Todas as instituições têm um bombo da festa.
O bombo deste Governo é o ministro Cabrita.
O combate aos incêndios corre mal?
A culpa é do Cabrita.
O SEF tem inspectores que matam (sem querer) estrangeiros?
A culpa é do Cabrita.
A PSP e a GNR andam í deriva?
A culpa é do Cabrita.
Os imigrantes vivem amontoados em Odemira?
A culpa é do Cabrita.
O Sporting é campeão?
A culpa é do Cabrita.
Neste caso, é exagero. A culpa deve ser do Rúben Amorim e companhia, mas aquele ajuntamento de milhares de pessoas com camisolas í s riscas, só pode ser culpa do Cabrita, que devia ter proibido o Sporting de ser campeão e arranjar as coisas de maneira a que, este ano, o campeão fosse, por exemplo, o Moreirense.
É que Moreira de Cónegos não chega aos 5 mil habitantes e os festejos seriam, de certeza, mais parcimoniosos, mais de acordo com os tempos pandémicos que vivemos.
Mas Cabrita permitiu que o Sporting fosse campeão e foi o que se viu: milhares de pessoas na rua, sem máscara, sem distanciamento social, gritando, expelindo gotículas de saliva em todas as direcções.
De certeza que, entre aquela multidão, estavam muitos tipos que protestaram contra a Festa do Avante e similares.
Daqui a uns dias, se quisermos saber a que clube pertence determinada pessoa, basta fazer-lhe um teste covid. Se for positivo, é porque é lagarto.
Se António Costa ainda duvidava, depois do que aconteceu ontem já pode avançar com a demissão do Cabrita, sem ficar com problemas de consciência.
E quanto ao facto do Sporting se ter sagrado campeão, 19 anos depois, a 2 dias de se comemorar a aparição da Senhora de Fátima, só pode ter sido milagre…