Haverá por aí alguém que se lembre deste disco? E dos King Crimson?
Basicamente, os King Crimson era uma banda do guitarrista Robert Fripp que, ao longo de cerca de 30 anos foi juntando grandes instrumentistas para dar corpo a um projecto que se resume a isto: fazer um rock marginal, infectado pelo jazz, nomeadamente pelo free jazz, e pela chamada música erudita. Para isso, contribuíam os arranjos mais ou menos elaborados, os sopros, as cordas e, sobretudo, o melotron – o sintetizador dos pobrezinhos.
Depois de discos tão importantes como “In the Court of King Crimson” (1969), “In the Wake of Poseidon” (1970) e “Lizard” (1970), e depois da primeira ruptura na banda, que coincidiu com a saída dos Giles (Michael, percussão e Peter, baixo), Fripp juntou-se ao sax de Collins e í percussão de Wallace, e, com a sua guitarra e o seu melotron fez este “Island” que, 37 anos depois continua a ser um grande disco, na minha opinião, desde o instrumental “Sailor’s Tale”, com muito jazz í mistura, í popsong complexa, “Ladies of the Road”, que faz lembrar “Come Together”, dos Beatles de “Abbey Road”, e ao tema mais “erudito”, “Prelude: Song of the Gulls”.
Já não se fazem discos assim…