“23rd & Stout” – Chuck E. Weiss

chuckweiss.jpgO Sr. Weiss anda nisto há muitos anos, embora não pareça. Começou como baterista, em Denver e acompanhou grandes nomes dos blues e do jazz, durante as décadas de 60 e 70. Às tantas, foi parar ao Tropicana Motel, em West Hollywood, onde conheceu Tom Waits e gravou um álbum, salvo erro, em 1981.

Depois, deve ter-se distraído com coisas mais importantes, das quais apenas posso suspeitar, olhando para a sua fotografia, no interior do cd.

Cerca de 13 anos depois, lançou outro álbum e, no ano passado, este “23rd & Stout”, que tem uma espécie de subtítulo: “Deranged Detective Mysteries”.

Diz Weiss: “if you ask me why I recorded this album and I would tell you «because it was the wrong thing to do»”.

Permitam-me discordar.

O álbum é óptimo e, embora a influência de Tom Waits seja evidente em algumas faixas, sobretudo a percussão “desorganizada”, Weiss mantém uma performance «cool» e «jazzy», que Waits já perdeu há uns anos. Além disso, os dotes vocais de Weiss são muito mais versáteis, sendo capaz de soar como um “crooner” country, um hispânico bebâdo, um louco rouco ou, até, fazer falsetes credíveis (mais ou menos…)

Aconselho a faixa “No vale nada (porque no m’importa)” para quem, como eu, tem algumas saudades do “velho” Tom Waits, do tempo em que ele não era tão consensual, no que diz respeito à chamada “crítica intelectual”.

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