Vão-se catar!

Há já alguns dias que estava com vontade de escrever umas coisas sobre a actualidade política portuguesa, a saber:

a) sobre o Orçamento Geral do Estado, que foi aprovado só pelos deputados do PS, com críticas de toda a Oposição. Neste caso, toda a Oposição parece ter estado à esquerda do PS, incluindo o CDS e o PSD. Notável!

b) sobre a Lei das Finanças Locais e Regionais, que fez com que o Jardim ameaçasse o Governo central, insultasse o primeiro-ministro e o das Finanças e sugerisse que ia provocar eleições antecipadas na Madeira. O Alberto João pode dizer o que lhe apetece, que nada lhe acontece. Um bom exemplo para a democracia. Nunca me preocupei com “o povo da Madeira”. E cada vez menos… tem o que merece…

 c) sobre o caso dos terrenos de Marvila, por onde vai passar o TGV, que foram licenciados pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, sabendo, antecipadamente, que o comboio ia passar por ali. Agora, o Estado vai ter que pagar uma indemnização aos promotores imobiliários que, assim, vão ficar com os bolsos cheios, sem terem mexido uma palha. Ao Carmona, nada lhe acontece – a menos que seja nomeado administrador da empresa imobiliária, quando for apeado da Câmara.

d) sobre as manifestações dos estudantes do secundário, contra as aulas de instersubstituição, onde jogam dominó e cortam as unhas. Os professores rejubilam e não se importam com o facto de esta atitude dos alunos só demonstrar a incapacidade dos professores. Não são capazes de fazer mais nada senão pôr os miúdos a jogar dominó? É como se eu, médico, quando substituo um colega, dissesse ao doente: “desculpe, mas vai ter que ser o senhor a auto-medicar-se, porque o seu médico faltou”.

e) sobre a palhaçada do José Veiga e do João Pinto e de toda a comunicação social ter dado tanta ênfase ao caso e ninguém se questionar: como é que os direitos desportivos de um jogador medíocre como o João Pinto, valem 4,6 milhões de euros?!

f) sobre o facto do CEMFA, Mendes Cabeçadas, dizer que acha que o Governo deve revogar a lei que o Paulo Portas inventou para dar umas coroas a todos os ex-combatentes da guerra colonial – lei que foi aprovada por unanimidade, no Parlamento. Não há dinheiro para toda essa malta que andou os tiros no Ultramar, mais os que andaram a beber cervejolas em Luanda. Por que não indemnizar as famílias dos soldados que foram à 1ª Guerra Colonial? E quanto aos descendentes dos falecidos na batalha de Aljubarrota?

g) sobre os polícias que deram uma conferência de imprensa encapuçados, e os militares que andaram a passear no Rossio, e os gênêrrês que querem os mesmo direitos que os militares, e mais os nosso garbosos militares de engenharia, que vão para o Líbano, como se fossem heróis! Limitam-se a fazer o trabalho deles! Juro que não me importava de trocar: eles vêm até ao Monte de Caparica fazer umas urgências e eu vou passar uns dias a Tiro! Por que raio só eles é que aparecem na televisão?!

h) sobre o estúpido anúncio da TV Cabo: um homem chega a casa e a mulher, depois o filho, depois a filha, depois a criada, todos o deixaram porque ele não aderiu à TV Cabo! Deviam felicitá-lo! A TV Cabo é a maior aldrabice desde que a televisão por cabo foi inventada!

i) sobre a idiotice de se querer inundar a selecção nacional de futebol com luso-brasileiros. O Deco foi um precedente idiota. Agora, qualquer jogador brasileiro medíocre, que não tem lugar na selecção do seu país, quer integrar a selecção portuguesa, adquirindo a nacionalidade portuguesa. Ele é o Pepe, o João Paulo, o Liedson…

Valerá a pena perder tempo com estas merdas?

Meus amigos, a mediocridade desta malta é tão grande, que até dói!

O país é bonito, mas o povo não presta!

Vão-se catar!

3 thoughts on “Vão-se catar!

  1. Essa do Carmona com os terrenos do TGV, faz-me lembrar um dinossauro Mesquita do Norte de Portugal.

    O José Veiga e o João Pinto la sabem onde foram buscar a justificação para os milhões, mas dai a dizer que o João Pinto é um jogador mediocre, ainda vai uma distância.

    Brasileiros na selecção dos Portugueses?? Depois dos dentistas, agora são estes…

  2. Boa proposta de troca, essa dos militares fazerem umas urgências… Mas há muitos «heróis» que deviam experimentar essa troca…

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