í€s armas, professores!

Donald Trump, na sua imensa sabedoria, descobriu a solução para os tiroteios nas escolas norte-americanas: armar os professores.

Segundo a trumplógica, se um professor daquela escola da Florida tivesse uma concealed weapon, assim que o rapaz entrasse na escola e começasse a disparar, o sí´tor sacava da arma e dava-lhe um tiro. Em vez de morrerem 17 miúdos, teriam morrido, digamos, cinco ou seis.

A menos que o sí´tor falhasse e o atirador matasse também o professor.

Mas Trump também tem solução para isso: os sí´tores, para usarem armas escondidas, terão, primeiro, que frequentar uma espécie de curso de atiradores.

Imaginem o sí´tor de Matemática a enunciar o teorema de Pitágoras:

“O quadrado da hipotenusa é igual í  soma… Desculpem, queridos alunos, já continuo a lição, mas agora tenho que matar um sacana de um ex-colega vosso que acaba de entrar na sala com uma AK-47!”

E o sí´tor saca da sua concealed weapon, dispara e acerta bem na testa do atirador.

E continua, tranquilo:

“…é igual í  soma dos catéteres…” (*)

No chão, o atirador contorce-se, ainda com sinais de vida.

Entra, então, o auxiliar de acção educativa que lhe dá o tiro de misericórdia, limpando depois o sangue com uma esfregona.

Deste modo, toda a gente beneficiaria: menos mortos nas escolas e mais armas vendidas.

A National Rifle Association agradece!

(*) Um pouco nervoso, o sí´tor disse “catéteres” em vez de “catetos”…

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Em defesa de Trump

Está tudo muito indignado porque Trump terá mandado pagar 130 mil dólares í  actriz porno, Stormy Daniels para ela ficar caladinha e não revelar que andou enrolada com o presidente norte-americano, já depois de ele estar casado com a Melania.

Cambada de invejosos!

Que queriam eles? Que a Sra. Dona Stormy pusesse a boca no trombone e começasse a publicitar as habilidades sexuais que praticou com o Sr. Trump?

Será que algum dos que criticam o presidente vem para a rua falar sobre as suas tristes vidas sexuais?

—Basta olhar para a fotografia da Sra. Dona Stormy para perceber que ela é uma pessoa honesta, capaz de ter amado verdadeiramente o Donald e só aceitou os 130 mil dólares porque compreende que, sendo ele o actual presidente do país mais poderoso do mundo, tendo í  mão um botão nuclear maior e mais potente que o do tipo da Coreia do Norte, o facto de continuar a ir para a cama com ela não seria bom para a paz no Mundo.

Se consultarmos a wikipedia, vemos que Stormy Daniels ganhou diversos prémios pelo seu desempenho nos muitos filmes em que já participou. Ganhou por três vezes o Prémio Favourite Breasts, o que não é para qualquer uma, com ou sem implantes – portanto, não precisaria dos 130 mil dólares para nada!

Além disso, a acreditar nas bocas que Donald gosta de mandar í s mulheres, provavelmente, o alegado envolvimento dele com a Stormy não passou de uns apalpões.

Deixem mas é o Donald trabalhar, que ele há de acabar por se enterrar sozinho.

O Serviço Nacional de Saúde da Nâmbia

Donald Trump elogiou o Serviço Nacional de Saúde da Nâmbia (ver aqui).

Por duas vezes.

Enalteceu o facto de os países africanos em redor terem sido dizimados pelo ébola, enquanto a Nâmbia se mantinha incólume, graças ao seu sistema de saúde, muito parecido com o que Trump imaginou para os States.

Claro que o facto de a Nâmbia não existir, é apenas um pormenor.

Trump poderia garantir que o sistema de saúde da Nâmbia é tão bom como o sistema prisional da Indofrígia ou como o sistema judicial da Maurinésia.

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Trump contribui para a paz mundial

Na sua primeira visita de Estado a um país estrangeiro, Donald Trump escolheu a democrática Arábia Saudita.

Enquanto a sua esposa, Melania, exibia os seus longos cabelos í s mulheres sauditas que, como se sabe, sofrem de alopécia hereditária, Trump fechava negócio com os xeiques, vendendo-lhes armas no valor de 110 mil milhões de euros (dava para a malta pagar o resgate ao FMI e ainda sobravam uns trocos para fazer as 20 estações de metro propostas pela Dona Assunção).

Este é, sem dúvida, o primeiro grande contributo de Trump para a paz mundial.

O que vai a Arábia Saudita fazer a tantas armas se, praticamente, não tem inimigos?

Com sorte, algumas dessas armas ainda vão parar í s mãos do Daesh que, como agradecimento, são muito capazes de atacar a Coreia do Norte.

Haverá maior infiel que Kim-Jong un?

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Bruno Trump Donald de Carvalho

Foi o jornal The Independent que postulou que Bruno de Carvalho é o Donald Trump do futebol português (confirmar aqui).

Não é exagero.

Bruno e Donald têm tudo em comum.

São ambos empresários da construção civil: Trump construiu hotéis e casinos, Carvalho foi sócio gerente da “Bruno de Carvalho, Revestimentos, Soluções de Interior e Representações Comerciais” (confirmar aqui).

Ambos ganharam prémios importantes: Trump recebeu o Jewish National Fund’s Tree of Life Award for outstanding contributions to Israel-United States relations, em 1983, e Carvalho foi agraciado com o Prémio Personalidade do Ano Desporto, na XII Gala dos Prémios Mais Alentejo (2013).

Ambos têm companheiras loiras.

Ambos são isolacionistas: Trump quer tornar America great again, fechando as fronteiras aos refugiados, Carvalho quer que o Sporting volte a ser grande, fechando Alvalade aos adversários.

América contra o mundo; Sporting contra todos.

Ambos ganharam eleições com poucos votos: Trump teve menos 2 milhões de votos que Clinton; Carvalho teve 96% dos 18 mil votantes, o que corresponde a menos de 1% dos portugueses.

Mas há uma coisa que separa Trump de Carvalho, uma coisa que distingue Bruno de Donald e que faz com que ele seja único.

É que, como diz a sua biografia na wikipedia, Bruno de Carvalho é neto materno do irmão do almirante Pinheiro de Azevedo, o almirante sem medo.

E assim como Pinheiro de Azevedo, então primeiro ministro provisório, sequestrado por operários que exigiam a demissão do governo, gritou “Bardamerda para a democracia”, também Bruno de Carvalho, rodeado por adeptos e simpatizantes, teve a coragem de afirmar “Bardamerda para quem não é do Sporting”.

Disto Donald Trump não se pode gabar!

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