“Essa Gente”, de Chico Buarque (2019)

Um livrinho que se lê em duas penadas.

Está escrito como um diário e em tom coloquial, usando, muitas vezes, palavras e expressões especificamente brasileiras que quase precisariam de tradução. O que vale é que o famigerado Acordo Ortográfico proporcionou uma unidade da língua portuguesa…

O protagonista da história é Duarte, um escritor de 66 anos que já teve os seus dias, tendo publicado diversos romances com muito êxito.

Agora, está encravado na escrita de um romance e não consegue dar-lhe a volta. Entretanto, está falido e, do ponto de vista emocional, saltita entra as duas ex-mulheres e uma holandesa muito mais jovem, namorada de um vigilante de praia.

Com algumas bicadas ao governo de Bolsonaro, sem nunca o nomear, e com passagens em que se mistura o sonho com a realidade, é um livro que se lê com agrado, mas que não deixa muitas saudades.

(Edição Companhia das Letras)

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