O regresso do Sr. Lopes

O homem não se enxerga. O homem gosta de ser gozado, vilipendiado, humilhado. O homem não consegue, pura e simplesmente, “andar por aí”, como ele próprio afirmou. Tem que estar na ribalta, tem que aparecer, tem que falar com os jornalistas e dizer, com aquele tom de voz nasalado dos queques, “depois falamos, tá bem?…”

O Sr. Lopes ponderou, reflectiu, falou com os seus botões, aconselhou-se com o travesseiro e chegou à conclusão que, depois do desastre de Menezes, de que ele, Lopes, foi parte activa, depois do desastre dele próprio, em coligação com o senhor que também aparece na foto, tapando o apêndice nasal – depois de tudo isso, não bastavam as candidaturas do Aguiar Branco, do Patão Antinha, do Qualquer Coisa Neto, do Pedro Passos (com 3 ésses) Coelho e da Manuela Jacinto Leite: a sua candidatura era fundamental para aumentar a confusão no PSD.

Sócrates agradece.

Pode continuar, calmamente, a aprovar decretos-leis, bons ou maus, tanto faz, porque ganhará sempre as eleições, por falta de comparência da Oposição.

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