Politicamente correctos até à náusea

A direcção do semanário Expresso publica uma pequena nota, no que respeita à actuação da polícia no assalto à agência do BES, de Campolide. Depois de quase 9 horas de negociações falhadas, os dois assaltantes continuavam com dois reféns, ameaçando-os com armas apontadas à cabeça. Os snipers do Grupo de Operações Especiais dispararam três tiros. Mataram um dos assaltantes e feriram o outro gravemente. Os dois reféns saíram ilesos.

Diz a nota da direcção do Expresso:

“A operação de resgate dos reféns foi rapidamente elogiada pela generalidade dos observadores e o ministro da Administração Interna apressou-se a enaltecer a coragem da polícia. Muito provavelmente, há razão para aplausos. Mas para que não restem dúvidas de que a PSP negociou como podia e actuou como devia, era bom que fosse aberto um inquérito, por impopular que seja. Afinal, houve um morto.”

Por outras palavras: se os dois reféns tivessem morrido, a direcção do Expresso exigiria, no mínimo, que o director nacional da PSP fosse fuzilado…

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