“A Favorita”, de Yorgos Lanthimos (2018)

A rainha Ana, de Inglaterra, que reinou apenas entre 1702 e 1707, é interpretada por Olivia Colman e esse desempenho valeu-lhe o óscar por melhor actriz.

Ana foi uma rainha fraca e doente; consta que sofreu 17 abortos, pelo que não teve nenhum herdeiro e da sua fraca saúde se aproveitava Lady Sarah (Rachel Weisz) que, segundo o filme, acabava por tomar decisões pela rainha.

Além de lhe usurpar o poder, Lady Sarah também partilhava a cama da rainha. Só que entre ambas acaba por se intrometer Abigail (Emma Stone), uma ex-dama, caída em desgraça mas que, graças às suas manhas e, mais uma vez, às fraquezas da rainha, consegue subir de criada a Lady, passando, também, pela cama da rainha.

E é neste triângulo amoroso que se vai desenrolando a história, tendo, como pano de fundo, uma guerra com a França e a disputa entre os tories e os whigs.

O desempenho das três actrizes é óptimo, a história está bem contada, a decadência da corte inglesa está bem demonstrada e o realizador consegue fazer um filme histórico sem cair na produção BBC-like, como poderia ter acontecido.

Gostei.

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