A fauna e a flora de Tortuguero

A diversidade da fauna e flora do Parque nacional de Tortuguero é enorme e a melhor maneira de a explorar é de barco, passeando lentamente pelos rios e canais, logo pelas 6 da manhã e, depois, ao fim da tarde.

Para além de uma infinidade de pássaros, podemos ver macacos-aranha e macacos-uivadores, saltando de árvore em árvore,  iguanas, insectos estranhíssimos, borboletas, caimões e muitas variedade de lagartos.

No que respeita à flora, surpreende sempre a complexidade das flores.

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Parque Nacional Tortuguero

O Parque Nacional  Tortuguero foi criado exactamente para proteger as praias onde as tartarugas vão desovar, entre Junho e Novembro.

De 1966 a 1974,  foi construído um sistema de canais que ligam, entre si, os rios Colorado, Parismina, Pacuaré, Rebentazon e Tortuguero. Forma-se, assim, uma estrada aquática com cerca de 100 km.

O Parque Tortuguero estende-se, ao longo da costa do Caribe, por 22 km.

Viaja-se de San José até Caño Blanco, já na costa do Mar das Caraíbas, ao longo de 150 km de estrada asfaltada, com muitas curvas e contra-curvas, atravessando o Parque Nacional Bráulio Carrillo, com vegetação luxuriante.

À beira da estrada, uma planta com folhas enormes, é conhecida como “chapéu de chuva dos pobres”, já que cada uma das folhas pode abrigar duas ou três pessoas.

Já perto da costa atlântica, começam as plantações de bananeiras, a perder de vista. Muita floresta tropical tem sido sacrificada para se plantarem bananais. A Costa Rica é o segundo maior exportador mundial de banana e todos nós já vimos o famoso sêlo da Chiquita banana.

Curiosa,  a forma como os trabalhadores transportam os cachos de bananas, desde a plantação até ao local onde são escolhidas e embaladas. Cada homem puxa uma série de cachos, que se deslocam ao longo de um cabo de aço.

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Em Caño Blanco, apanha-se uma lancha que, nos leva até ao Pachira Lodge, através do rio Parismina e dos canais. São 50 km e hora e meia de caminho, seguindo paralelamento ao Caribe, com crocodilos ao fundo.

Tortuguero é uma pequena vila, com cerca de mil habitantes, situada na estreita faixa de terra que fica entre o canal e o Caribe. Claro que não tem estradas, nem carros. Só lá se chega de barco.

Quando se chega a Tortuguero, vindos do canal, o embarcadouro é dominado por uma praça que exibe duas grandes estátuas de um pelicano e de um papagaio; em redor, estátuas mais pequenas de sapos e tartarugas. Mas não são estátuas realistas – são antes representações infantis daqueles animais, pintados com cores berrantes, assim como os bancos e as mesas, também existentes na praça.

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A aldeia de Tortuguero estende-se ao longo de uma única rua, ladeada de casas térreas, de madeira. No ar, um cheiro adocicado (das flores? de alguma erva que faz rir?). Ali à frente, um negro, com a barba bem desenhada (todos usam barbas bem desenhadas, muito cool), deitado numa rede, ouve rap, com o volume sonoro no máximo, acenando para os turistas. Tá-se bem no Caribe!

Muitas lojas de souvenirs, com os mesmos produtos desinteressantes. Dezenas de pássaros cruzam os ares, de árvore em árvore.

Os habitantes de Tortugero, ao fim da tarde, já não têm nada para fazer. Já pescaram, já passearem os turistas, por isso, agora, passeiam eles, ociosos, alguns de bicileta sem travões. Travar para quê? Tudo aqui anda devagar, menos os pássaros, que voam, velozes, por todo o lado.

Alia ao lado, a praia de areia cinzena, vulcânica, é onde as tartarugas desovam.

Agora, não há tartarugas à vista. Apenas o oceano, incessante.

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