Alimentam-se de modo muito estranho.
Têm uma abertura transversal na parte de cima do corpo, rodeada por duas zonas esponjosas, verdadeiramente nojentas.
Essa abertura dá passagem a uma câmara com duas filas de peças brancas, de consistência dura e uma outra peça esponjosa, igualmente nojenta.
Eles colocam os alimentos nessa abertura e depois imprimem movimentos de cima para baixo, com aquelas peças mais duras, triturando os alimentos e misturando-os com aquilo a que chamam saliva, graças í quela peça esponjosa.
Mas nem todos se alimentam desta maneira.
Verificámos que os elementos mais novos da espécie se alimentam directamente dos mais velhos. Observámos indivíduos muito pequenos a sugarem algo que sai de uma excrescência que alguns indivíduos maiores possuem na zona intermédia dos seus corpos.
Comprovámos, assim, que eles se alimentam de sólidos, mas também de líquidos, sem que isso danifique os seus sistemas, ao contrário do que acontece com a nossa espécie.
Um dos nossos voluntários experimentou um dos alimentos que eles usam e a que chamam vinho e ficou inoperacional.
Já o enviámos para reordenamento.
Outro hábito estranho que presenciámos reside no facto de esta espécie se reunir em determinadas instalações para se alimentar.
Visitámos, dissimulados, locais onde muitos elementos da espécie introduzem alimentos sólidos e líquidos na tal abertura transversal, todos perto uns dos outros, em grandes grupos; quase conseguimos ouvir os ruídos das peças duras a triturar os alimentos.
Chamam restaurantes a esses locais.
Pensamos que este planeta não nos interessa e teremos de encontrar outro para colonizar…