“Sabrina”, de Nick Drnaso (2018)

Nick Drnaso (1989, Palos Hills, Ilinois) é um autor de novelas gráficas norte-americano.

“Sabrina” conseguiu ser a primeira novela gráfica a ser nomeada para o Booker Prize.

As críticas foram entusiásticas e unânimes e, por exemplo, Zaddie Smith (a escritora britânica de ascendência jamaicana) considera-a uma obra-prima, “maravilhosamente escrita e desenhada, possuindo todo o poder político da polémica e em simultâneo, toda a delicadeza da verdadeira grande arte.”

Confesso que não fiquei tão entusiasmado, depois de ler e ver as quase 200 páginas de “Sabrina”.

O fio da história é isso mesmo, um fio. Sabrina, que nós nunca chegamos a conhecer, desaparece e, mais tarde, ficamos a saber que foi assassinada.

O que o autor nos mostra são as reacções de amigos e familiares e como as suas vidas são alteradas pelo desaparecimento de Sabrina.

A história é contada em quadradinhos muito despojados, minimalistas; os desenhos são muito simples, geométricos e as figuras humanas têm poucas expressões faciais. Todos parecem tristes e deprimidos e é esse o tom geral da novela: tristeza e depressão.

Para quem, como eu, está habituado à banda desenhada, digamos, clássica (do Astérix aos heróis da Marvel), este Nick Drnaso abriu uma nova porta, sem dúvida.

Mas, como romance, prefiro os que não têm bonecos…