Cavaquismos

Os jovens portugueses devem participar em “missões e causas essenciais ao futuro do país”, com “a mesma coragem, o mesmo desprendimento e mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar”.

Ora aqui está uma coisa que António Oliveira Salazar poderia ter dito, se continuasse vivo.

Mas não foi ele, foi Cavaco Silva, nas comemorações dos 50 anos da guerra do Ultramar.

Salazar e Cavaco – a mesma luta!

Aliás, dentro de alguns anos, estaremos a aturar o Cavaco tantos anos quantos aturámos o Botas…

Então o Presidente pensa que, nos anos 60, os jovens iam para a guerra com DESPRENDIMENTO?

Assim, do tipo: eu quero lá saber de emprego, carreira ou família, o que eu quero é morrer pela pátria e se morrer que se lixe, ah! que vontade de ser herói nacional e matar pretosÂ í  fartazana?!

Toma as gotas, Aníbal!

 

3 thoughts on “Cavaquismos

  1. Estive no ultramar e não matei pretos í  fartazana.Que dirá das mortes com traçamento na zona do café?Quando a Pátria reclama o nosso sacrfício porque os nossos estão em perigo não levamos o nosso egoismo ao ponto de pensarmos no nosso bem estar,porque o sangue corre-nos nas veias.

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