Já que as ondas de calor e a gripe das aves não estão a dar os resultados que a comunicação social esperava, arranjou-se outro tipo de alerta: as antenas de telemóvel, os radares e as linhas de alta tensão.
Pelos vistos, a Direcção Geral da Saúde tinha na gaveta, há 4 anos, um estudo – aliás, inconclusivo – sobre o potencial cancerígeno das linhas de alta tensão e o uso de telemóveis. Em poucas palavras, parece que o estudo apenas conclui que talvez seja aconselhável não deixar as criancinhas usar muito o telemóvel porque, como têm os ossos do crânio mais fininhos, talvez as micro-ondas os atravessem com mais facilidade.
Talvez.
Quanto í s linhas de alta tensão, a coisa é mais complexa. O estudo também não chega a conclusão nenhuma, mas a comunicação social até já descobriu uma localidade, lá para os lados de Guimarães, sobrevoada por cabos de alta tensão e onde o número de casos de cancro parece ser elevado.
Para o Público, no entanto, o grande problema é a alta tesão.
Espero bem que o jornal esteja enganado.
Ter alta tesão nunca fez mal nenhum a ninguém.
Ou também já nos querem privar disso?
A mim nunca me fez mal, não vou deixar que ma tirem!
Deixam coisas tão graves como o cancro assim nas gavetas durante tantos anos, e agora lembram-se disso, porquê?