O último disco de Chico Buarque, “Carioca” (2006), desiludiu-me um pouco. Achei-o morno, sem grande chama e sem uma grande canção que deixasse marca.
Pelo contrário, este “Chico” é um grande disco.
Começa da melhor maneira, com “Querido diário” (hoje pensei em ter uma religião/ de alguma ovelha, talvez, fazer sacrifício/ por uma estátua ter adoração/ amar uma mulher sem orifício) – e termina com a melhor canção do disco, “Sinhá”. São duas cantigas í Chico.
As restantes oito canções são todas muito audíveis, com destaque para “Essa pequena”, um surpreendente “blues” e “Sou eu”, com os jogos de palavras habituais em Chico.
Grande disco, este “Chico”. Já o ouvi várias vezes.