Crise? Qual crise? – 2

Segundo um estudo financiado pela União Europeia, Portugal é o país com maior taxa de obesidade infantil.

Considerando crianças de 11 anos, 10,7% dos miúdos portugueses e 5,3% das miúdas, são obesos. Em Espanha, as percentagens são de 7,7 e 4,9%, na Bélgica – 2,2 e 3,1%, na Noruega – 6,2 e 1,4%, Suécia – 4,8 e 1,7%, Dinamarca – 3 e 1,1%, Áustria – 6,4 e 4%, Holanda, 3,4 e 1,1%, Islândia – 5,4 e 2,4%.

Em Olhão, terra de pescadores, um estudo chegou à conclusão que nas merendas que os miúdos levam para a escola, predominam as batatas fritas, as tiras de milho e os aperitivos salgados.

E, no entanto, toda a gente se queixa do preço do pão. Ontem, o telejornal da RTP-1 passou uma reportagem sobre uma padaria num Alguidares-de-Baixo qualquer, que vende pão a preço de saldos, caso contrário, as pessoas não compram… Idiotas! Há anos que o consumo de pão diminuiu porque os gordos dos portugueses preferem as tiras de milho, mas os jornalistas, ou ignoram este fenómeno, ou decidiram contribuir para a crise (como contribuem para os incêndios, para as vagas de frio, para a gripe das aves, etc).

No entanto, conseguimos, finalmente, estar à frente em algo, no que à Europa diz respeito: temos os miúdos mais gordos (e, já agora, mais baixos, também, segundo o mesmo estudo).

A gasolina está cara? Andem a pé, carago! Talvez assim diminua o número de gordos!

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