Quinzena de Dança de Almada

A Companhia de Dança de Almada organiza a 19ª Quinzena de Dança, que decorre até 15 de Outubro.

Financiada pelo Ministério da Cultura e pela Câmara de Almada, a Companhia, com a direcção de Maria Franco, tem desenvolvido um trabalho notável e os 19 anos da Quinzena de Dança são prova disso mesmo.

Como é habitual, o programa deste ano engloba apresentações de muitos países. Este ano, estarão presentes bailarinos da Bélgica, Colômbia, Croácia, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Hungria, Israel, Itália, Polónia, Reino Unido, República Checa, Suíça e Portugal.

Ontem, fomos assistir ao Programa 3.

Primeiro, de Espanha, “Trio/Ninguno”, com coreografia de Tatiana Clavel e Santi de La Fuente, e interpretação de Eric Chlench, Juana Varela e Santi de La Fuente, com música de Victor Ballester.

Seguiu-se, da Polónia, “Small study about the body”, com coreografia e interpretação de Katarzyna Sitarz.

O espectáculo continuou com “Foulplay”, da italiana Compagnia Zappalà Danza, com coreografia de Roberto Zappalà e interpretação de Daniela Bendini, Fernando Roldan Ferrer e Paola Valenti, com música de Chopin.

E, finalmente, de Israel, “White”, com coreografia de Or Marin e interpretação de Or e Stav Marin, com música de Igor Krutogolov, Dave Phillips e Bach.

Todo o espectáculo me agradou, mas tenho que destacar a segunda e terceira peças; “Small study about the body”, pela sua originalidade e “Foulplay” pela capacidade de reinventar os Prelúdios de Chopin.

No próximo dia 1, lá estarei de novo.

Dança em Almada

A Companhia de Dança de Almada existe há 18 anos e, antes disso, a professora Maria Franco ensinou bailado a milhares de jovens almadenses na Academia Almadense, entre elas, a minha filha Marta que, entre os 6 e os 18 anos, por lá andou, com entusiasmo e dedicação.

Durante esses anos fui um espectador mais ou menos assíduo de dança, mais como pai orgulhoso do que como espectador interessado – embora algumas produções da Gulbenkian me tenham transformado num quase-fã de dança moderna (naquela altura, dançar canções de Tom Waits era o suficiente para me conquistar…)

Há alguns anos que não assistia a um espectáculo de dança mas hoje a Marta convenceu-nos e fomos ao Auditório Lopes Graça e, a troco de míseros 6 euros cada um , assistimos ao 4º Programa de Dança, integrado na 18ª Quinzena de Dança de Almada, organizada pela Companhia.

Assistimos a 5 obras, das quais tenho que destacar a primeira, “Inside Out”, com coreografia e interpretação da bailarina húngara Anna Réti, e a segunda, “Absence”, com coreografia do francês Éric Oberdroff e interpretação de Audrey Vallarino e Gildas Diquero.

De vez em quando, sabe bem…

Mais marrachos almadenses

E já que estamos em maré de mamarrachos, aqui vão mais três.

O primeiro é o Monumento ao Tétano, como lhe chama o Pedro e está no Parque da Paz, a atrapalhar os ciclistas e os atletas em geral; por baixo, tem uma espécie de piscina, que nunca teve água, e que é excelente para as criancinhas cairem lá dentro. A foto é favorável ao monstro, porque está em contra-luz e parece que aquilo se confunde com as árvores. Não confunde. É mesmo uma aberração ferrugenta.

mamarracho4

A segunda foto é dos Cubos Retorcidos, que foram plantados no meio da rotunda do Centro Sul. O que vale é que um gajo vai tão concentrado a conduzir que nem repara nesta coisa piramidal.

mamarracho5

Finalmente, por hoje, o 3º mamarracho, numa rotunda da Trafaria, uma espécie de escorrega para masoquistas.

mamarracho6

Mamarracho

mamarracho

Numa rotunda, no Monte de Caparica, onde havia um verdejante relvado com algumas árvores já frondosas, ergue-se agora o Mamarracho.

É um incrível monumento ao operário da construção naval.

Quase indescritível: no centro, parece haver a proa de um navio em construção, depois, uns carris sulcam o chão, cheio de cascalho; mais atrás, um guindaste; num dos cantos, três hélices no topo de umas estacas; noutro canto, uma hélice maior, em cima de um cubo de cimento.

Tudo cor de ferrugem, feio, agreste.

Mamarracho!

Ainda não foi inaugurado.

A Maria Emilia de Sousa, presidente da Câmara de Almada desde a Idade Média (que exagero! Desde a 1ª República…), deve estar à espera da campanha eleitoral das autárquicas para inaugurar o Mamarracho.

Só por isto devia perder as eleições!