“Apocalypto”, de Mel Gibson

apocalypto.jpgFinalmente arranjámos paciência e estômago para ver mais este filme de Mel Gibson, o tal que é falado em dialecto maia. O núcleo do argumento, afinal, é igual a tantos outros: os homens maus querem escravizar os homens bons. A coisa fica mais fácil porque a história acaba por se resumir a um homem mau e a um homem bom – o qual, ainda por cima, tem a sua mulher, grávida, e filho, presos num poço.

O filme é violentíssimo e tem cenas eventualmente chocantes e desnecessárias para o desenvolvimento da história, como a cena do jaguar que ataca um dos maus, comendo-lhe a cara (por que não uma perna?).

À medida que se aproxima do fim, as coisas complicam-se e ficam cada vez pior, sobretudo quando começa a chover e o poço onde estão a grávida e o filho se inunda. Mas ainda vai ficar pior: no horizonte, vêem-se os galeões espanhóis.

Frenético e assustador, violento, por vezes desnecessariamente violento, com um cenário espectacular (a selva mexicana) e um brilhante conjunto de actores amadores, sem tiques de estrelas, sem ademanes, sem truques – penso mesmo que o filme vale, sobretudo, por estes amadores, já que, se os actores fossem profissionais conhecidos, o filme poderia cair na vulgaridade.

3 thoughts on ““Apocalypto”, de Mel Gibson

  1. Eu vi esse filme no cinema quando estreou cá em Portugal.
    Achei-o muito bom na altura mas pensei:

    “Porra mas o gajo nunca mais morre?”

    Ps: quase que acertava… chegaram os espanhóis. :P

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