécia, Marrocos, Quénia, Cabo Verde, Egipto, Costa Rica, Brasil, Argentina, Chile, Austrália, Polinésia Francesa, Índia, China, Peru, Uruguai, Chile, Estados Unidos e Canadá.

Podem visitá-lo – não pagam mais por isso…

As praças fortes do leste

Cidadelas medievais, dos séculos 12-13 ou fortalezas levantadas nos séculos 17-18, para proteger a fronteira das eventuais invasões castelhanas, e não só.

Começam lá em cima, junto ao Douro, com Castelo Melhor, e vêm por aí a baixo: Penedono, Castelo Rodrigo, Marialva, Trancoso, Almeida, Celorico da Beira, Linhares, Guarda, Castelo Mendo, Belmonte, Sortelha e Sabugal.

Visitei todos estes locais recentemente e disso vou dando notícia no meu novo blog de viagens Já Lá Estive.

Granito beirão

Fim-de-semana para revisitas.

Que diferença, em relação aos anos 80! Estradas óptimas, terras cuidadas, vilas e cidades preservadas. Os portugueses dizem mal de quê? Deles próprios, claro.

As curvas e contra-curvas do Luso já não fazem vomitar ninguém.

O Hotel do Buçaco foi, em tempos, um extravagante pavilhão de caça do rei D. Carlos. É uma mistura de estilo manuelino com muitos rodriguinhos. Pergunto-me quantas vezes terá lá ficado D. Carlos. Depois, admiraram-se quando a República chegou, de repente…

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O Hospital de S. Teotónio, em Viseu, foi transformado em Pousada. Projecto de Gonçalo Byrne. Aprovado.

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Viseu não se visita numa tarde. Mas pode-se tentar. O Parque Aquilino Ribeiro, a cava do Viriato, a imprescindível Rua Direita, que mantém comércio que já não se vê.

Almoço competente na Casa dos Queijos: arroz de feijão com tiras. Saboroso.

A fachada da Sé de Viseu é do século 17, mas antes, já aqui terá existido uma fortaleza romana. O granito domina.

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Lamego não se visita numa manhã. Mas pode-se tentar. A torre de menagem, erguendo-se no casario. Nossa Senhora dos Remédios, uma espécie de Bom Jesus mais modesta. As bôlas, claro.

A fachada da Sé de Lamego, c0m alterações dos séculos 16 e 18, parece estar a esboroar-se.

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O castelo de Penedono é do século 12 e é a definição da palavra “medieval”. Pode-se andar lá por dentro e subir às torres. Em frente, o pelourinho. Em redor, as casas de granito, recuperadas. Uma aldeia medieval recriada.

A estalagem oferece, para almoço, filetes de polvo com migas de feijão frade. Excelente!

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Ao fim da tarde, Sernancelhe. A igreja matriz também é do século 12. Mais granito.

Em todas estas vilas e cidades, o dinheiro dos contribuintes foi bem gasto pelo chamado Poder Local.

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Finca de Mariposas e Café Britt

A Finca de Mariposas fica em La Guacima, na província de Herédia, a cerca de meia hora de San José.

Desta finca partem, para todo o mundo, casulos de mais de 40 espécies de borboletas – e os casulos são surpreendentes, parecendo pequenos objectos de ourivesaria, sobretudos os das Morpheus e os das Monarcas.

No jardim, todo coberto de rede, as borboletas voam por todo o lado e põem os ovos em plantas preferidas (cada espécie tem a sua planta); os ovos são recolhidos diariamente e colocados numa espécie de maternidade/infantário, onde se acompanham as diversas fases da vida de uma borboleta.

Numa salaao lado, mulheres procedem à escolha dos casulos – só os melhores servem para exportação.

A Costa Rica tem mais de mil espécies de borboletas, mais do que todo o continente africano.

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No Café Britt, a visita é conduzida por três actores que nos contam a história do café, desde a semente à chávena.

A visita começa na quinta, junto aos cafezeiros, mas acaba num pequeno anfiteatro, onde os actores contam um pouco a história do café, desde que foi descoberto, na Etiópia, até á sua introdução nas grandes cortes europeias e, depois, a sua chegada à Costa Rica. Interessante e divertido.

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Parque Nacional Manuel António

Inaugurado em 1972, este Parque Nacional com nome de conquistador espanhol, tem praia de um lado e floresta do outro.

Apesar de ser o parque mais pequeno do país, com apenas 16 km2, tem uma biodiversidade notável.

A estrela do Parque é a preguiça, animal que parece rir-se do facto de ser pré-histórico e nunca ter feito nada por isso, mas também se vêem macacos uivadores e de cara branca, caranguejos terrestres, pássaros diversos, iguanas, morcegos e insectos estranhos.

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De Monteverde a Manuel António

O Interbus faz a ligação entre os vários hotéis dos vários lugares turísticos da Costa Rica. São carrinhas com 9-11 lugares, o que torna as ligações mais rápidas e baratas.

O interbus que nos foi buscar de Monteverde até ao Hotel El Parador, em Manuel António, demorou 4 horas, a primeira hora das quais numa estrada incrível, de terra batida, cheia de buracos e pedras rolantes, montanha acima, montanha abaixo.

Pelo caminho, vimos um tucano de bico arco-íris, araras lindíssimas, uma iguna no meio da estrada, indiferente ao trânsito, e, finalmente, o Pacífico, com praias a perder de vista.

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Manuel António fica 6 km depois de Quepos, no cimo de uma colina que domina o oceano.

Ao longo da íngreme colina, outra vez com estrada de terra batida, hotéis, lodges, pensões, cabinas, apartamentos, um frenesim de construção que acaba por transformar este local paradisíaco num frenesim turístico.

O hotel El Parador é espectacular e é só é pena que tudo isto seja construido à custa da destruição da floresta.

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