25 de Abril sempre!

“Não se ignora que Dostoievsky, apesar do seu misticismo e fervor religioso, foi um dos deformadores da consciência do povo russo na preparação para o bolchevismo. O romance e o autor são bastante conhecidos entre as classes mais cultas do nosso país para ser necessária a sua tradução. As classes menos cultas, julgo não tirarem qualquer vantagem da sua leitura. Como a tradução deste romance (“Os Irmãos Karamazov”) implica a sua divulgação, entendo ser o mesmo de proibir”.

Esta foi a justificação para a proibição da edição, em Portugal, do famoso romance de Dostoievsky, no tempo de Salazar (citação extraída do livro “Proibido”, de António Costa Santos).

Viva o 25 de Abril!

ER – 8ª série

—Esta é um série de viragem na já longa carreira de Emergency Room, já que alguns dos seus personagens principais desaparecem, de um modo ou outro. Como antes tinha acontecido como Dr. Ross (George Clooney) e a enfermeira Hathaway, agora chegou a vez do Benton e do Dr. Greene, que morreu com um tumor cerebral, aos 38 anos, coitadinho.

Já me disseram que o ER, sem o Dr. Greene, não voltou a ser o mesmo. Vou ver se se confirma.

Entretanto, no que respeita í  série propriamente dita, a qualidade mantém-se, embora com algumas cedências í s audiências (vide o episódio em que a Kerry Weaver faz uma cesariana, praticamente só com as mãos, numa ambulância acidentada, com um cabo a descarregar electricidade sobre a capota do veículo; ou o penúltimo episódio, em que acompanhamos os últimos momentos do Dr. Greene, chatos momentos, aliás, porque o pobre do homem morreu como viveu – chato).

O regresso do Sr. Lopes

— O homem não se enxerga. O homem gosta de ser gozado, vilipendiado, humilhado. O homem não consegue, pura e simplesmente, “andar por aí”, como ele próprio afirmou. Tem que estar na ribalta, tem que aparecer, tem que falar com os jornalistas e dizer, com aquele tom de voz nasalado dos queques, “depois falamos, tá bem?…”

O Sr. Lopes ponderou, reflectiu, falou com os seus botões, aconselhou-se com o travesseiro e chegou í  conclusão que, depois do desastre de Menezes, de que ele, Lopes, foi parte activa, depois do desastre dele próprio, em coligação com o senhor que também aparece na foto, tapando o apêndice nasal – depois de tudo isso, não bastavam as candidaturas do Aguiar Branco, do Patão Antinha, do Qualquer Coisa Neto, do Pedro Passos (com 3 ésses) Coelho e da Manuela Jacinto Leite: a sua candidatura era fundamental para aumentar a confusão no PSD.

Sócrates agradece.

Pode continuar, calmamente, a aprovar decretos-leis, bons ou maus, tanto faz, porque ganhará sempre as eleições, por falta de comparência da Oposição.

Mais Apelidos

Aqui vão mais seis apelidos, cinco dos quais têm graça, sobretudo, pela adjectivação:

– Coelho Salvador

– Grilo Rosado

– Fradinho Salgado

– Cana Verde Rico

– Gaita Grave

– Conceição Cagarelho

Exceptuando o Cagarelho, que não fica nada bem í  Conceição, nem a ninguém, temos um coelho que salva, um grilo cor-de-rosa, um frade que não é insosso, uma cana verde com problemas de concordância no género e uma gaita com sons baixos.

Continuo í  coca…

A namorada de Sócrates e o PSD de Menezes

O novo PSD, o de Menezes, não quer que a jornalista Fernanda Câncio seja contratada pela RTP-2 para fazer um programa qualquer sobre bairros sociais ou coisa que o valha.

E por que será que o novo PSD, o de Menezes, não quer a Câncio na RTP-2.

Porque é má jornalista, tem os dentes podres, é feia como o demo, é malcriadona e diz asneiras a toda a hora?

Não.

O novo PSD, o de Menezes, não quer a Câncio na RTP-2 porque tem «um relacionamento com o primeiro-ministro», segundo disse Rui Gomes da Silva, um dos chefes do novo PSD, o de Menezes, que também já foi um dos chefes do PSD do Sr. Lopes, o Santana.

Fiquei chocado quando li esta notícia. Eu, que pensava que o engenheiro Sócrates, além de ser apenas engenheiro técnico, era, também, um bocado misógino, havendo até, quem tivesse dito, durante a campanha eleitoral, que ele poderia ser homossexual – afinal, tem uma namorada!

Chama-se Fernanda Câncio e Sócrates até já mexeu os cordelinhos para ela ir trabalhar para a RTP e fazer reportagens que hão-de arrastar o Luís Filipe Menezes pela lama e destruir o seu novo PSD.

Se isto não é teoria da perseguição, é conversa de porteiras.

Sem ofensa para as porteiras…

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Jardim sem graça

Alberto João Jardim faz lembrar aqueles cómicos que nos massacram com piadas e graçolas, anos e anos a fio. No princípio, achamos graça e até dizemos que o tipo tem jeito. Passado algum tempo, dizemos que o fulano se está a repetir e que começamos a ficar fartos. Finalmente, já não podemos ver o homem í  frente.

O mesmo se passa com Jardim. Há 30 anos, talvez lhe achássemos graça – agora, até enjoa.

A última de Jardim – sobre o facto de não existir sessão solene da Assembleia Regional, para dar as boas vindas ao Presidente Cavaco, disse: «eu acho bem não haver uma sessão solene, acho que era dar uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa (…). Eu cá não apresento aquela gente a ninguém (…). Acho que isso ia ter repercussões negativas no turismo e na própria qualidade do ambiente».

Não é preciso recordar que o “bando de loucos” a que Jardim se refere, foi eleito pelo povo da Madeira – o mesmo que elege, cronicamente, Alberto João.

Que me desculpem alguns madeirenses, mas têm o dirigente que merecem…