O frouxo e o fanfarrão

Ontem houve debate do Estado da Nação.

Não é líquido que o Estado da Nação seja sólido. Parece-me que o Estado da Nação não é líquido nem sólido – é mais um gel, assim uma espécie de slime que passou o prazo, cheira mal e deixa ficar os dedos sujos e com bocado agarrados.

O Luís “Deixem-no Trabalhar” Montenegro, fez as habituais notícias pré-eleitorais: suplementos para as reformas, descidas de IRS e de IRC e negou ter um princípio de acordo com o Chega, que este garantiu existir.

Mas o que me deixou mais incomodado, foi a atitude do Presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, em relação à linguagem usada pelos deputados.

Ventura – sempre ele – acusou a liderança do PS de ser frouxa, mais frouxa do que a anterior. Um Pedro Nuno frouxo, mas um Carneiro ainda mais frouxo.

Ora, um Carneiro frouxo não fica nada bem a um Partido que quer fazer Oposição.

Carneiro levantou-se e chamou fanfarrão a Ventura.

Aguiar-Branco ruborizou e, cortando a palavra ao Carneiro frouxo, advertiu-o que aquela não era linguagem que se usasse na Assembleia. Ler nomes de crianças estrangeiras que frequentam a escola, ainda vá; chamar frouxo ao Carneiro, é como o outro – agora dizer que Ventura é fanfarrão – isso é que não!

Ora, sabendo que fanfarrão é um indivíduo que ostenta uma postura de valentão, mas que, na realidade, não tem a valentia que demonstra – temos de concordar que o Carneiro frouxo se excedeu. Basta lembrar-nos como Ventura enfrentou a sua crise de azia cardiovascular para perceber que ele é, de facto, um valentão.

Até chorou, coitadinho!…

A ameaça dos comentadores

Aguiar-Branco discursou perante os militares e insurgiu-se contra “os comentadores de fato cinzento e gravata azul, que têm do Estado e da soberania uma visão contabilística”.

O ministro da Defesa classificou o “discurso da inutilidade das Forças Armadas” como o “maior adversário”.

Disse: “Este adversário é tão corrosivo, tão arriscado e tão perigoso para a segurança nacional como qualquer outra ameaça externa”.

No passado, tememos as investidas de Castela ou as invasões napoleónicas.

Hoje em dia, somos ameaçados por comentadores de fato cinzento e gravata azul.

Ainda bem que temos submarinos, caças e carros de combate para dizimar esses bandidos!

Otelo poupa no Orçamento

Ficaram todos muito chocados quando o Otelo disse que lhe bastariam 800 homens para derrubar o governo.

O homem estava a ser poupado, caramba!

Só para despentear o ministro da Defesa, Aguiar Branco e calar o Miguel Relvas serão precisos dois exércitos!

O Otelo estava a querer poupar dinheiro aos contribuintes.

Obrigado Otelo – e não te esqueças de tomar as gotas, pá!

O Passos Aguiar e o Rangel a ranger

Pacheco Pereira já explicou como escolheu o candidato que ele quer ver como presidente do PSD e que é Paulo Rangel. Diz o brilhante Pacheco que, se formos ver os blogues dos socialistas, só vemos críticas a Rangel – e nada sobre Passos e Aguiar.

Portanto, Pacheco escolhe o seu presidente, não pelas suas ideias e o seu programa, mas porque é o candidato que mais irrita o PS.

Vai longe, este PSD!…

O Passos (com três esses), há muito na corrida, continua com aquele ar de Anhuca, só lhe falta uma lágrima permanente, a escorregar do olho direito.

O Aguiar Branco andou a adiar a candidatura e, agora, acabou por ser ultrapassado pelo Rangel. Zangado, diz que mantém sempre a sua palavra, ao contrário do gordinho, que afirmou a pés juntos que não se candidataria.

Aguiar é um betinho que devia cortar o cabelo mais curto e não o estou a ver com paciência para aguentar um partido de deprimidos, como o PSD.

Quanto ao Rangel, ainda me lembro quando ele invectivou a Elisa Ferreira por ela se candidatar ao Parlamento Europeu e í  Câmara do Porto…

Agora, aí está o Rangel, já no Parlamento Europeu, a candidatar-se a um lugar quer lhe pode permitir chegar a primeiro-ministro.

E agora a sério: alguém imagina este gajo como primeiro-ministro?

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