“The Father”, de Florian Zeller (2020)

Anthony Hopkins (83 anos), ganhou o óscar para melhor interpretação e é bem merecido, mas Olivia Colman não lhe fica atrás.

“The Father” é a adaptação cinematográfica da peça de teatro, “Le Pére”, da autoria do realizador do filme, Florian Zeller, peça que ganhou diversos prémios.

O filme mostra-nos como Anthony (Anthony Hopkins), um homem que já ultrapassou os 80 anos e que gosta de ópera, vai perdendo a memória, ficando cada vez mais confuso, com alucinações auditivas e alguns lampejos de delírio.

A pouco e pouco, confunde uma das suas cuidadoras com a sua filha mais nova, que terá morrido num acidente, por vezes, não tem bem a certeza se aquela é mesmo a sua outra filha (Olivia Colman), pensa que continua a viver no seu apartamento, pensa que lhe querem roubar o relógio, confunde as refeições, etc. Hopkins é excelente, criando um Alzheimer muito convincente e Olivia Colman faz um papel muito contido, de uma filha que não sabe o que há de fazer com a demência do pai.

“Bad Company”, de Joel Schumacher (2002)

Mais um filme estilo-my-fair-lady, mas com espiões.

Um negro que vende bilhetes para espectáculos no mercado negro e joga muito bem xadrez (Chris Rock), tem um irmão gémeo que nunca viu na vida, que é um espião de alto gabarito, trabalhando para a CIA. Esse irmão é assassinado pelos mauzões e a Companhia vai buscar o aldrabão e vai transformá-lo num grande espião.

O homem encarregado desse trabalho é um agente interpretado por Anthony Hopkins.

Seguem-se as cenas de tiroteio, em que o novo espião começa a dar barraca para, depois, se transformar num herói.

A receita é conhecida, o argumento não tem surpresas e o filme não ultrapassa a mediania, mas dá para hora e meia de entretenimento.