Ataques de Asma

A mulher do líder sírio chama-se Asma. Como a doença.

É jovem e bonita e muito ocidentalizada.

Sarkozy, cuja mulher, Carla Bruni, tem a mesma idade que Asma, dizia que, se Assad tinha uma mulher assim, não podia ser completamente mau.

E afinal, Assad bombardeia os seus próprios concidadãos, mata indiscriminadamente, tortura, está-se borrifando para os direitos humanos e não olha a meios para manter a sua ditadura.

E Asma, o que faz?

Nada.

E era suposto fazer alguma coisa, só porque é gira e usa maquilhagem e veste bem?

E acredito que se Asma tivesse, digamos, um ataque e se indignasse publicamente, o marido tratar-lhe-ia da saúde…

Salazar branco ou tinto?

O Público de hoje dedica duas páginas à história do possível lançamento de um vinho de marca Salazar.

Claro que a ideia é um completo disparate.

É como se os alemães lançassem uma salsicha de marca Hitler, os chilenos escolhessem Pinochet para marca de um cabernet sauvignon, os espanhóis fabricassem um queijo de marca Franco ou os italianos produzissem pizzas Mussolini.

Mas o presidente da câmara de Santa Comba Dão não percebe a razão da polémica.

Do alto da sua elevada cultura, diz que nunca sentiu “pinga de curiosidade” pelo ditador e que só recentemente leu alguma coisa sobre ele, por dever de ofício!

E acrescenta, douto: «mas passa pela cabeça de alguém que eu queira vender a ideologia? Eu quero é vender o vinho!»

Nisto, estamos de acordo porque Lourenço, apesar de ter sido eleito pelo PSD (ou por isso mesmo…), não deve ter um grama de ideologia naquela cabeça!