Rui Rio não teve qualquer dificuldade em escolher os candidatos do PSD í s principais Câmaras do país.
Escolheu pelos nomes.
A Câmara do Porto foi a mais difícil. Não podendo apoiar a recandidatura do seu homónimo, por razões relacionadas com ódios figadais, viu-se um bocado aflito para encontrar um candidato cujo perfil encaixasse nas suas premissas, e que eram, já que não posso ganhar, ao menos que seja feliz.
E foi quando se lembrou do Vladimiro que, apesar do primeiro nome com ressonâncias soviéticas, tem um apelido feliz- exactamente, Feliz.
Portanto, para o Porto, Vladimiro Feliz.
Quanto a Gaia, que tal aquele coleccionador de arte contemporânea que nada tem a ver com futebol, de apelido Oliveira?
Pois não é a oliveira um dos símbolos da paz, quando um dos seus ramos é transportado pelo bico de uma pomba?
Fica então o António Oliveira para a Gaia.
Sintra era outro problema bicudo, já que, pela frente, vai haver um Horta.
Neste caso, foi o rapazinho do CDS que lhe deu a ideia, ao recordá-lo desse grande democrata que dava pelo nome de Jacinto Leite Capelo Rego.
Também tenho um Leite! – exclamou Rio.
E Batista Leite ficou por Sintra.
Quanto a Santana Lopes, Rio ainda tentou Torres Vedras, mas Lopes é um apelido fraco e o Sr. Lopes ficou sem Câmara.
Finalmente, para Lisboa, que tal um Moedas, para atirar í cara do Medina?
Esse tipo que só tem testa está farto de gastar dinheiro só para ser reeleito – agora até se lembrou de ir testar os lisboetas í covid, só para garantir votos.
Mas o Moedas vai fazer-lhe frente!
Como se viu na conferência de imprensa de apresentação do candidato, o Moedas estava cheio de pica para avançar.
Não admira, ele é Carlos – vale por dois!…