Quartos de final, à rasca

Não podia ser fácil. Aliás, não se esperava que fosse fácil, mas também não era preciso ser assim tão complicado.

Ontem, a selecção de futebol ganhou 1-0 à Holanda e passou aos quartos de final do Mundial. Mas com que sofrimento!

O jogo foi um retrato do nosso país: à rasca, sempre à rasca!

A primeira parte até correu bem: Maniche marcou um bom golo e a Holanda parecia mais ou menos controlada.

Mas, pouco antes de terminar a primeira parte, o Costinha decidiu fazer uma patetice: meteu a mão à bola, a meio do campo, sem necessidade nenhuma e, como já tinha um amarelo, foi para a rua.

E a equipa começou a segunda parte à rasca.

Como bons portugueses, lá se foram desenrascando e, quando o árbitro expulsou um holandês, as coisas tornaram a ficar equilibradas. Mas o árbitro russo estava com a mão leve (mostrou 20 cartões amarelos e 4 vermelhos!) e expulsou o Deco.

Os holandeses, novamente em superioridade numérica, carregaram. Houve bolas à trave, defesas difíceis do Ricardo, falhanços incríveis dos avançados holandeses e um enrascanço cada vez maior.

Mas, como bons portugueses, os nove sobreviventes da selecção, lá se foram desenrascando e até poderiam ter marcado um segundo golo.

No último minuto do jogo, outro holandês foi para a rua e ficaram nove contra nove e Tiago teve a possibilidade de marcar um golo porque, pelos vistos, a bagunça, em campo era tal, que todos se esqueceram dele e o tipo foi por ali fora, em direcção à baliza, sem que ninguém o travasse. Acabou por perder a bola porque, penso eu, também ele achou que havia qualquer coisa de errado.

O jogo acabou e foi um alívio nacional!

Portugal está nos quartos de final e vai defrontar a Inglaterra.

Mas à rasca, sempre à rasca.

É a História de Portugal.

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