“High Violet”, The National

Nunca tinha ouvido falar desta banda de Cincinatti, Ohio, sediada em Brooklyn mas, perante tantos encómios, encontrados em diversas publicações, arrisquei-me a comprar o CD (como diz o meu filho, eu sou a única pessoa que ele conhece que ainda compra discos…).

Arrisquei e petisquei, porque The National é uma banda e pêras.

Liderada por um tal Matt Berninger, com voz de barítono e responsável pela maioria das músicas e das letras, a banda tem ainda dois pares de irmãos: Scott (guitarra) e Bryan (percussão) Devendorf, e Aaron (baixo) e (guitarra) Dessner.

Activos desde 1999, The National vão no seu 5º disco e, segundo os entendidos, com “High Violet” deixaram de ser apenas uma banda apreciada por críticos, para passarem a uma banda que pode ser aplaudida por públicos mais vastos.

Duvido, porque os temas não são fáceis, o tom é depressivo q.b., o vocalista nunca levanta a voz e o ambiente tende sempre para a tristeza e a introspecção e será difícil extrair do disco um single para passar nas rádios (talvez “Conversation 16”).

Não há dúvida que The National são uma banda “indie”; tão “indie” que até os primeiros acordes de “Runaway” são iguais aos acordes base de “Vejam Bem”, do Zeca Afonso…

Mas gostei do disco. Os músicos são competentes, os arranjos são sóbrios e eficazes e o conjunto de temas é coerente. Recomendo.

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