Sexo por votos

Leio, no Sol, que Tânia Derveaux, candidata ao Senado da Bélgica, promete 40 mil relações sexuais a quem votar nela, “numa campanha de protesto contra as promessas eleitorais exageradas”.

Fui à procura do site da Tânia e está aqui: http://www.nee-antwerpen.be/index-eng.htm.

Afinal, o que a Tânia oferece, em troca dos votos, é um broche (blowjob é isso mesmo, não é?).

Ora aqui está uma ideia que podia animar a campanha pela Câmara de Lisboa.

Cada candidato poderia oferecer, aos seus eleitores, aquilo que sabe fazer melhor. Tania faz broches e vamos supor que os sabe fazer bem. Portanto, é isso que ela oferece aos eleitores, em troca de votos.

Seguindo o exemplo da menina Derveaux:

António Costa podia oferecer combates a incêndios. Sempre que uma dona de casa tivesse a fritadeira a arder, telefonava ao Costa, que mandaria lá a casa uma corporação de bombeiros, só para ela.

Fernando Negrão, com aquele seu ar vagamente sedutor de ex-inspector da Judiciária, oferecia investigações, com aquelas luzes azuis para detectar manchas de esperma e aqueles pincéis tóteis para detectar impressões digitais.

Telmo Correia, assim de repente, não sei se sabe fazer alguma coisa bem feita, mas, pelo seu ar, talvez pudesse oferecer botões de punho ou assim.

A arquitecta Helena Roseta, está-se mesmo a ver, que podia oferecer maquetas para a marquise ou para o anexo, a todos os moradores de Camarate e Chelas que votassem nela.

Manuel Monteiro oferecia discos da Dina, que é aquela cantora com escoliose que, desde o século XVIII, compõe os hinos de todas as agremiações a que Monteiro preside.

Gonçalo da Câmara Pereira também iria para os discos, de fado, claro.

Ruben de Carvalho e Sá Fernandes teriam pouco para oferecer, em troca dos votos, mas talvez se arranjasse uns autocolantes e umas bandeirinhas, ou mesmo umas canetas com a efígie do Che (ainda ontem comprei uns chinelos com a cara do Che estampada; agora, ando com o Che a meus pés…).

Enfim, não seria tão divertido como trocar felacios por votos, mas podia ser que animasse a malta – que é o que faz falta, caramba!

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