Outra camioneta!
Pelos vistos, o tipo tem duas camionetas e decidiu que este pedaço de passeio da Avenida 25 de Abril é só dele, aos fins-de-semana.
Durante a semana, pudemos caminhar pelo passeio, como pessoas normais. Hoje, porque é sábado, lá está a puta da camioneta a ocupar o passeio. Não é a mesma das fotos anteriores, como se comprova pela matrícula, mas o estilo de estacionamento é igual: ocupa o passeio porque tem direito a isso!
Claro que, da Câmara de Almada, ainda ninguém respondeu e já lá vão duas semanas. Desta vez, vou enviar um mail para a presidente Maria Emília.
“The Closer” – 2ª série
Esta é uma daquelas séries em que a protagonista tem mais importância que o argumento. Com efeito, os argumentos dos episódios podem, por vezes, ser um pouco fracos, mas Kyra Sedgwick construiu uma personagem que vale pela série toda. Aliás, Sedgwick ganhou o Globo de Ouro deste ano para melhor actriz em série dramática.
E claro que está muito bem acompanhada, nomeadamente por J.K. Simmons (o chefe Will Pope, seu superior hierárquico e ex-amante), Robert Gosset (o comandante Taylor, que não a pode ver, nem pintada), G. W. Bailey (tenente Provenza), Anthony Jonh Denison (detective Andy Flynn, sempre de palito na boca), e todos os restantes secundários.
A 2ª série mantém o nível de qualidade da primeira, mas Kyra está ainda melhor no papel da deputy chief Brenda Lee Johnson, altamente desorganizada na sua vida privada, mas infalível, na descoberta dos criminosos. E, quase sempre, são pequenos acontecimentos paralelos, que nada têm a ver com o crime em investigação que lhr dão a chave para o problema.
4 meses sem fumar
A ausência de cigarros já não me faz diferença nenhuma. Sinto-me mais livre: quando fumava, estava sempre í espera do intervalo para poder fumar; sem dar por isso, um tipo organizava a vida, de modo a arranjar maneira de poder fumar um cigarrinho – isto, claro, desde que se descobriu que o tabaco fazia mal í saúde (todos nós nos lembramos do tempo em que toda a gente fumava em todos os lugares e ninguém questionava esse facto…)
Claro que tenho algumas saudades, mas o luto está quase feito.
Agora, surgiu a notícia de que o Champix poderá ter, como efeito secundário, o aparecimento de ideias suicidas. É irónico – um fumador é, por definição, um suicida; um suicida lento, mas um suicida.
Recebi, entretanto, uma série de comentários sobre esta notícia (ver “30 dias sem fumar“). Claro que toda a gente que está a tomar Champix, ficou muito preocupada. Não vale a pena, meus amigos. Passo a explicar:
– se são (ou eram) fumadores, têm tendências suicidas há muito tempo
– se, ao tomarem Champix, sentirem que a vontade de acabar com a vida cresce, de dia para a dia, desistam do medicamento e voltem a fumar; o resultado será o mesmo, isto é, acabarão com a vida
– em último lugar, fiquem com este pensamento: esta notícia (o Champix pode provocar ideias suicidas), não será resultado do lobby da Tabaqueira?
De qualquer modo, estou há 4 meses sem fumar, sinto-me bem e tenciono continuar assim.
Alberto Luis – o prolixo
E assim, de repente, um Alberto Luís inundou-me de comentários. Habitualmente, não ligo. Democraticamente, apago-os. Foi o que fiz, aliás, mas guardei um, apenas para dar o tom.
Aqui vai:
«o crime que constitui todo um conjunto de leis avulsas que tem desde há uns tempos para cá tem propiciado e mais, incentivado a desertificação humana de todo o interior de Portugal; deste modo, e com uma postura dos portugueses nunca antes vista, políticos ignorantes, gestores danosos, decidiram í revelia de mais de oito séculos da nossa história, a destruição de usos, costumes, formas de ser e de pensar há muito enraizados no povo português. Desnorteados, espezinhados e agredidos no que têm de melhor, abandonam o país, fogem para as cidades, tornam-se verdadeiros treinadores de bancada, morrem, da mesma forma que pouco a pouco vemos morrer tantas aldeias, vilas e cidades de todo o interior português. Por S. Jorge que morremos aqui a ver fechar, todos os dias Escolas, Centros de Saúde, Maternidades sem nada podermos fazer. Cabe a cada um de nós saber exercer as suas funções de cidadania contra esta classe politiqueira escabrosa e incompetente, contra todos os adeptos da globalização, contra o novo riquismo rasca, e fundamentalmente contra todos aqueles que desistem de lutar mesmo antes da guerra estar perdida, pois que o pior ainda pertence ao futuro. Fiquem com esta: atenção aos meios de comunicação, transmitem uma doença incurável: a apatia generalizada. Defendo a luta diária e contínua contra os cabotinos e quejandos que alastram como fogo por pasto ressequido. Como, sabiamente, dizia a minha mãe: os lobos não se comem uns aos outros. É bem português viver a única vida que temos de cabeça levantada. Não posso compreender que todo um Povo se ajoelhe perante um tiranete compulsivo e rancoroso. Aonde estão os descendentes dos guerreiros que ajudaram Afonso Henriques na tomada de Lisboa, aonde param os guerreiros de Aljubarrota e os homens do mar quinhentistas que deram novos Mundos ao Mundo? Saiam das vossas tocas e enfrentem as novas muralhas e o novo mar que se a levanta mesmo á nossa frente, a cada segundo, a cada minuto e nos tolhe o avanço com golpes vis e cobardes, menosprezando o que há de mais sagrado na vida humana: viver em liberdade com dignidade. A qualquer preço, a lógica economicista sobrepõe-se á dignidade do ser humano com a pobreza e o desemprego a dispararem em flecha. Entretanto as classes mais favorecidas vivem numa escandalosa opulência, í revelia de todas as regras morais, menosprezando os princípios mais elementares de uma saudável convivência humana. Aonde Estás meu querido Jesus? Será que abandonas-te o homem á sua triste sina? Ao homem cabe refazer o caminho que certos indivíduos por ignorância ou por malvadez querem em muito pouco tempo destruir.»
Os restantes comentários do A.L. são do mesmo teor: extensos e multitudinários e, muito sinceramente, não sei por que razão A.L. quer partilhar comigo estes profundos pensamentos.
Acalme-se, Alberto Luís.
Vivam os passeios rebaixados!
É uma das grandes conquistas das obras do Metro Sul do Tejo. Os passeios rebaixados facilitam a vida aos cidadãos com deficiência, mas, sobretudo, í malta que quer estacionar os seus carrinhos em cima do passeio e não quer dar cabo das jantes.
Exemplo 1:
Exemplo 3:
Exemplo 4:
Exemplo 5:
Obrigado, Câmara de Almada!
Sócrates de volta í santa terrinha
Foram 6 meses de grandes andanças por essa Europa fora, terminando com o frenesim da Cimeira com os dirigentes africanos e com a assinatura do Tratado de Lisboa.
Sócrates não parou! E foi vê-lo a dar grandes abraços ao Sarko francês, sonoras beijocas í alemã Angie, tratar tu-cá, tu-lá com os grandes dirigentes, quer da Europa, quer de ífrica, como Kadhafi, esse grande ex-terrorista, agora mais bonzinho.
Há dois níveis de leitura destes acontecimentos: ter sido o governo português a organizar a cimeira com os dirigentes africanos e passar a existir um Tratado com o nome de Lisboa, não deixa de prestigiar o nosso país (primeiro nível de leitura), mas para que raio é isso serve (segundo nível)?
Agora, querem que a malta referende o tal Tratado. Para quê? Qual é a alternativa? Sair da União Europeia? Voltar ao escudo?
E como posso eu votar (a favor ou contra) se não faço a mínima ideia do que é o Tratado de Lisboa – e, muito sinceramente, não estou interessado em saber?
No fim do mês, Sócrates deixa de ser o grande líder da Europa e vai voltar í terra.
E tem já um grande desafio pela frente: explicar por que escolheu a Dulce Pontes, a gritar a Canção do Mar e a dar aos braços, qual gaivota etilizada, para abrilhantar a cerimónia da assinatura do Tratado.
Porque hoje é sábado
E porque hoje é sábado, lá está a puta da camioneta a ocupar todo o passeio em frente í minha casa!
Ainda não descobri quem é o dono da camioneta, mas suspeito que more no mesmo prédio que eu e que desconheça o meu site, caso contrário, já tinha vindo tocar í minha campainha…
Como prometi, tenho enviado todos os dias, um mail para a Câmara de Almada, para o vereador da mobilidade, com a fotografia da camioneta mas, até agora, ainda não recebi qualquer resposta.
Mas como hoje é sábado, os automobilistas pensam que os transeuntes podem voar, em vez de andarem pelos passeios.
Então, agora, que os passeios estão rebaixados em frente í s passadeiras para peões, é ainda mais fácil subir para os ditos, como é o caso deste carro todo modernaço, também parado junto ao meu prédio.
Portanto, quem venha de Cacilhas, a subir a 25 de Abril, a empurrar um carrinho de bebé, por exemplo, quando chega í quele passeio, tem que se desviar da camioneta, passando por baixo da arcada do prédio, onde o passeio tem vários degraus. Depois, ao retomar o passeio, tem que se desviar do carro modernaço, para poder continuar a subir a avenida.
E já agora… a vida também não está fácil para certos e determinados automobilistas, nomeadamente aqueles que têm a estúpida mania de cumprir as regras. Logo na ruazinha abaixo do meu prédio, os senhores da Betel (uma instituição que ajuda pobres e necessitados, segundo apregoam), decidiram que uma das faixas de rodagem é para estacionamento, e toca de estacionarem ali uma das suas camionetas. Portanto, quem vier da direita, em direcção í 25 de Abril, só tem é que contornar a camioneta da Betel, passando para a outra faixa – isto, se não vier outro carro em sentido contrário, ou se não estiver um estacionado, também na faixa de rodagem, em frente í casa que vende baterias.
E agora, vou enviar esta texto para o senhor vereador, a ver o que é que ele diz…
“Proibido!” – de António Costa Santos
António Costa Santos (ACS, como eu), escreve com graça. Mas, mesmo que não escrevesse, as proibições que ele recorda são, por si só, um fartar de rir.
É que, durante o Estado Novo, era proibido, por exemplo: usar biquíni, acender um isqueiro na rua sem licença, ir de míni-saia para o liceu, beber coca-cola, jogar í s cartas nos comboios, dar beijos em público e andar de bicicleta sem licença.
Menos piada tinham outras proibições: ler certos livros, ver certos filmes, comprar certos discos, casar com uma professora e, para uma mulher casada, viajar para o estrangeiro, sem o consentimento do marido!
ACS escreveu uma pequena crónica para cada uma destas proibições e decidiu editar tudo em livro, e fez muito bem.
Suspeito, no entanto, que apenas tipos acima dos 50 anos se sintam tentados a comprar e ler este livrinho, já que a sua leitura fazia muita falta a malta mais nova que anda sempre a dizer que «isto agora está muito pior!»… Pior que quê? Pior que proibir uma mulher casada de viajar para o estrangeiro, sem o consentimento do marido?
Dr. ou DJ?
Alguém sabe quem é a Rita Mendes?
Mesmo que haja por aí alguém que saiba, não interessa muito. Interessa isto, que li na íšnica de sábado passado. A tal Rita Mendes começou a ser DJ há cerca de um ano. Actualmente, cobra mil euros por 3 horas a meter discos.
Quer dizer: basta que a Ritinha trabalhe 12 horas por mês para ganhar o mesmo que eu, que trabalho cerca de 200 horas.
Qual dê-érre, qual carapuça – DJ é que é!